«Por duas vezes a chuva começou a cair quando íamos partir … é assim a competição»
Na conclusão de um intenso e excepcional duelo de três dias no Rali da Nova Zelândia, Sébastien Loeb, Daniel Elena e o seu Citroën C4 WRC emergiram na segunda posição a apenas três décimas de segundo do vencedor.
Depois de dois dias de luta renhida entre os líderes da prova, que disputaram constantemente dentro do mesmo segundo, a última etapa do evento neozelandês levou as formações ao magnífico cenário da região de Raglan, junto à costa do mar da Tasmânia.
A chuva que caiu durante a noite, a probabilidade de o terreno secar e os possíveis aguaceiros previstos pelos especialistas da Météo France Sports, tornaram o domingo num dia de pesadelo no que diz respeito à escolha de pneus, ainda mais do que na sexta e no sábado. Equipados com pneus macios BFGoodrich idênticos aos de Marcus Grönholm, Sébastien Loeb e Daniel Elena avançaram para o último dia da prova com uma vantagem de 1,7 segundos e, ao chegar ao serviço remoto de Raglan, a dupla da Citroën tinha conseguido aumentar a distância para 2,9 segundos.
«Não comecei da melhor maneira possível», admitiu Loeb. «Estive completamente sem aderência na especial de abertura, a SS12, e não consegui encontrar o ritmo certo. O Marcus passou para a frente por uma décima de segundo, mas o resto da manhã correu melhor para nós. O meu Citroën C4 WRC foi muito competitivo e permitiu-nos atacar ainda mais, assegurar dois melhores tempos (SS13 e SS14) e regressar à liderança. Com menos de três segundos de margem, o final da etapa prometia ser intenso».
Esta previsão foi especialmente correcta uma vez que a escolha de pneus para as derradeiras especiais foi mais uma vez um verdadeiro quebra-cabeças. A equipa do duplo “chevron” avançou com pneus um pouco mais duros que os do seu rival e Sébastien Loeb ficou dividido entre a vontade de vencer e o desejo de não cometer erros. «Apesar de termos estado à altura do Marcus em muitos sítios», analisa Loeb, «a verdade é que no final destas especiais acabámos por perder tempo. Por duas vezes a chuva começou a cair mesmo quando íamos a partir para um troço… é assim a competição! Tentei atacar o máximo possível, mas nunca me esqueci de que seria melhor levar oito pontos para o Campeonato de Pilotos por terminar em segundo lugar do que não levar nenhum».
À entrada para a super-especial que deu por terminado o rali, Loeb tinha um défice de sete décimas de segundo para o líder. Encorajado por todos os membros da equipa Citroën Sport, que tinham deixado o parque de assistência para assistir à batalha final, Loeb e Elena fizeram uma corrida perfeita com o seu Citroën C4 WRC, mas apenas conseguiram recuperar quatro décimas de segundo, terminando o fim-de-semana a três décimas do primeiro lugar. “Raramente é tão frustrante! No entanto, foi encorajador verificar que conseguimos lutar pela vitória ao longo de todo o rali e isso é muito motivador para o resto da época”.
“No papel”, explicou Guy Fréquelin, “este rali já se anunciava difícil para a Citroën Sport. Em 2006, o Sébastien e o Daniel só fizeram o reconhecimento e este ano tiveram de descobrir muitas das especiais pela primeira vez. Esta foi também a prova de estreia do C4 na Nova Zelândia. Calculámos que o fim-de-semana seria muito stressante, mas acabou por ser muito mais do que imaginámos! A escolha de pneus foi um elemento chave logo desde o início e, graças ao contributo de toda a equipa Citroën e ao impecável apoio fornecido pelo nosso parceiro BFGoodrich, optámos por escolhas ligeiramente diferentes dos nossos rivais em várias ocasiões e elas recompensaram frequentemente. O Sébastien e o Daniel apresentaram um grande desempenho. Ficaram aquém da vitória por uma fracção de segundo e também tiveram algum azar quando foram os únicos a arrancar debaixo de chuva na SS15 e SS16. O Dani Sordo continuou a ambientar-se a este evento que, não só é muito rápido, como também exige realmente muita experiência. Tirou proveito do fim-de-semana para aumentar o seu conhecimento do C4 WRC e as suas diferentes afinações e isso será muito útil mais tarde”.
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