“Embraiagem foi uma grande dor de cabeça”

Por a 11 Fevereiro 2007 16:34
“Embraiagem foi uma grande dor de cabeça”

A prova de abertura do PWRC correu bastante bem a Armindo Araújo, já que, ao obter o quinto posto, o melhor dos não nórdicos em prova, conseguiu um resultado acima das suas expectativas iniciais.

De qualquer forma, o piloto português acabou por ter alguma sorte, não só porque alguns adversários que rodaram à sua frente tiveram problemas, por exemplo Mirco Baldacci que na derradeira etapa da prova se atrasou bastante, perdendo o quinto posto que ostentava, mas também devido ao problema de embraiagem que assolou o Lancer do campeão português durante toda a segunda etapa.

Como referiu Armindo Araújo no final da etapa: “A segunda etapa foi muito difícil, porque como não tinha embraiagem não me era permitido qualquer erro. Qualquer saída de pista, qualquer pião, podia significar o abandono da prova uma vez que não podia engrenar a marcha-atrás. Por outro lado, conduzir sem embraiagem fazia-me perder muito tempo no arranque e obrigava-me a uma condução mais brusca, nada adequada às condições das pistas. Se somarmos a isto a incerteza de não saber se a caixa de velocidades aguentava até ao fim da etapa, podemos ter uma pequena ideia de como foi exigente este dia”.

Neste contexto, o feito do piloto português ganha ainda mais relevo e também o trabalho feito pela assistência da equipa Mitsubishi/TMN/Galp foi excelente: “Não posso deixar de referir o fantástico trabalho da nossa equipa de assistência. Mudar a caixa de velocidades em 47 minutos é um trabalho que só está ao alcance dos melhores, principalmente nas condições de ontem, com uma temperatura exterior inferior a -10ªC e a trabalhar numa tenda aberta. Penso que provámos que também neste aspecto estamos ao nível das melhores equipas mundiais”, referiu o tetra-campeão Nacional.

Na segunda etapa o piloto português realizou uma condução exemplar, conseguindo suster os ataques de Nasser Al-Attiyah (actual campeão PWRC), Fumio Nutahara (vice-campeão de PWRC) e Alexandre Dorosinsky (Campeão Estónio em 2004), para no último sector selectivo desferir um ataque certeiro que lhe permitiu ganhar segundos preciosos aos seus adversários directos. Nesta Super-especial de 1.87 km de extensão, a equipa Portuguesa apesar de continuar sem embraiagem, conseguiu o segundo melhor tempo e ganhou 2.1s a Nutahara, 6.1 s a Al-Attiyah e 16.7 s a Dorosinsky, o suficiente para terminar os troços cronometrados da etapa com 27.6 s de avanço para o campeão Estónio.

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