Como se sente Kris Meeke por fazer ralis em Portugal?
Desde que o Team Hyundai Portugal trouxe Craig Breen e depois Kris Meeke, o cenário dos ralis nacionais tem sido palco de intensos debates. Houve polémicas, discussões e reviravoltas, Kris Meeke acabou por vencer o campeonato, e no final de tudo, partilhou o seu olhar sobre o que significa para ele competir em Portugal, deixando clara a sua paixão pelo país e pelos seus ralis.
Um dos temas mais falados nos ralis desde que o Team Hyundai Portugal contratou Craig Breen para correr no Campeonato de Portugal de Ralis – e depois pelos motivos que se conhecem, Kris Meeke – que as ‘hostes’ se dividiram, e em muitos casos, extremaram-se.
Uns, defensores do aumento de espetáculo no CPR, outros alertando para a possibilidade da presença de Meeke ter uma espécie de efeito ‘eucalipto’ quando um determinado fator se sobrepõe aos restantes que o rodeiam, causando nestes um efeito negativo.
Houve discussões para todos os gostos, e a cereja (estragada) no topo do bolo foi a polémica – que já vem de longe – do ‘estado’ não ter conseguido em 17 meses resolver a questão da Lei permitir que cidadão estrangeiros possam ser Campeões de Portugal.
Infelizmente, teve que se falar muito disso, e para piorar as coisas, uma penalização (cuja discussão não vem agora ao caso) no Rali Vidreiro, prova que decidia o campeonato, tornou tudo ainda mais polémico.
Ao ponto de Kris Meeke ter passado dia e meio muito ‘stressado’ com o que lhe estava a acontecer.
Por fim, venceu o campeonato…
Falou-se de tudo e mais alguma coisa, tivemos conversas com Kris Meeke no Rali Vidreiro, que estão publicadas, e mostram bem qual era o estado de espírito do norte irlandês, na altura.
Mas os dias passaram, e depois de todos os observadores deste fenómeno que são os ralis em Portugal terem opinado vezes sem fim, ficou a faltar uma coisa, que infelizmente, ‘mea culpa’, o AutoSport não teve contexto certo para fazer em Alcobaça…
O tema é simples: Como se sente Kris Meeke por fazer ralis em Portugal?
Felizmente, os nossos colegas do Dirtfish, deixaram assentar a poeira, e puseram Kris Meeke a dizer de sua justiça.
Pode ser que, desta forma, muita gente perceba finalmente o sentimento genuíno que o norte irlandês tem pelo nosso País.
“Estou a gostar muito”, disse Meeke ao DirtFish “Estou a gostar de conduzir, provavelmente tanto como em qualquer outra altura da minha carreira. Vivendo agora em Andorra, Portugal é bastante simples do ponto de vista das viagens e as estradas e os ralis são simplesmente fantásticos. Penso que quase todos os eventos estão a utilizar troços antigos do WRC – mesmo os eventos no sul estão a incluir estradas dos dias em que o WRC estava no Algarve.
E para o alcatrão, vamos à Madeira, que é uma das provas mais desafiantes do mundo em termos técnicos e na qual nunca consegui encontrar o meu ritmo. Só faltam os Açores. Espero que volte, adoro esse rali”.
As duas primeiras frases são sintomáticas e espelham bem o que sente: “Estou a gostar muito” (…) “Estou a gostar de conduzir, provavelmente tanto como em qualquer outra altura da minha carreira.”
Depois falou da Sports & You: “Esta equipa tem um verdadeiro ambiente familiar, faz-me lembrar quando conduzia com a PH Sport [equipa satélite da Citroën Racing] em 2016. Todos se unem e se empenham neste ambiente de equipa pequena.”
Terminou, explicando que aceitou substituir o malogrado Craig Breen: “Foi um momento muito emotivo, claro que foi”, disse Meeke, ”mas por muito que o quisesse fazer pelo Craig, na altura fui claro ao dizer que estava a pilotar porque ainda gosto do fazer. E isso continua a ser verdade agora”.
Terminou dizendo, talvez o melhor elogio que podia fazer aos ralis em Portugal e aos portugueses:
“Este País está mergulhado na história dos ralis. Faço um teste numa terça-feira de manhã à chuva no meio do nada e aparecem centenas de pessoas. As pessoas aqui são fanáticas pelo desporto. Como não gostar disso?”
“A qualidade das estradas aqui é inigualável em qualquer campeonato nacional na Europa”, disse Meeke. “E, para além disso, o tempo é fantástico – a maior parte do tempo – a comida é espetacular e há um grande aspeto social. Tudo é um pouco mais descontraído e, talvez se perceba, estou a gostar de pilotar neste momento. Está a pôr um sorriso na minha cara.”
Infelizmente, tiraram-lhe o sorriso durante umas horas, mas como se percebe, basta atentar nas suas palavras ao Dirtfish. Tudo o que Portugal lhe dá de prazer, resume-se mesmo a uma frase que Meeke disse: “Como não gostar?”
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Srs da FPAK, principalmente Sr. Presidente Ni Amorim, oiça e leia, “Só faltam os Açores. Espero que volte, adoro esse rali”. Sr. Presidente, só a sua casmurrice, impede que esse excelente rali não esteja no campeonato nacional.
Sem dúvida!