FOTOGALERIA: 10 anos de Nacional de Ralis
Não é preciso fazer muitas contas para perceber que nos últimos anos, o Campeonato de Portugal de Ralis tem vindo a perder alguma percentagem dos seus habituais participantes, mas a verdade se olharmos para os últimos dez anos, a competição alguma vez esteve em perfeitas condições de saúde? Para este ano ‘inventou-se’ a Taça de Ralis, que só mais tarde vai permitir saber se deu uma ajuda ou foi mais uma medida de “manta curta”. Tapa aqui, destapa ali…
Se virmos bem, as coisas não mudaram muito em dez anos. Em 2001, ainda na era dos WRC, existiam cinco WRC a correr no Nacional (Pedro Matos Chaves, com o Toyota corola WRC, Rui Madeira com o Ford Focus WRC , Adruzilo Lopes e Miguel Campos com o Peugeot 206 WRC e Fernando Peres com o Escort WRC). Para além destes, na Madeira, Vítor Sá tinha um Subaru. e nas restantes fórmulas o destaque ia para alguns bons Grupo N, o Escort de Fernando Peres, e os três Troféus, Saxo, Punto e Yaris.
Em 2002, apenas dois WRC, para Miguel Campos (Peugeot 206 WRC) e Rui Madeira (Ford Focus WRC) o número de Grupos N aumentou (Bruno Magalhães, Vítor Pascoal, Pedro Dias da Silva, etc.) e os duas rodas motrizes iam ganhando espaço, com o Citroen Saxo e Fiat Punto Kit Car de Vítor Lopes, Armindo Araújo e José Pedro Fontes. Nos troféus, mantiveram-se os mesmos do ano anterior.
Em 2003 o panorama ficou mais pobre, perdeu-se o Troféu Yaris, mas surgiu o Troféu Peugeot 206 ajudou a compor melhor as listas de inscritos. Foi a vez de surgir Armindo Araújo (Citroen Saxo Kit Car), que começou aí uma grande caminhada para quatro títulos. Fernando Peres, com um WRC de 1997 já não conseguiu melhor que o segundo posto de um campeonato onde os outros protagonistas eram Vítor Lopes (Fiat Punto Kit Car), e um conjunto de valorosos pilotos com máquinas menos competitivas, como por exemplo Pedro Dias da Silva (Citroen Saxo S1600).
No ano seguinte, desapareceram por completo os WRC, e passaram a ser os S1600 os cabeças de cartaz. Armindo Araújo (Citroen) e Miguel Campos (Peugeot) dominaram o campeonato, que viu os grupos N a chegar aos triunfos em algumas provas de terra. Com a saída dos WRC, surgiram bons carros, mas menos competitivos aos olhos dos adeptos. Miguel Campos (Peugeot 206 S1600), Rui Madeira (Peugeot 206 S1600), Pedro Matos Chaves (Renault Clio S1600), Armindo Araújo (Citroen C2 S1600), Fernando Peres (Mitsubishi Evo VIII), Pedro Meireles (VW Polo S1600), José Pedro Fontes (Mitsubishi Evo VII), etc. Nos Troféus, perdeu-se a competição dos Citroen Saxo, que em 2005 seria substituído pelo Challenge C2, que aidna hoje se mantém.
Em 2005, Armindo Araújo passou para a Mitsubishi, e venceu novo campeonato, que teve em Fernando Peres e Ricardo Teodósio guiaram bons Mitsubishi, numa competição que a animá-la teve ainda José Pedro Fontes e Pedro Matos Chaves (Renault Clio S1600), Miguel Campos e Bruno Magalhães (Peugeot 206 S1600), Adruzilo Lopes (Citroen C2 S1600).
No ano seguinte as coisas não mudaram muito, embora Miguel Campos tenha aparecido ao comandos de um competitivo Subaru Impreza, disputando o campeonato com Armindo Araújo quase ater ao fim. Este ano ficou marcado pelo fim do troféu Punto, que não voltaria a surgir.
Em 2007, Armindo Araújo internacionaliza-se, e Bruno Magalhães (Peugeot 207 S2000) não perde a oportunidade, dominando claramente a competição que teve ainda em José Pedro Fontes (Fiat Grande Punto S2000) e Vítor Pascoal (Subaru Impreza )os seus principais animadores. Os troféus há muito que se foram perdendo, restando os irredutíveis franceses da Citroen, ainda que com poucos participantes.
No ano seguinte, os protagonistas mantiveram-se, mas a crescente competitividade de Bruno Magalhães e do seu 207 S2000 tirou interesse à competição, que não teve mais do que cinco carros minimamente competitivos, entre eles, três S2000. Nesta altura surgiram os GT, nas provas de asfalto, com o Porsche de Mex Machado Santos e o imponente Aston Martin que Zé Pedro Fontes guiou em provas selecionadas, o que trouxe alguma animação, mas foi sol de pouca dura.
Em 2009, Bruno Magalhães (Peugeot 207 S2000) e Vítor Pascoal (Peugeot 207 S2000) lutaram até ao fim por um campeonato cada vez mais pobre, ainda que alguns bons Grupo N (Ricardo Moura, Ricardo Teodósio, Pedro Meireles, Adruzilo Lopes, etc.) tenham animado a competição.
Este ano, as coisas não melhoraram nada, e Bernardo Sousa teve o caminho aberto para o título, pois Miguel Campos (Ford Fiesta S2000) surgiu tarde e Vítor Pascoal (Peugeot 207 S2000) pouco poderia fazer com o carro que tinha. Alguns bons Grupo N, como o Mitsubishi Lancer Evo IX do vencedor do Grupo N, Ricardo Moura, Pedro Peres, e pouco mais.
Para este ano o panorama parece ainda mais sombrio, ainda que Portugal mantenha três provas muito importantes nos calendários internacionais de ralis e aí, certamente, não faltarão participantes. Já nas restantes cinco provas, as organizações reinventam-se para seduzir equipas para as suas provas, mas a verdade é que soluções milagrosas parece ser algo que ninguém tem…
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