Depois de já ter andado em vários WRC, este passeio no Skoda Fabia R5 Evo com Jan Kopecky não foi o pináculo a este nível, mas a verdade é que me diverti mais neste carro do que há 10 anos no Focus WRC de Jari-Matti Latvala. É impressionante a eficiência dos carros de hoje, e mesmo que o passeio tenha sido curto, foi intenso. É, de qualquer modo, uma experiência única, e apesar do Kopecky, de certeza, preferir assim, para não ter tantos sustos, não me tinha importando nada que houvesse bem mais lama. À hora que fiz o co-drive o gelo que se nos visitou de noite naquela dia na República Checa, já tinha secado todo, e a água que lhe deu lugar também, pelo que já não havia muita lama.
Eu teria preferido derrapagem artística, mas mesmo assim não foi mau.
Para já folgo em saber, que apesar da passagem dos anos, não há roll bar que me impeça de entrar lá dentro. É preciso pedir licença à esquerda para meter a perna direita, mas a ‘coisa’ faz-se. Em segundo lugar, o Kopecky foi esperto, e cada vez que perguntava “estás a gostar?”, travava, e eu não tinha como dizer que não, pois a cabeça quase batia no tablier e voltava rapidamente à bacquet.
Por outro lado, tive também a sorte de ser o primeiro depois duma longa paragem do Skoda Fabia R5 Evo, pois quando regressou ao troço, o Kopecky mais parecia os ‘rallymen’ da IC19 às sete da manhã, a mudar de faixa a cada dois segundos e a travar a fundo. Devem ir a aquecer os travões como o checo estava a fazer.
O ‘launch’ é porreiro, e a aceleração intensa, mas a experiência passada diz-me que o Kopecky andou para aí a 60% do que ele e o carro ‘sabem’. O Kopecky sempre foi um piloto ‘certinho’, e por momento ainda espreitei bem para ver se não era o Teodósio, tantas eram as traseiradas. Mas não, o Ricardo andava a relembrar os tempos dos karts, uns quilómetros mais ao lado, numa corrida contra todos os Campeões Skoda. Ficou em quarto, mas olhem que os campeões eram mesmo muitos…