CPR, Rali Algarve, PE5: Teodósio bem na frente, luta pelo título em aberto

Ricardo Teodósio e José Teixeira (Skoda Fabia R5) terminaram as primeiras cinco especiais do Rali Casinos do Algarve com 26.5s de avanço para José Pedro Fontes e Paulo Babo (Citroen C3 R5). Um sensacional Pedro Paixão, que tem a seu lado Jorge Henriques no Skoda Fabia R5, só perdeu o  terceiro lugar para Miguel Barbosa e Hugo Magalhães, na super especial de Lagos. A dupla checa Ondrej Bisaha e Petr Tesinsky (Ford Fiesta R5) é quinta classificada na frente de Alexandre Camacho e Rui Rodrigues.

Sexto posto da geral, quarto do CPR para Armindo Araújo e Luís Ramalho (Hyundai i20 R5), que não tiveram um dia positivo.

A história conta-se em poucas linhas. O piloto da equipa oficial da Hyundai fez um pião logo no primeiro troço, perdendo logo 24.1s para a frente do rali, nunca mais conseguindo recuperar, revelando depois ao AutoSport, que preferiu não arriscar muito pois não tinha o carro perfeito para o estado dos troços, e sendo verdade que nem sequer precisam de vencer para chegar ao título, o facto de Ricardo Teodósio estar bem na frente e ter vindo a vencer troços, significa que para Armindo Araújo este quarto lugar pode não servir para ser campeão.

Claro que há vários pressupostos para ser cumpridos, mas se Teodósio vence o rali e oito troços, é campeão (com Armindo 4º do CPR). Para já, Teodósio venceu três troços, Fontes, 1 e Miguel Barbosa (a super especial de Lagos), outro.

José Pedro Fontes entrou bem na prova, mas depois teve problemas com os travões do C3 R5, (o piloto mostrou-nos antes de entrar no parque de assistência com o pedal ‘afundava’) na terceira especial, perdendo desde logo 18.9s, perdendo com isso, logicamente a liderança da prova para Teodósio.

Miguel Barbosa entrou mal no rali depois de perder 14.2s em apenas 9.90 Km logo a abrir, e mais 21.4s na especial seguinte, outros 13s na terceira, sem ter tido sequer a possibilidade de chegar perto do ritmo da frente.

Com isto, a luta pelo campeonato está completamente em aberto. Contudo, sendo verdade que se Teodósio vai para o segundo dia com 26.5s (já estamos a considerar os registos da super especial de Lagos) de avanço para José Pedro Fontes, não vai ter tarefa fácil para ganhar todos os troços que precisa amanhã, já que os pneus não permitem atacar em todos os troços, sendo necessário geri-los e basta andar ‘desencontrado’ com outro adversário, para este poder vencer quando Teodósio precisar de gerir. Contudo, aqui a meteorologia pode influenciar, pois espera-se chuva, pelo menos alguma, para amanhã e isso pode ser mais uma incógnita nesta equação.

Resumindo, Armindo Araújo ainda tem o controlo do seu triunfo no campeonato nas mãos, mas a distância a que está de Barbosa, 17 segundos, não são muito confortáveis para o piloto da Hyundai.

Contudo, convém não esquecer que há mais situações que podem contribuir para o título de Araújo, por exemplo se existir algum problema dos pilotos CPR à sua frente, Barbosa ou Fontes, e logicamente, também Teodósio, claro.

Passíveis de acrescentar dificuldades a Teodósio, estão pilotos como Miguel Barbosa, que venceu a super especial de Lagos, retirando mais uma possibilidade de Teodósio ‘somar, e claro, Fontes, bem como Armindo Araújo podem vencer troços.

Na Peugeot Rally Cup Ibérica, e depois da Super especial de Lagos, está tudo em aberto quer em termos de vencedor da prova, como em termos do potencial Campeão.

Na discussão da vitória, Daniel Nunes lidera, Ricardo Sousa é 2º e Hugo Lopes o 3º. Já a luta pelo título trava-se agora entre Hugo Lopes e Roberto Blach, num rali em que os restantes candidatos Diogo Gago e Pedro Antunes se viram afetados por problemas mecânicos logo na primeira ronda.

Nas duas rodas motrizes nacionais, Daniel Nunes e Rui Raimundo (Peugeot 208 R2) lideram também (tal como na Peugeot Rally Cup), e com um bom avanço para Ricardo Sousa.

Hugo Lopes é terceiro na frente de Miguel Correia e Gil Antunes.

Na final do European Rally Trophy, José Pedro Fontes lidera com 33.0s de avanço para Ondrej Bisaha e 43.0s para Alexandre Camacho.

No ERT2, Ricardo Costa ERT2 está na frente, mas apenas com 2.0s face ao russo Sergei Remennik (Mitsubishi Lancer Evo X).

No ERT3 lidera Miguel Correia (Renault Clio R3) com 0:25.5 de avanço para Roberto Blach Nunez (Peugeot 208 R2).

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