Os mais e os menos do WRC em 2010

Por a 13 Dezembro 2010 18:23

Como não podia deixar de ser, Sébastien Loeb é novamente o piloto em grande destaque no Mundial de Ralis. Em 2010, alcançou o seu sétimo título consecutivo, após uma época a todos os títulos brilhante, onde venceu oito ralis em 13 provas. O momento alto, teve-o curiosamente num rali que não venceu, na Nova Zelândia, quando no segundo dia recuperou 1m15s para o líder, numa prestação fabulosa.

Jari-Matti Latvala cresceu como piloto! Não tanto por ter ganho o “campeonato do segundo classificado”, mas por ter finalmente aliado a rapidez à consistência. O ponto alto foi a vitória na Finlândia, uma prova que não lhe poderia ficar a faltar no currículo. que ainda é curto, mas também a sua idade.

Privado à beira da vitória

Petter Solberg esteve muito perto de obter uma vitória, mas ainda não foi desta que um privado voltou a vencer uma prova do WRC. Cinco segundos lugares diz muito do que foi a época do norueguês, num ano que desistiu uma única vez, na Nova Zelândia, quando se despistou a…lutar pela vitória.

Sébastien Ogier bem que poderá ser o próximo campeão, quando Loeb se cansar. É bom lembrar que apenas realizou a sua segunda época completa no WRC, já chegou às vitórias (Portugal e Japão), logo em competição direta com o seu chefe de fila na Citroen, no caso da prova portuguesa. Se não tivesse cometido três erros nas derradeiras provas teria sido segundo no Mundial, mas de qualquer forma justificou plenamente a promoção à equipa oficial. Um piloto em que se aposta para mais vitórias em 2011.

Dani Sordo perdeu a oportunidade?

O ponto alto da carreira de Dani Sordo poderá já ter tido lugar, e o espanhol nem se apercebeu muito bem disso. Após alguns anos à sombra de Loeb, nunca teve arte e engenho para vencer no asfalto, mesmo descontando o “jogo de equipa”. A grande oportunidade de vencer teve-a no recente Rali da Catalunha, mas numa fase em que todos já tinham percebido que o mais provável era sair da equipa, Loeb não lhe proporcionou esse gostinho, e bateu-o em sua própria casa, quando nem sequer disso precisava, pois tinha sido campeão alguns dias antes, em França. O espanhol foi prometendo uma vitória ano após ano, mas ela nunca surgiu. Quem surgiu foi Ogier, que depressa o relegou para segundo plano nos ralis de terra, e agora deverá rumar à MINI, onde não voltará tão cedo a ter oportunidade de andar nos lugares da frente. Quem não aparece, esquece…

Hirvonen com problemas de ‘caixa’

Mikko Hirvonen teve um “annus horribilis” ao ponto de Malcolm Wilson já ter dito que o seu pupilo deve ter perdido a quinta velocidade algures dentro do carro. Ao finlandês convém encontrá-la depressa, já que os novos WRC vão ter seis. Começou bem, com a vitória na Suécia, mas depois, uma série inacreditável de erros transformou um piloto que lutou ombro a ombro com Loeb pelo título de 2009, ficando a um único ponto do francês, para outro que em 2010 ficou a…150 pontos. Sintomático!

Segundo pelotão a ‘milhas’

A segunda divisão do WRC foram todos os restantes pilotos que ficaram depois de Mikko Hirvonen, que mesmo num ano muito mau, logrou terminar com mais 50 pontos que o próximo freguês.

O ponto alto do ano de Matthew Wilson foi ter batido Kimi Raikkonen, Campeão do Mundo de F1 em 2007 pela Ferrari, numa luta mano a mano na super-especial de Trier, no Rali da Alemanha. A seu favor o facto de ter terminado todas as provas e  rodado quase sempre na frente de Henning Solberg, Frederico Villagra, Kimi Raikkonen e Ken Block. Foi quinto na Jordânia, a sua melhor classificação do ano. De resto, há anos que anda o mesmo…

Henning Solberg é bem melhor piloto que Matthew Wilson, mas enquanto o inglês anda no WRC para aprender e terminar as provas sem estragar o carro ao pai, o norueguês anda o que pode, e por vezes o que não sabe. Por isso, algumas desistências, que a Solberg não o aquecem nem arrefecem. Diverte-se e é o que lhe importa!

Frederico Villagra foi pela nona vez campeão argentino de ralis. Quanto ao WRC, anda lá, que já é muito mais que a maioria pode aspirar. Nunca realiza grandes prestações, mas também nunca comete grandes erros ou sai de estrada. Fez o suficiente para terminar o Mundial na frente de Kimi Raikkonen, o que para o finlandês é para o lado que dorme melhor, como todos sabemos.

Ano de aprendizagem para Kimi Raikkonen

Ficou claro a todos que um super piloto de Fórmula 1 não chega ao WRC e anda logo atrás dos primeiros no seu primeiro ano. A curva de aprendizagem da disciplina é longa, e são muito poucos os que chegam e vencem. Até Loeb demorou um bocadinho. Provavelmente, Kimi Raikkonen, para o ano poderá passar para a frente do lote de pilotos que engloba Mattew Wilson, Henning Solberg, Frederico Villagra e Ken Block, mas para isso vai ter que se acalmar um pouco, já que, como se esperava, foi um dos protagonistas do Youtube, tantos foram os acidentes que protagonizou. Mads Ostberg continua a crescer…devagarinho, e Khalid al Qassimi é outro dos pilotos que se diverte, porque pode. Já é bem mais piloto do que era há três anos, mas também isso é natural, ou não guiasse um Focus WRC igualzinho aos da equipa oficial. Nas cores e tudo…

Resta Ken Block, que fez exatamente o que se esperava dele. Por muitas gincanas que possa ter feito no EUA, e conquistado títulos, o WRC é uma “quinta” completamente diferente, e por isso vão ser precisos mais alguns anos para chegar ao top 6. Provavelmente em 2011 terá essa possibilidade, já que Dani Sordo poderá estar a guiar um MINI, mas não é líquido que em condições normais bata Henning Solberg, provavelmente o melhor pilotos dos ‘outros’.

O escalonamento dos pilotos não deverá mudar muito no próximo ano, mas há bons motivos para seguir a competição pois para além do esperado duelo Citroen/Ford, há ainda para saber como se vão sair Kimi Raikkonen, Ken Block, por exemplo. O novo MINI vai permitir aos seus pilotos andarem atrás dos outros pilotos oficiais? Logo se verá…

 

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