Será o Novikov a bater o recorde do Latvala?
“O quinto lugar é um óptimo resultado para nós. Fiquei verdadeiramente satisfeito. Agora, simplesmente, quero fazer melhor! Foi uma prova muito difícil mas o Citroën C4 WRC esteve perfeito ao longo de todo o fim-de-semana e nós não cometemos o menor erro. Na última etapa não corri riscos para poder assegurar a posição.”, referiu.
Da Rússia com amor
25 de Dezembro de 2005 era a data do Vyatka Rally, um rali regional da Rússia. Ralis no dia de Natal? Bem, só mesmo na Rússia! Mas foi aí que Evgeniy Novikov teve a primeira oportunidade para competir contra o cronómetro, depois de já ter experimentado as funções de carro ‘0’: “Tinha acabado de fazer 15 anos e esta era a prova de abertura da Rússia Cup Series. Guiei um Mitsubishi e estava em segundo atrás do meu pai. Ele sabia que a época para mim era a sério e como era Natal, deixou-me passá-lo à chegada. Foi assim que ganhei o primeiro rali em que participei”, conta. “Mas nem tudo foi fácil. As regras na Rússia são claras: só se pode conduzir ao 18 anos (ou aos 16 com autorização especial), o que obrigava o meu navegador a guiar nas ligações e eu nos troços!”.
As viagens para o estrangeiro sempre foram normais para Novikov devido à sua carreira nos karts, mas fazer ralis no estrangeiro, isso era diferente. O Rali de Gales de 2007 marcou a sua estreia no Mundial e tudo corria muito bem…até sair de estrada a três troços do fim, quando tinha tudo para amealhar alguns pontos no PWRC. Por isso, dadas as potencialidades demonstradas, em 2008 voltou a este campeonato.
Com 17 anos, voltaram as dificuldades para guiar sem carta! Se Argentina, Grécia e Turquia já não foram problema porque, entretanto já teria atingido a maior idade, na Nova Zelândia teve que tirar uma licença especial e no Japão só mesmo com alguma sorte pôde alinhar à partida “porque passei no exame de teoria sem problema, mas tive que repetir a parte prática. Da primeira vez, o instrutor disse que eu guiava muito pelas bermas e não usava o retrovisor como devia!”. Parece que o instrutor não fazia a mínima ideia de quem estava ao volante…
Ralis ou F1?
Mas se a tenra idade é o primeiro passo para se vislumbrar uma carreira de sucesso, as escolhas certas também o são. Alexey Schikin tornou-se ‘manager’ do piloto quando Maxim Novikov, pai de Evgeniy, não sabia que rumo dar à carreira do filho. “Foi um grande dilema: tentar a F1 ou os ralis? Depois de ter tido sucesso nos karts tudo levava a crer que a F1 iria ganhar, mas, no final, os ralis foram os preferidos. O projecto delineado passou por desenvolver as capacidades do piloto, levá-lo a uma equipa oficial e dar-lhe a hipótese de se sagrar Campeão do Mundo”. Utópico? Até agora não…
Em 2008, Novikov guiou quarto carros diferentes (Impreza N12 e N14, Lancer Evo 9 e 207 S2000), numa decisão da equipa E-Art que ajudou-o a evoluir. No início, o russo preferia os Subaru só porque “escorregavam mais” e, por isso, davam mais espectáculo. Mas rapidamente se rendeu à “maior eficácia” do Lancer, antes de concluir que seria também interesante experimentar um S2000 para saber o que o futuro lhe reserva.
Mas, um ano depois, Evgeniy estava já preparado para dar aquele que foi, até agora, o maior passo da sua carreira: guiar um World Rally Car em 12 provas do Mundial. A questão foi só uma: Subaru, Ford ou Citroen? Testou-os a todos e fez a sua opção, numa aventura que quase dava quase para escrever um livro. Afinal, testou o Focus e o C4 com uma ‘directa’ em cima, após ficar retido no aeroporto retido por causa dos vistos. Já no caminho para Cumbria, teve furo num carro de aluguer que não tinha… pneu suplente! No final, a escolha recaiu no C4 “que é o mais confortável e fácil de guiar”. E é num carro igual ao de Sébastien Loeb que Novikov já mostrou que pode vir a ser o seu próximo sucessor…
Martin Holmes
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