Carlos Martins regressou a tempo inteiro: o rali único, as novas regras, e os cuidados a ter…

Carlos Martins regressou este ano aos ralis a tempo inteiro, depois de várias épocas a fazer uma prova aqui… outra ali. Agora aos comandos de um Ford Fiesta R5, o piloto de Serpa foi segundo entre os Promo no Rali do Algarve, e está a preparar-se para ir vendo como evolui este campeonato em termos de classificações, disputando, ao mesmo tempo, o Campeonato Sul de Ralis.

Quanto à recente reformulação dos campeonatos, tendo-se passado a ter de novo as provas a Norte, Centro e Sul e ainda os Promo, a grande novidade passa pela presença dos R5 de primeira geração e Mitsubishi com restritores maiores: “Este ano é interessante porque eu há alguns anos não fazia um campeonato por inteiro. Este ano estamos cá de novo, vamos fazer, e a primeira coisa que sinto é que é muito interessante estarmos juntos com o CPR em algumas provas. Estamos numa classificação geral em conjunto, percebe-se que é impossível andar ao nível dos carros de nova geração, e com os pilotos novos que andam bem, mas em termos desportivos, acho que para nós é muito mais interessante andarmos, todos juntos, haver uma prova concentrada, bem estruturada do que andámos a fazer meias etapas, com paragens. Para mim o que está a acontecer agora é o que faz sentido, e nós vamos andar naquelas que pudermos dos Promo, se estivermos bem no campeonato, possivelmente fazermos um forcing para ir a mais algumas. Mas a nossa aposta é o Campeonato Sul. Nós somos Gentleman Drivers, somos pilotos de diversão, e vimos aqui para nos divertirmos, mas em termos de campeonato eu acho que está giro, está muito equilibrado e é espetacular haver os estrangeiros que metem um ritmo de facto muito forte, um ritmo mundial aqui no nosso nacional. Mas os nossos pilotos estão também a andar muito bem” começou por dizer falando depois das regras que foram mudadas este ano que permitem agora os R5 e os Mitsubishi com novos restritores: “Vai haver condições em que estes carros vão andar um bocadinho mais, mas nunca poderão ser mais rápidos que um R5, se excluirmos o piloto, claro. Quem tem um Mitsubishi, passa a ter um carro um bocadinho mais competitivo, para não perder tanto o barco, portanto eu vejo com bom agrado, não me parece que seja algo absolutamente diferenciador, mas é preciso estarmos atentos. Se ficarmos pelo restritor, está tudo bem, agora se começarmos a lastrar R5 e a bonificar mais os grupos N é que temos de ter cuidado. Não queremos o que aconteça o que aconteceu em Espanha há uns anos onde os Mitsubishi é que ganhavam as provas e os carros de nova geração FIA, não ganhavam nada…”