Rali da Água-Transibérico: Arranque das decisões no CPR
Adeptos dos de ralis! O CPR está a chegar ao fim e este fim de semana, teremos a primeira de duas provas decisivas, que vão definir o campeão. Na luta o ‘rookie’ que surpreendeu todos, e os veteranos que nunca desistem. Quem será o campeão? Só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: as provas serão emocionantes e provavelmente cheias de reviravoltas. Por isso, não perca! A primeira prova é este fim de semana, em Chaves.
Este fim de semana marca o início da decisão do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR). Com apenas dois eventos pela frente, o Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín, que se realiza este fim de semana (15/16 setembro), vai ajudar a clarificar bastante quem poderá ser o Campeão de Portugal de Ralis de 2023, não sendo muito provável que tudo fique já decidido em Chaves.
Em teoria são seis os pilotos que, matematicamente, podem ainda ser campeões, mas na prática são quatro os candidatos, pois Kris Meeke e Bernardo Sousa precisavam de um conjunto de resultados muito a seu favor, e em duas provas com tantos pilotos envolvidos, a Lei das Probabilidades é muito objetiva nesse particular…
Portanto, são Miguel Correia, José Pedro Fontes, Ricardo Teodósio e Armindo Araújo os mais fortes candidatos e mesmo entre eles há maior ou menor dose de favoritismo.
Seja como for, tudo depende do que fizerem na estrada, ou mesmo as equipas nas assistências, isso sim, vai definir nesta prova quem chegará ao Rali Vidreiro na luta e com maiores ou menores probabilidades.
Quem é mais favorito?
Sem mais ‘funfuns’ nem ‘gaitinhas’, os dois pilotos da Sports & You, José Pedro Fontes e Ricardo Teodósio.
Como é lógico, Miguel Correia lidera o CPR e “candeia que vai à frente, alumia duas vezes”, mas tendo em conta o que fez até aqui no asfalto, precisa de fazer mais nestas duas provas para se manter onde está, no 1º lugar.
Contudo, tem um dado muito importante do seu lado: o facto de não ter até aqui mostrado andamento para bater em luta direta no asfalto os seus adversários, pode jogar a seu favor pois os ‘outros’ vão estar em luta direta e Miguel Correia pode beneficiar disso.
Seja como for, o líder do campeonato tem na sua cabeça, mãos e pés uma oportunidade de ouro para ser campeão, se a aproveita, ou não, é outra história.
Depois de não ter pontuado nas duas primeiras provas do ano, Fafe e Algarve, o que Armindo Araújo fez a seguir permitem-lhe estar na luta, mas para revalidar o título, precisa de recuperar uma maquia significativa de pontos a três pilotos que tem à sua frente o que não vai ser tarefa fácil. Mas também não é impossível.
Restam os pilotos da Sports & You, José Pedro Fontes e Ricardo Teodósio.
É Fontes que está em segundo do campeonato, mas enquanto o piloto da Citroën somou pontos em todas as provas, Ricardo Teodósio já tem o resultado do Rali de Portugal a ‘zeros’ o que significa que soma todos os pontos que conseguir nas duas provas enquanto Fontes, para já tem 10 pontos para atirar fora. No fim, logo se vê.
Portanto, parece-nos que vai ser muito, entre ambos, Fontes e Teodósio, a decisão do título, com Miguel Correia muito atento com o que se passar à sua frente. Algum furo, atraso ou mesmo abandono de um destes pilotos, as hipóteses de Miguel Correia sobem a pique.
Do lado dos homens da Sports & You, pode fazer muita diferença, quer para Fontes ou Teodósio, o que fizerem Kris Meeke e Bernardo Sousa. Tal como o madeirense já disse ao AutoSport, o importante é o título ficar na Sports & You.
Como é lógico, tudo e todos dependem do que fizerem já a partir de amanhã no Rali da Água.
Como sempre, nos ralis, muita coisa pode acontecer e normalmente muita coisa acontece.
Vamos ver o quê já amanhã…
É quase certo que esta prova em Chaves vai fazer a seleção final dos candidatos e, muito provavelmente, o atual quarteto pode ficar reduzido a três ou a dois, para no Rali Vidreiro Centro de Portugal, em meados de outubro próximo, tudo se decidir no derradeiro exame da temporada.
Kris Meeke (Hyundai i20 N Rally2) será o natural favorito à vitória, aguardando-se com alguma expetativa os desempenhos de Bernardo Sousa (Citroen C3 Rally2) e do regressado João Barros (VW Polo GTI R5), sem esquecer outros protagonistas, como Pedro Meireles (Hyundai i20 N Rally2), Pedro Almeida (Skoda Fabia Rally2 evo), outro regresso, e Paulo Meireles (Hyundai i20 N Rally2).
Numa lista bem interessante, a nível numérico, de salientar, por outro lado, a participação do espanhol Victor Senra (Skoda Fabia Rally2 evo).
À semelhança do CPR, o Campeonato de Portugal 2RM (duas rodas motrizes) também entra na sua fase decisiva e esse será mais um dos múltiplos focos de interesse do rali transmontano, no qual Hugo Lopes (Peugeot 208 Rally4) defende a liderança conquistada na Madeira a Ernesto Cunha (Peugeot 208 Rally4).
A diferença entre ambos é agora de 10,5 pontos, mas Ricardo Sousa (Peugeot 208 Rally4), o terceiro classificado (a 18,5 pontos do líder), ainda não está fora da luta pelo título, tal como o jovem Gonçalo Henriques (Renault Clio Rally4).
No Campeonato Júnior, o já referido Hugo Lopes (Peugeot 208 Rally4) tem o título na mão, bastando-lhe concluir a prova para confirmá-lo, atendendo à diferença (36 pontos) que o separa de Kevin Saraiva, piloto ausente nesta prova.
Por fim, na FPAK Júnior Team, que avança para a terceira das cinco provas da época, Rafael Rego e Pedro Pereira, vencedores, respetivamente, em Castelo Branco e no Constálica Rally Vouzela e Viseu, estão separados por cinco pontos, apresentando-se como os principais candidatos ao primeiro lugar, perante a expetativa de João Silva, enquanto Vítor Matias e Alexandre Cordeiro procuram evoluir e melhorar os desempenhos dos ralis anteriores.
Rali muito ‘novo’
Ao longo de dois dias e em classificativas, algumas das quais com um traçado bastante “exigente”, que são uma novidade, a competição organizada pelo CAMI Motorsport reúne todos os ingredientes para ser… empolgante!
Na sexta-feira, dia 15 de setembro, o dia começa com a disputa do Qualifying e Shakedown, seguindo-se durante a tarde o início competitivo com 2 troços e a super-especial no centro de Chaves. No sábado, os concorrentes enfrentarão mais 6 troços cronometrados, antes de realizarem novamente a super-especial no centro de Chaves que marcará o final do Rali!
Há muitas novidades no traçado da prova, vários troços são uma completa novidade para os concorrentes e esse é mais um fator a favor da incerteza que se espera na prova. Dos 10 troços, quatro são em Espanha (dois deles ‘50-50’ entre Portugal e Espanha), pelo que a este nível a prova será uma incerteza para todos.
HORÁRIO/PROGRAMA
SEXTA-FEIRA (15 setembro)
Free Practice (S. Pedro de Agostem/2,93 km) 08h00/09h30
Qualificação (S. Pedro de Agostem/2,93 km) 10h00/10h30
Shakedown (S. Pedro de Agostem/2,93 km) 11h00/13h00
Escolha da Ordem de Partida (Museu Nadir Afonso) 12h45
Partida (Parque Assistência/Avenida do Estádio- Chaves) 17h04
PEC 1 – Termas de Chaves (16,14 km) 17h40
PEC 2 – Alto Tâmega (12,89 km) 18h23
Reagrupamento (Parque de Estacionamento da Lapa) 19h19/20h39
PEC 3 – Cidade de Chaves 1 (1,83 km) 20h58
Parque de Assistência (Avenida do Estádio – Chaves) 21h14/21h59
Parque Fechado (Parque de Estacionamento da Lapa) 22h03
SÁBADO (16 setembro)
Partida do Parque Fechado (Parque de Estacionamento da Lapa) 10h00
Parque de Assistência (Avenida do Estádio – Chaves) 10h04/10h19
PEC 4 – Eurocidade 1 (10,34 km) 10h45
PEC 5 – Cidade de Verin 1 (11, 48 km) 11h40
PEC 6 – Rota Termal 1 (16,74 km) 12h31
Reagrupamento (Parque de Estacionamento da Lapa) 13h17/13h37
Parque de Assistência (Avenida do Estádio – Chaves) 13h41/14h11
PEC 7 – Eurocidade 2 14h37
PEC 8 – Cidade de Verin 2 15h32
Reagrupamento (Soutelinho da Raia) 16h12/17h02
PEC 9 – Rota Termal 2 – POWER STAGE 17h16
PEC 10 – Cidade de Chaves 2 18h04
Pódio final (Parque Fechado/Praça António Ribeiro Carvalho) 20h15
NOTA: Todas as restantes informações sobre a prova estão publicadas em artigos anexos