CPR, Rali de Castelo Branco, PE8: Teodósio vence especial, mas Armindo vence rali
Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia R5 evo) venceram pela terceira vz consecutiva o Rali de Castelo Branco, depois duma prova equilibrada, que ficou decidida quando José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3R5), fizeram pião quando lideravam, perdendo 19.6s, deixando o caminho aberto ao piloto do Skoda para vencer. Ricardo Teodósio e José Teixeira (Škoda Fabia Rally2 evo) foram segundos na frente de Fontes.
Não foi um rali fácil para a Escuderia Castelo Branco. Um primeiro dia cheio de incidentes, paragens, atrasos, com múltiplos acontecimentos a ‘desafiarem’ os organizadores que receberam críticas dos pilotos, de montante a jusante.
Numa prova marcada por uma enorme trovoada e chuva no sábado, no domingo um calor abrasador ‘aqueceu’ um caravana muito fustigada por atrasos, e situações que levaram, por exemplo a que os concorrentes do regional Centro, não disputassem qualquer especial no sábado, com várias situações a merecer uma melhor análise, de modo a concluir-se se vale a pena alterações no futuro.
Em termos desportivos, um grande rali, com Zé Pedro fontes, tal como no ano passado, a levar a luta para o segundo dia de prova, com um incidente, tal como em 2020, a roubar-lhe a possibilidade de lutar pelo triunfo até ao fim como merecia a sua melhor exibição do ano.
Quanto a Armindo Araújo, foi igual a si próprio, sem cometer erros, foi pressionando um forte Fontes, e no momento chave da prova, teve mais sorte que o piloto da Citroën já que Fontes, o primeiro a chegar ao local apanhou a estrada húmida e fez um pião, perdendo quase 20 segundos, enquanto Armindo Araújo ‘andou aos papéis’, mas ‘safou-se’, quase garantindo aí o triunfo. Ainda faltavam dois troços, mas a partir daí o piloto da The Racing Factory geriu o andamento de modo a garantir que chegava ao fim como vencedor. Teodósio fez um forcing, terminou a 6.4s, mas a margem é enganadora, pois a dois troços do fim a diferença era de 12.1s.
A primeira prova de asfalto do ano mostrou o melhor Fontes, um Armindo ‘habitual’, um Teodósio que perdeu o comboio da frente e quando quis apanhar a carruagem já era tarde, um Bruno Magalhães e Bernardo Sousa que deram tudo, sem que os carros permitam mais, um Miguel Correia que não está no asfalto, ainda ao nível que já mostra na terra, e por um Pedro Meireles que cedo deixou perceber que não lutaria pelos primeiros lugares.
Com mais esta, são agora três, as vitórias consecutivas de Armindo Araújo no Rali de Castelo Branco.
Teodósio reagiu tarde
Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda Fabia R5 evo) foram segundos a 6.4s, mas Armindo Araújo controlou a sua margem nos dois troços finais. O piloto algarvio teve um primeiro dia em que concluiu que estava a travar cedo demais – algo descoberto através da análise da telemetria – facto que o atrasou 14.5s. Ainda subiu um lugar, fruto do azar de Fontes, mas num rali sprint já não foi a tempo de poder incomodar Araújo, embora tudo tenha tentado. Está um pouco mais longe, mas na luta pelo campeonato.
José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3 Rally2) ainda salvaram o terceiro lugar, numa prova inglória, pois lutaram muito para vencer e tiveram o azar de deparar com uma zona do troço muito húmida, efeito da muita chuva que caiu no sábado e boa parte da madrugada de domingo. Para que se perceba como Fontes foi surpreendido, também Armindo Araújo quase fez pião, com Pedro Meireles e Bernardo Sousa a fazerem piões no mesmo sítio.
Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20 R5) foram quartos classificados a 26.7s, numa prova em que fez das tripas coração para andar mais à frente, sem o conseguir. No primeiro troço perdeu de imediato 9.3s, no fim do dia já estava 18.7s da frente, e nunca conseguiu recuperar, apesar de tudo ter tentado para se aproximar. O melhor exemplo, o segundo lugar na PowerStage. Na próxima prova agendada, o Rali Vinho Madeira, no início de agosto, talvez já tenha o novo i20 N Rally2, e talvez as coisas se processem doutra forma.
Miguel Correia/António Costa (Skoda Fabia R5 evo) terminaram o rali no quinto lugar, a quase um minuto da frente, numa prova em que esteve abaixo do que já lhe vimos. Até começou bem, mas um ligeiro toque numa jante fê-lo perder algum tempo, receoso que tivesse furado. Terminou o primeiro dia a 20.7s, e no segundo não esteve no seu melhor, chegando mesmo a apanhar um valente susto no último troço, depois de sair de estrada sem infligir danos ao carro. Depois do despiste no Rali de Portugal, era o que menos precisava. Ainda assim, fez o suficiente para um top 5, que não é nada mau.
Carlos Fernandes confirma triunfo nas duas rodas motrizes
Líder desde a segunda especial do Rali de Castelo Branco, Carlos Fernandes fechou a sua participação com o oitavo lugar absoluto e a vitória entre os concorrentes com carros de duas rodas motrizes. O piloto do Peugeot 208 Rally4 venceu todos os troços nesta categoria e liderou a competição do início até ao final. Ricardo Sousa, também com um Peugeot 208, terminou em segundo, a 45,5s, enquanto Rafael Cardeira, em Renault Clio, fechou na terceira posição, a 2m40,4s do primeiro classificado.
Nuno Carreira impõe-se nos Clássicos
Ao volante de um Subaru Impreza, Nuno Carreira venceu o Rali de Castelo Branco para o Campeonato de Portugal de Clássicos de Ralis. A vitória foi evidente, com 48,8s de vantagem sobre o segundo classificado, Daniel Ferreira. O piloto do Mitsubishi Carisma GT foi o único, além do vencedor do rali, a marcar o melhor tempo em especiais. Pedro Leone, em Ford Escort RS Cosworth, completou o pódio.
Na categoria dos GT, Paulo Carvalheiro completou a totalidade da quilometragem no Rali de Castelo Branco para levar o Porsche 911 GT3 Cup ao lugar mais alto do pódio.
Diogo Gago vence Renault Clio Trophy Spain
Perante a armada espanhola do Renault Clio Trophy Spain, Diogo Gago impôs-se e leva a vitória no Rali de Castelo Branco entre os concorrentes deste troféu. O piloto português ainda perdeu a liderança para Miguel Gutierrez, que arrancou para o derradeiro troço com nove décimos de vantagem sobre Gago. Aí, o luso estabeleceu o melhor tempo e venceu com 6,5 segundos sobre German Tabares, que entretanto subiu a segundo, e 9,8s sobre Gutierrez.
Vencedor do troféu Suzuki ganha por duas décimas
Foi até à última. Na Copa Suzuki 2021, Diego Gonzalez venceu por uma unha negra. O piloto da Escuderia Ourense bateu Diego-Alvarez Bragaña por duas décimas de segundo e Aingeru Zaballa, que fechou em terceiro, ficou a 3,7 segundos do primeiro classificado. A competitividade deste troféu foi evidente, com os oito primeiros a terminarem o Rali de Castelo Branco separados por um minuto.
Entre os concorrentes da Dacia Sandero Rally Cup, destaque para Victor Maria, que venceu. Sairo Rodriguez ficou na segunda posição, a 11,6 segundos, e Alberto Briones completou o pódio.
André Cabeças ganha para o Campeonato Centro de Ralis
O Rali de Castelo Branco também pontuou para o Campeonato Centro de Ralis. Neste particular, André Cabeças esteve em grande plano. O piloto do Mitsubishi Mirage Evo venceu todas as especiais da prova organizada pela Escuderia Castelo Branco e selou novo triunfo. O andamento evidenciado foi tal que o segundo classificado, Gonçalo Figueroa, terminou a sua participação no rali a 55,8 segundos de diferença.
A luta pelo derradeiro lugar do pódio foi uma das mais animadas da prova. No final, Pedro Silva foi quem levou a melhor. O piloto do Peugeot 208 completou o pódio, enquanto Ricardo Coelho, em Toyota Starlet 1.3, teve de se contentar com o quarto posto, a 6,8 segundos do terceiro e a 1m51,7s do vencedor.
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