Reviravolta no CPR: Até ao último metro…
As coisas são, por vezes, muito estranhas nos ralis, e de repente num campeonato que um piloto, Kris Meeke venceu quatro provas seguidas, destacando-se fortemente na classificação, dois maus resultados devido a contratempos mecânicos no seu carro, fazem-no baixar ao segundo lugar do campeonato.
Agora, está pressionado para recuperar o que perdeu nestas duas provas…
Tudo porque se na frente há um piloto dominador, logo a seguir também Armindo Araújo tem feito o suficiente para se destacar muito dos seus perseguidores, e apesar dos números não contarem a história toda – veja-se o facto de José Pedro Fontes ter entrado para o último troço do Rali da Madeira a 1.8s de Armindo Araújo, ficou a meio do troço na sequência de um acidente – o que prova que os números são o que vale, mas o que acontece pelo meio mostra bastante mais equilíbrio que esses números.
Seja como for, e depois de ter feito a sua melhor exibição em largos anos no Rali da Madeira, Armindo Araújo viu abrir-se-lhe uma janela de oportunidade na luta pelo título e foi à procura dela conseguindo por mérito vencer a prova do CPR na Madeira e com isso passar para a frente do campeonato a duas provas do seu final. Estava ‘escrito’ que o CPR volta a ser apenas decidido no seu final e não, como se chegou a julgar, bem mais cedo. Este é só mais um motivo que fazem dos ralis um desporto de exceção, porque nunca nada será garantido até que sejam publicados resultados finais oficiais.
Desta forma, a dupla Armindo Araújo/Luís Ramalho (SkodaFabia RS Rally2) sagrou-se vencedora da sexta prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), ao concluir o Rali Vinho da Madeira com uma vantagem de 2m07s em relação a Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2), depois de uma segunda e última etapa (94,18 km) empolgante.
Com este resultado, Armindo Araújo passa a ser o novo líder do campeonato, em detrimento de Kris Meeke que na sequência do problema surgido no Hyundai durante a super-especial de abertura do rali ficou sem hipóteses de defender o primeiro lugar no CPR e… saiu da Madeira com 10 pontos, correspondentes ao sétimo lugar final e ao segundo tempo na Power Stage.
A nível de classificação geral absoluta, foi o espanhol Diego Ruiloba (Citroen C3 Rally2) quem colheu os louros, mas o madeirense Alexandre Camacho (Toyota Yaris GR Rally2), mesmo após uma longa paragem de dezena de meses e de fazer a sua estreia aos comandos do carro japonês, esteve em excelente plano, cedendo apenas por 3.7s.
Nesta segunda prova de asfalto da temporada do CPR, a incerteza foi uma constante no último dia, especialmente após as primeiras duas “especiais”, com José Pedro Fontes (Citroen C3 Rally2) ao ataque e, aos poucos, a encurtar a diferença para Armindo Araújo, cujas dificuldades para traduzir a velocidade do Skoda em bons tempos eram notórias por comparação ao seu rival.
Concluída a passagem matinal pelos quatro troços, a vantagem do líder do CPR baixara para os 4.2s e a um do final, a de Rosário 2, que era a powerstage, era já de apenas… 1.8s. Nessa guerra de nervos e na hora do tudo ou nada, Fontes, sem dúvida um dos principais protagonistas do rali, acabou por bater e desistir de forma inglória, abrindo caminho à subida ao segundo lugar final de Ricardo Teodósio, o campeão em título.
Hugo Lopes dominou 2RM
Hugo Lopes e Valter Cardoso (Peugeot 208 Rally4) estiveram insuperáveis no Campeonato de 2RM (duas rodas motrizes), cavando neste último dia uma diferença maior em relação a Gonçalo Henriques (Renault Clio Rally4) para assegurarem uma vitória importante na discussão do título.
O ucraniano AntonKorzun (Peugeot 208 Rally4) esteve em bom plano e garantiu um excelente terceiro lugar, na frente do jovem Rafael Rego (Peugeot 208 Rally4), sem dúvida a grande surpresa. Na sua estreia na Madeira, o piloto que se revelou nos ralis em 2023 no FPAK Júnior Team fez uma prova em crescendo e assegurou um notável quatro lugar, com uma vantagem de 28.8s face a Guilherme Meireles (Peugeot 208 Rally4).
O Rali da Água Transibérico Eurocidades Chaves Verin (13/14 setembro), de novo com classificativas em pisos de asfalto, será a sétima e penúltima prova do CPR.
Classificação final(Oficiosa)
*1º, Diego Ruiloba/Angel Vela (Citroen C3 Rally2), 2h00m03.9s
*2º, Alexandre Camacho/Carlos Magalhães (Toyota Yaris GR Rally2), a 3.7s
3º, Armindo Araújo/Luís Ramalho (SkodaFabia RS Rally2), a 21.2
*4º, Miguel Nunes/João Paulo Fernandes (SkodaFabia Rally2 evo), a 41.2
5º, Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2), a 2.28.2
*6º, Miguel Caires/João Miguel Sousa (SkodaFabia Rally2 evo), a 2.50.0
*7º, Joachim Wagemans/ThijsOzeel (Alpine A 110), a 3.12.8
8º, Ernesto Cunha /Rui Raimundo (SkodaFabia RS Rally2 evo), a 5.08.2
*9º, Rui Pinto/Marco Macedo (SkodaFabia Rally2 evo), a 6.05.0
*10º, Gil Freitas/Duarte Miranda (Alpine A110), a 7.12.3
*11º, Rui Jorge Fernandes/João Pedro Freitas (Renault Clio Rally4), a 7.46.4
*12º, José Camacho/Nicodemo Câmara (SkodaFabia R5), a 7.58.0
13º, Paulo Caldeira/Vítor Calado (SkodaFabia Rally2 evo), a 8.42.1
*14º, João Silva/Luís Rodrigues (SkodaFabia Rally2 evo), a 9.10.5
15º, Hugo Lopes/Valter Cardoso (Peugeot 208 Rally4), a 9.35.4
(*) – Não pontua no CPR
2RM
1º, Hugo Lopes/Valter Cardoso (Peugeot 208 Rally4), 2h09m39.3s
2º, Gonçalo Henriques/Inês Veiga (Renault Clio Rally4), a 1m44.0s
3º, AntonKorzun/PavloKononov (Peugeot 208 Rally4), a 2.47.2
4º, Rafael Rego/Ana Gonçalves (Peugeot 208 Rally4), a 3.01.1
5º, Guilherme Meireles/Pedro Alves (Peugeot 208 Rally4), a 3.29.9
Campeonatos (classificações oficiosas)
Absoluto: 1º, Armindo Araújo, 139 pontos; 2º, Kris Meeke,132; 3º, Ricardo Teodósio, 64; 4ºs, José Pedro Fontes e Ernesto Cunha, 60; 6º, Pedro Almeida, 44; 7º, Paulo Neto, 38; 8º, Lucas Simões, 32; 9º, Ricardo Filipe, 26; 10º, Gonçalo Henriques, 25.
2RM: 1º, Gonçalo Henriques, 103 pontos; 2º, Hugo Lopes, 83; 3º, Pedro Silva, 58; 4º, Guilherme Meireles, 56; 5º, Pedro Pereira, 55; 6º, Anton Korzun, 52; 7º, Ricardo Sousa, 50; 8º, João Andrade, 30; 9º, Paulo Roque, 28; 10º, Diogo Marujo, 25.
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