Rui Madeira: «Rali tem muitas variações de ritmo e diferentes tipos de pisos»

A dupla Rui Madeira/Nuno Rodrigues da Silva concluiu os reconhecimentos para o Rali da Catalunha, com a formação nacional a efectuar duas passagens pelas classificativas que vão servir de palco à 12ª prova do calendário do Mundial de Ralis. Com início marcado para a próxima sexta-feira, os únicos portugueses que já conquistaram um “título” internacional em ralis apostam na conquista de um bom resultado no Agrupamento de Produção.

Nos anos 90, a dupla Rui Madeira/Nuno Rodrigues da Silva marcou a história do Rali da Catalunha, com duas vitórias consecutivas no Agrupamento de Produção, nomeadamente nas edições de 1994 e 1995. O regresso à prova catalã que integra o calendário do Mundial de Ralis já se está a processar, com hoje (quarta-feira) a ficarem concluídos os reconhecimentos. “Foram dois dias de treinos bastante intensos, sendo que hoje fomos surpreendidos com a chuva e o nevoeiro. O regulamento limitou os reconhecimentos a duas passagens por classificativa, pelo que aproveitámos as primeiras passagens para tirar notas e as segundas para confirmar”.

Em relação aos anos 90, “com excepção de uma classificativa, o percurso é completamente novo”, afirma Rui Madeira. “No entanto, apesar de muito exigente, a prova mantém-se bastante interessante, com muitas variações de ritmo e diferentes tipos de pisos, alguns bastante polidos, a exigirem cuidados especiais”.

As perspectivas da dupla Rui Madeira/Nuno Rodrigues da Silva têm em conta várias condicionantes, nomeadamente “o facto de ser a primeira vez que vamos andar com o Mitsubishi Lancer Evo IX em pisos de asfalto e com pneus Pirelli. Para além disso, também estamos com falta de ritmo, pois a única prova que fizemos nos últimos tempos foi o Rali de Portugal, o que não acontece com os nossos mais directos adversários. Apesar de tudo, estamos confiantes na obtenção de um bom resultado, sendo que vamos apostar numa prova em crescendo, com o objectivo de terminarmos entre os cinco primeiros do agrupamento de Produção”.

Recorde-se que, como adversários, a equipa nacional vai ter nomes como Andreas Aigner, Juho Hanninen e Patrik Flodin, entre outros, que têm o estatuto de jovens esperanças do Mundial de Ralis. Durante o dia de amanhã disputa-se o “shakedown”, sessão que vai ser aproveitada “para efectuar muitos quilómetros, com o objectivo de ficar a conhecer o mais possível o carro e o seu comportamento com os pneus Pirelli”.

O Rali da Catalunha inicia-se na sexta-feira, “dia em que as previsões apontam para chuva”, afirma Rui Madeira.