Raio-X: Quanto custa correr de Renault Clio Rally5

Por a 13 Dezembro 2021 16:57

Podemos ir à procura de todas as formas e feitios de correr em ralis no nosso país, há valores para todas as bolsas, mas por muita paixão que exista, é caro ‘fazer’ ralis. Pode ser bem mais fácil comprar uma bola de futebol e dar uns pontapés com amigos ou num clube, mas não é a mesma coisa. 

Os ralis oferecem a quem os pratica e a todos os que adoram assistir, níveis de adrenalina difíceis de alcançar noutras Latitudes. Por isso, falámos com o Renato Pita, que nos abriu as portas do seu escritório, onde falámos de… contabilidade. Vamos tentar não ser demasiado exaustivos, mas com o que vai ver fica com uma boa ideia do que é correr com um Rally5. Não interessa onde. Só falamos do ‘básico’, o resto, o programa, é com cada um.

Saber muito aproximadamente quanto se gasta num projeto é muito importante, para não se correr o risco de chegar junto de um patrocinador a dizer que o projeto custa X e depois ter de lá voltar a dizer que afinal custa mais Y. Em primeiro lugar, é importante perceber que o carro quando é adquirido vem com cinco jantes, mas sem mais nenhuma peça sobressalente, e sem peças que são essenciais, como por exemplo o macaco, jantes sobressalententes (há que ter, pelo menos 10 jantes, dois jogos para utilizar com dois tipos de pneus, por exemplo).

Depois há que pensar em todo o material sobressalente, que deve ser adquirido, mas que mantém o valor, caso não seja necessário, por exemplo caixa velocidades, transmissões, amortecedores, etc. Basicamente, é preciso tudo o que é necessário para colmatar um eventual azar que se tenha num rali. Aqui convém relembrar, que estamos a falar de um programa só de asfalto, pois quem quiser comprar o kit de terra tem que o adquirir e só aqui, pode contar com cerca de mais 7.600€, a somar aos valores que vê em baixo.

Uma época de CPR, provas de terra e asfalto, com algum material sobressalente, pode contar-se com cerca de 80.000, com impostos incluídos, mas isto é só o carro. Convém não esquecer os valores a alocar à equipa de assistência, talvez um valor de 20.000 seja razoável, e ainda todas as restantes despesas como inscrições nas provas, hotéis, refeições, etc. 

À partida o carro parece caro, pois é a base da pirâmide da FIA, em que não se pode trabalhar suspensões / amortecedores, em termos de clicks, apenas as alturas e a taragem das molas, travões de origem, mas por outro lado, o carro é extremamente fiável, se não for ‘abusado’ só irá necessitar de material de desgaste, discos, pastilhas de travão, líquidos de motor, sendo muito pouco provável que se tenha que gastar muito mais dinheiro.

Por aqui, percebe que este é um bom ponto de partida para ter nas mãos um carro da base da pirâmide da FIA.

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