Pedro Calado explica ‘dificuldades’ do Rali Vinho Madeira
Profundo conhecedor das classificativas do Rali Vinho da Madeira, prova que venceu por cinco vezes como navegador de Alexandre Camacho, Pedro Calado fez uma análise das “especiais” que integram esta edição da prova organizada pelo Club Sports da Madeira. E não hesita em apontar o troço cronometrado da Calheta como um dos mais complicados, sem esquecer, ainda, o de Palheiro Ferreiro.
Vejamos a análise do experiente e reputado co-piloto do atual líder do Campeonato de Ralis Coral da Madeira:
PEC 1 | Cidade do Funchal (2,18 km) – “Prova especial espetáculo bem no centro da cidade do Funchal, com a classificativa ao final da tarde de quinta-feira. O pódio do rali, na Avenida do Mar – Praça do Povo, atrairá muita gente para viver de perto toda a emoção da prova. Inicia-se a prova espetáculo em zona descendente perto dos BMF, entrando no túnel de acesso à rotunda Francisco Sá Carneiro, com uma rotunda espetáculo, e termina à frente da Marina do Funchal, na faixa Norte. A classificativa é muito rápida e com zonas espetáculo e de chicanes. Naturalmente acorrem milhares de pessoas, dando muita alegria a todas as equipas e vida à cidade. Muito rápida e técnica, para ser feita com atenção. Tratando-se de uma classificativa citadina, com chicanes e de apenas 2,18 km, nada se perde, mas muito se pode comprometer. Muito bonita para o público, sobretudo na nova zona da Praça do Povo. Um bom começo para os dois dias de prova que se seguem”.
PEC 2 e 5 | Campo de Golfe (10,47 km) – “Começa na reta do Clube de Golfe, em zona muito rápida, com algumas lombas feitas a fundo, sobretudo até chegar à curva do Hotel do Santo. A partir daí, descemos até à zona da Fonte de Santo António, com zonas muito técnicas e estreitas, que obrigam a cuidados redobrados, sobretudo se estiver húmido. A estrada da Ribeira de Machico até à Portela e daí até à Serragem (Santo), passando pelo sempre espetacular ‘caracol’ da Portela, é de muita condução e tem zonas encadeadas que obrigam a conhecer bem o troço. Bom asfalto e bermas limpas. O clima e o nevoeiro podem ajudar a ‘baralhar’ as escolhas de pneus, podendo ser determinantes nesta fase da prova. Este ano fazemos a classificativa de manhã e à tarde”.
PEC 3 e 6 | Palheiro Ferreiro (19,05 km) – “Clássica e muito difícil, pela sua extensão, dificuldade e concentração que exige. A parte inicial, do Palheiro Ferreiro até ao Terreiro da Luta, é feita em zona de muita condução, rápida e muito técnica ao longo de cerca de 7 km. Passamos ainda pela zona espetáculo da Choupana com um lindo (e matreiro) salto, seguindo-se a subida da Ribeira das Cales até ao Portão Sul do Chão da Lagoa. A partir daí, entramos no planalto onde toda a atenção é pouca, sobretudo se estiver nevoeiro ou com chuviscos. Muita condução, agilidade e concentração absoluta. Após a saída do Portão Norte até ao Poiso tem rápidas descidas, seguindo-se o sempre espetacular cruzamento do Poiso, onde temos a companhia de muito público. Até ao final restam apenas cerca de 500 metros. As condições climatéricas são muito incertas e o nevoeiro pode ajudar a baralhar os tempos. Piso bom na quase totalidade do troço. Atenção apenas à zona do Chão da Lagoa, com o empedrado e algumas lombas matreiras”.
PEC 4 e 7 | Cidade de Santana (14,14 km) – “Muito rápida e exigente, este ano será mais extensa do que é habitual. Começa a subir com alguns ganchos e zonas rápidas e encadeadas, passando junto ao primeiro túnel, com uma zona de saída que merece atenção. Alterna zonas rápidas, com subidas, descidas, com zonas muito estreitas e outras muito rápidas, onde toda a atenção é necessária. A parte intermédia do troço, entre o Curral Velho, Silveira e Lombo do Curral obriga a grande condução e atenção a algumas ‘ratoeiras’. A parte final, da Feiteira de Cima até às Eiras é simplesmente espetacular em termos de condução e rapidez. A segunda passagem por este troço será realizada ao final do dia e a visibilidade dependerá muito das condições climatéricas. O público agradece”.
PEC 8 e 12 | Câmara de Lobos (10,32 km) – “Início do rali no sábado. É uma classificativa muito particular e difícil. Zona inicial com subidas e zonas muito estreitas e sinuosas, passando por zonas de muitas residências, difíceis de reconhecer pelo número de carros e pessoas à porta de casa. Classificativa de muita condução e atenção. Sinuosa, alternando na parte final, depois da Eira das Moças, e até ao final, com zonas rápidas. Requer reconhecimento e conhecimento profundo do troço. Bom piso e o clima costuma estar bom. Ideal para um bom início de prova no sábado. Atrai sempre muito público, sobretudo na zona do Parque Empresarial e no final, no Cabo Girão”.
PEC 9 e 13 | Ponta do Sol (10,95 km) – “Parte inicial até ao cruzamento do Carvalhal, sempre a subir, com uma zona plana, muito exigente e cuidadosa. Na zona do Carvalhal, com zonas espetáculos e com muita afluência de público. Subida até ao planalto do Paul da Serra, até ao final do troço, com muita condução, com muitas retas, zonas muito rápidas, com algumas curvas em gancho, acabando numa zona bonita do Planalto. Classificativa alterada relativamente a anos anteriores, mas que julgo ser do agrado de todos os participantes. Muito rápida na zona de subida e no final, a ser feita com muita condução e atenção. Bom piso”.
PEC 10 e 14 | Calheta (14,45 km) – “É, em minha opinião, uma das PEC mais difíceis do rali. Impossível de se fazer ‘a olho’, dadas as inúmeras curvas e zonas de grande condução. Este ano é nova, iniciando a descer o Paul, numa zona rápida e depois entrando na estrada regional em direção à Ponta do Pargo. Muito rápido o início. Para um bom ‘crono’ é necessária muita confiança nas ‘notas’, acreditar e muito reconhecimento. Parte final muito encadeada e rápida na zona da Maloeira. Nesta zona da ilha o clima é sempre muito incerto, o que às vezes obriga a uma ‘lotaria’ de pneus. Muito bonito, mas muito difícil. Atenção se houver nevoeiro!…”.
PEC 11 e 15 | Rosário (11,37 km) – (11,37 km) – “É a classificativa tradicional e mais bonita do rali, sempre com muito público e que obriga a muita condução, sobretudo na descida da Encumeada. Parte inicial muito rápida, estrada larga e de boa condução até ao topo da Encumeada, sempre a subir. Aqui pode estar húmido. Do topo da Encumeada até à Serra D’Água temos a descida mais espetacular e clássica do RVM, passando pela Estalagem e Pousada, com muita perícia e rapidez, onde o sangue frio é determinante. Espetacular a descida da Encumeada. De ver, reviver e… pedir mais. Bom piso e com atenção à parte inicial a subir, sobretudo se estiver molhada ou húmida. Por vezes apanhamos dois climas completamente diferentes: antes e depois do topo da Encumeada! A segunda passagem é a Power Stage, o que deixa um motivo extra de interesse. Excelente para terminar um belíssimo rali”.
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