Q&A com Oliver Solberg: “O Lukyanuk é o Colin McRae número dois”

Por a 2 Dezembro 2020 11:44

Aos 19 anos, Oliver Solberg assegurou o título do ERC1 Junior no Rali das Canárias, isto depois de ter levado a luta pelo título absoluto até à última prova. No ERC1 Júnior, ultrapassou um défice de seis pontos face a Grégoire Munster. Depois de ter ganho a categoria dos mais jovens nos carros de Rally2 em Roma e Liepāja, o sueco foi um merecido vencedor do cobiçado título e da ‘bolsa’ de progressão de carreira do Europeu de Ralis, no valor de 100.000 euros.

Oliver, foste campeão do ERC1 Junior em 2020, qual é a tua sensação?

“Para mim foi uma época incrível. O plano era principalmente apenas obter a experiência em asfalto, mas tudo correu bastante bem em Roma e na Letónia, e depois disso pensámos porque não tentar ganhar o título ERC1 Júnior e também tentar o campeonato absoluto. Em Portugal tivemos alguns problemas de turbo, e também o acidente no shakedown, pelo que não foi perfeito para o campeonato mas, em termos gerais, foi um ano fantástico, onde ganhei muita experiência. Ganhar um título pela primeira vez é incrível”.

Quão dura foi a competição?

“A competição é muito dura, especialmente face aos pilotos locais e, claro, aos melhores pilotos do ERC que fazem todos os ralis. Conseguir conquistar o título e terminar em segundo lugar no ERC no final, após uma difícil meia-época, foi fantástico”.

O que aprendeste nesta época?

“A minha carreira tem tudo a ver com o ganhar experiência. Na terra sinto-me bem, e isso é ótimo. Mas no asfalto foi a primeira vez para mim no ERC, este ano, e aí é certo que preciso de mais experiência. Mudar de carro para diferentes eventos, diferentes condições é bastante difícil. A Hungria também foi também a primeira vez com o Skoda no asfalto. Há sempre algo novo para aprender e adaptarmo-nos, mas é uma boa experiência para o futuro”.

Olhando para trás, qual foi o ponto alto do ERC 2020 para ti?

“Gostei muito do Rali de Roma, a minha primeira vez no asfalto, ter conseguido ficar em terceiro lugar na geral e também ter construído o meu ritmo para estar a lutar com os melhores pilotos foi fantástico. Foi um evento realmente especial”.

E o ponto baixo?

“Portugal foi um mau momento, quando me despistei no shakedown. Mas, em geral, foi uma corrida bastante boa, porque eu estive a lutar na frente. Nem sempre fizemos as melhores escolhas de pneus, por isso foi um evento 50/50, talvez possa chamar-lhe assim. Na Hungria, não encontrei o ritmo com o carro novo (Skoda). Para mim, com a minha condução, foi provavelmente a pior do ano…”

Mencionaste a dura competição de pilotos como Grégoire Munster, mas qual é a tua opinião sobre Alexey Lukyanuk, o piloto que o venceu o título?

“Ele é o Colin McRae número dois! Olho sempre para os seus vídeos e admiro realmente a sua velocidade, o seu constante ataque e a sua paixão pelos ralis. Adoro correr contra ele, mas não é fácil, porque ele é sempre muito rápido onde quer que vá. Ele é sempre ‘louco’ e rápido”.

O que é que o futuro reserva para ti?

“O ERC faz definitivamente parte do meu plano de carreira. É um campeonato fantástico com muito asfalto, que eu preciso muito. É fantástico para a construção da minha carreira, com muitos ralis fantásticos. Ainda não sei o que vai acontecer, mas não falta muito para o Ano Novo, por isso temos de nos preparar”.

Campeões recentes do ERC1 Júnior

2020: Oliver Solberg (Suécia)

2019: Filip Mareš (República Checa)

2018: Nikolay Gryazin (Rússia)

2017: Marijan Griebel (Alemanha)

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