Triunfo de Loix, festa de Vouilloz

Por a 25 Outubro 2008 19:23

Martigny foi pequena para a festa da equipa Kronos Racing e de Nicolas Vouilloz e Nicolas Klinger pela conquista do título de pilotos no IRC 2008. A tradição manteve-se e a Suíça foi o palco da atribuição de mais um ceptro nesta série promovida pelo Eurosport. Tal como o ano passado, ganhou a prova o piloto que já havia conquistado mais triunfos nesta temporada mas os louros foram para o segundo classificado. Depois do sucesso da Peugeot Sport España e de Enrique Garcia Ojeda foi agora a vez do Peugeot Team Belux e Vouilloz comemorarem.

A Peugeot apresentou-se nesta prova reforçada por forma a poder garantir ao antigo campeão mundial de BTT a conquista antecipada do ceptro e evitar uma custosa e difícil deslocação à China. O rali nem começou da melhor forma para o construtor do leão mas, com a entrada no segundo dia de competição, um forte ataque e uma acertada escolha pelos pneus mais moles deixou Nicolas Vouilloz no comando da classificação secundado por colegas de marca. Sem vencer mais classificativas mas com o ritmo certo para a ocasião, o francês manteve-se com uma margem confortável no comando.

Essa liderança ficou, no entanto, à mercê de Freddy Loix a meio da etapa complementar quando um furo lento no Peugeot 207 S2000 do líder levou a uma aproximação do seu colega de equipa. Loix era já o piloto que havia ganho mais provas especiais e só teve que fazer mais um esforço para conseguir ultrapassar já no último troço cronometrado do evento o seu chefe de fila e averbar mais um triunfo. Com esta vitória, o belga confirmou o seu estatuto de piloto mais rápido deste campeonato, único com três sucessos.

Luca Rossetti chegou a este rali ainda na ressaca dos festejos da conquista do título europeu na semana anterior. A sua tarefa para esta prova era bem simples e tinha como objectivo controlar o andamento e tentar estar na frente de Giandomenico Basso. Com o atraso do italiano da Abarth, o piloto da Racing Lions ficou em posição bastante tranquila e limitou-se a partir de então a tentar levar o carro à linha de meta, o que aliou à obtenção do lugar mais baixo do pódio.

Prova algo apagada pela prestação dos seus companheiros de marca teve Bryan Bouffier. Após a estreia do Proton Neo S2000, o novo campeão polaco da modalidade regressou aos comandos do Peugeot 207 e contribuiu para mais um tremendo sucesso da casa de Sochaux que conseguiu colocar quatro das suas viaturas nas quatro primeiras posições. O húngaro Janos Toth voltou a participar numa prova do IRC mas uma vez mais não conseguiu nenhum protagonismo apesar de ter garantido mais um ponto.

Basso e Abarth sem sorte

A missão que havia a cumprir pela Abarth nesta deslocação à região francófona da Suíça não era fácil e apostava na ajuda a Giandomenico Basso e num eventual adiamento para a China da atribuição do título de pilotos. Umberto Scandola era novamente a “lebre” do construtor do escorpião e até estava a sair-se bem na sua tarefa pois comandava o rali ao final do primeiro dia de competição. No entanto, a postura algo arriscada acabou ditando novo abandono, agora na 5ª PE quando tentava recuperar a liderança.

Em pior situação estava Giandomenico Basso que devia ficar a  todo o custo num dos dois primeiros lugares e na frente de Vouilloz. O piloto de Bassano del Grappa apresentou-se à partida com uma tendinite mas conseguiu, apesar das circunstâncias, cumprir os seus objectivos. No entanto, um furo na última classificativa de quinta-feira atirou-o para o sexto posto e uma má escolha de pneus para a terceira secção ditou que o piloto da Abarth perdesse muito tempo.

Disposto a recuperar do atraso, Basso acabou resignando-se quando foi vítima de novo furo e ainda teve que empenhar-se para ser quinto. Sexto, Anton Alen mostrou-se já mais adaptado à condução em asfalto e foi mesmo durante muito tempo o melhor dos utilizadores do Punto S2000. Este modelo foi utilizado também pelo local Olivier Burri que usou esta prova como preparação para mais um Rallye Monte Carlo. O suíço nunca conseguiu adaptar-se ao motor menos elástico dos S2000 até desistir devido à quebra exactamente do propulsor.

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