Luto por Colin McRae
O mundo do desporto automóvel está de luto pela morte de Colin McRae. Os ecos desta tragédia não se cingem somente à esfera dos ralis porque o piloto escocês era muito mais do que um antigo Campeão Mundial de Ralis. Depois da perda de Richard Burns, a Grã-Bretanha chora agora a morte de um dos seus maiores ícones do desporto automóvel de sempre.
Nascido a 5 de Agosto de 1968, o seu título Mundial em 1995, valeu-lhe uma condecoração, o título de Membro do Império Britânico, dado pela Rainha em 1996, mas a sua fama estendia-se muito para lá das fronteiras da Grã-Bretanha, já que os seus feitos de piloto espectacular, chegavam aos quatro cantos do mundo.
Quiçá, o seu talento era genético, já que o seu Pai, Jimmy McRae, foi cinco vezes campeão britânico de ralis (1981, 1982, 1984, 1987 e 1988), enquanto o irmão Alister, também não destoou muito, e foi campeão britânico em 1995.
A família vive em Lanark, na Escócia, e McRae era casado com Alison, e pai de duas crianças, Hollie de nove anos e Johnny, de cinco, que infelizmente também morreu no acidente de ontem.
Sucessos começaram aos treze anos
O primeiro carro guiado por Colin McRae foi o Talbot Avenger, em 1986. No Mundial, disputou 147 provas (uma só contou para F2) Venceu por 25 vezes, 9 com Derek Ringer e 17 com Nicky Grist.
Os seus sucessos no desporto motorizado, começaram aos treze anos, quando foi campeão escocês de Motocross nas escolas. Aos 16 venceu o West Scotland Autotest (slalom), um campeonato, estilo Perícias. Foi campeão britânico em 1991 e 1992, e neste último ano venceu todas as provas. Foi, como se sabe, campeão do Mundo de Ralis, em 1995, com a Subaru, segundo em 1996, 1997 e 2001. A primeira vitória foi em 1993, na Nova Zelândia e a última em 2002, com a Ford, no Rali Safari.
Ironicamente, Colin McRae era um dos dois únicos campeões mundiais de ralis britânicos, ou outro era…Richard Burns, agora ambos desaparecidos. Passou por várias equipas oficiais: Peugeot (Importador britânico), Ford, Subaru, Citroen e Skoda.
Colin “McCrash” era imagem de marca
Os acidentes tornaram-se uma imagem de marca na carreira de Colin McRae, e onde quer que corresse, não deixava ninguém indiferente com a espectacularidade que imprimia ao seu andamento. Só nas provas do WRC, por vinte vezes, os motivos da desistência deveram-se a saídas de estrada, uma menos graves que outras, a pior de todas, na Córsega em 2000, quando teve várias horas para ser desencarcerado do Focus, sofrendo algumas lesões na face entre muitas outras escoriações.
A sua carreira nos ralis mundiais terminou em 2004, quando a FIA introduziu uma nova regra limitando o número de piloto oficiais por equipa, e por razões comerciais, foi preterido em desfavor de Carlos Sainz, que tinha, à altura, melhores apoios.
Voar era uma paixão, e acabou por ser, ironicamente, a causa da sua morte, depois de tantas vezes tê-la desafiado.
Até sempre, Colin!
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