Rali de Portugal: Quem tem unhas?

O Vodafone Rali de Portugal inicia nesta edição, à semelhança de tantas outras provas que integram, de forma mais ou menos regular, o Campeonato do Mundo, um novo ciclo na sua longa história. Face às novas regras de rotatividade entre os eventos que compõem o calendário da mais importante competição de ralis, a prova organizada pelo ACP Sport integra este ano, e pela primeira vez, o Intercontinental Rally Challenge. Popularmente conhecido por IRC, este é um campeonato criado pela Eurosport Events com o beneplácito da federação internacional.

Ao lado de Portugal podemos encontrar no calendário outros ralis míticos, como o Safari (Quénia), Sanremo (Itália) ou mesmo o Monte Carlo (França) que inaugurará a competição de 2009. Vocacionado para a utilização dos então novos S2000, o IRC viu a sua popularidade crescer rapidamente, da mesma forma que se multiplicavam os carros disponíveis no mercado. Outro ponto importante nesta série é a possibilidade dos pilotos locais, dotados de viaturas idênticas e bons conhecedores do terreno, poderem brilhar em cada um dos nove países visitados.

À procura do brilharete

Não é, por isso, de estranhar que os melhores representantes portugueses incluídos na lista de inscritos sejam apontados pelos normais animadores deste campeonato como principais favoritos ao triunfo. Nesse contexto, o Vodafone Rali de Portugal poderá mesmo servir de trampolim à internacionalização da carreira de pilotos como Bruno Magalhães ou Miguel Campos, ambos em Peugeot 207 S2000, ou a um brilharete de Armindo Araújo e Bernardo Sousa, estes com o Mitsubishi Lancer Evo IX.

A prova organizada pelo ACP Sport surge em 2008 num novo figurino de dois dias, consentâneo com aquela que é a norma neste campeonato, mas, a acreditar nos mais variados observadores, também revitalizado na sua competitividade mesmo face à sua última edição, quando fez parte do WRC.

Essa é uma consequência não só da excelente lista de inscritos conseguida pelos organizadores lusos como também do facto de, em condições normais, cerca de dez pilotos lutarem abertamente pelos lugares do pódio nas provas do IRC.