Rali da Ribeira Brava: Alexandre Camacho, troca para a vitória
Texto: João F Faria/Fotos: João M. Faria
Alexandre Camacho regressou aos comandos de um Skoda Fabia Rally2 Evo e venceu o Rali da Ribera Brava. É caso para dizer, “saiu a ganhar” com a troca…
Após um começo de campeonato menos conseguido, Alexandre Camacho regressou à boa forma e, agora ao volante de um Skoda Fabia Rally2 Evo, venceu o Rali da Ribeira Brava, terceiro evento do ano no campeonato madeirense da especialidade. O piloto com as cores das Vespas, tomou o comando logo na super-especial de abertura, disputada na noite de sexta-feira, e não mais o deixou, apesar da forte pressão da concorrência. Camacho venceu sete dos nove troços cronometrados do programa mas a sua vantagem final foi de apenas 4,8 segundos.
Este triunfo do piloto navegado por Pedro Calado faz renascer a competitividade de um campeonato que parecia, depois da passagem pela Calheta, consignado antecipadamente ao atual campeão, Miguel Nunes. O piloto do Skoda Fabia Rally2 Evo da Lotus nunca esteve longe do comandante e tentou mesmo inverter os acontecimentos em seu favor e foi o melhor em duas classificativas mas tal não foi suficiente para travar o ímpeto do seu grande rival e futuro vencedor desta prova que teve como palco a costa sudoeste da ilha.
Terceiro classificado, também Pedro Paixão foi à Ribeira Brava com uma terceira viatura diferente este ano. O piloto da Play esteve agora aos comandos de um Citroën C3 Rally2 com que se mostrou muito mais forte que com o anterior Hyundai i20 R5 mas acusou a falta de adaptação ao modelo na comparação com a concorrência direta, que domina já a plenitude das suas montadas. Paixão, no entanto, deixou muito boas indicações para a restante temporada e poderá ser mais um dos animadores da luta pelos triunfos na Madeira.
Filipe Freitas voltou a estar em grande plano com o Porsche 991 GT3 e foi quarto, na frente de Gil Freitas que estreou neste evento o Hyundai i20 R5 anteriormente utilizado por Paixão. José Camacho foi sexto com o Peugeot 208 T16 R5 e bateu Rui Pinto, a tripular um Ford Fiesta R5 Mk II, em que voltou a não mostrar a velocidade bastas vezes exibida.
O Rali da Ribeira Brava marcou o regresso à modalidade de Vítor Sá. O piloto não acusou qualquer falta de ritmo e foi, com o Citroën DS3 R3T, o melhor entre os utilizadores de viaturas com tração dianteira. Habitual dominador desta “categoria”, Rui Jorge Fernandes e o seu Renault Clio R3T atingiram a meta com uma desvantagem de 18,3 segundos no escalão. O lote dos dez primeiros classificados ficou completo com Dinarte Baptista no menos atual Renault Clio R3. Renato Pita, em Peugeot 208 Rally4, venceu na classe X5. O campeonato madeirense regressa à atividade a 15 e 16 de julho com o Rali do Faial – Santana.
CLASSIFICAÇÃO
1º Alexandre Camacho/Pedro Calado Skoda Fabia Rally2 Evo 46:40.3
2º Miguel Nunes/Roberto Castro Skoda Fabia Rally2 Evo + 4.8
3º Pedro Paixão/João Paulo Citroën C3 Rally2 + 24.5
4º Filipe Freitas/Daniel Figueiroa Porsche 911 GT3 +2:43.5
5º Gil Freitas/Duarte Miranda Hyundai i20 R5 +3:12.7
6º José Camacho/Nicodemo Câmara Peugeot 208 T16 R5 + 3:33.2
7º Rui Pinto/Ricardo Faria Ford Fiesta R5 Mk II + 4:21.8
8º Vítor Sá/Ricardo Ventura Citroën DS3 R3T + 4:24.6
9º Rui J. Fernandes/João P. Freitas Renault Clio R3T + 4:42.9
10º Dinarte Baptista/Rui Madeira Renault Clio R3 + 4:52.2
CMCR: 1º Miguel Nunes, 80; 2º Filie Freitas, 48; 3º Alexandre Camacho, 47; 4º Pedro Paixão, 37; 5º José Camacho, 34; 6º Rui Jorge Fernandes, 24; 9º Rui Pinto, 18; 10º Dinarte Baptista, 16.