Martin Holmes: «Leva o carro, como ele estiver»

Já repararam como o Mundial de Ralis está a dividir os ralis em vez de os juntar? Tudo por causa de um conceito da ISC, no qual o Mundial se tornou um “circo” elitista e egocêntrico que visita países individualmente. Em locais como Espanha, Córsega, Japão e Irlanda não é possível ver os melhores pilotos nacionais ou os seus carros em acção. Mas se formos à Grã-Bretanha é possível encontrar o oposto porque os ingleses lutaram por manter as regras da FIA.

Para eles, o “pico” do campeonato nacional de ralis é participar no Rali de Gales. Os pilotos nacionais de qualquer campeonato deviam ser “forçados” a participar nas provas, atrás dos pilotos “top”, mesmo que fora da vista e a cair no esquecimento dos visitantes internacionais e da maior parte dos espectadores.

O que posso dizer é que em Espanha, eu e muita gente, ficou triste por não ver pilotos como o Vallejo no seu Porsche ou Puras no recém-adquirido Ferrari, nem sequer um único S2000. É esta a solução do futuro? Não sei qual é. Só sei que uma das coisas que poderia ajudar a aumentar o retorno e visibilidade era adoptar o sistema do IRC onde são permitidas participações na base do “leva o carro, como ele estiver” sem que isso possa interfira no sucesso da disciplina no respectivo país.