Carlos Vieira: “Agora sei que posso disputar qualquer rali com qualquer piloto…”

Carlos Vieira veio para os ralis em 2015, ainda a ‘meio-gás’, a sua primeira temporada a tempo inteiro foi o ano passado, e no seu segundo ano em ‘full-time’ chega ao título. Não há muitos pilotos de ralis que se tenham ‘feito’ com esta rapidez, e se até aqui já tínhamos um piloto que se poderia bater por vitórias a partir daqui, sabemos também que pode lutar por títulos e este chegou depois duma luta muito intensa. Com o triunfo de Mortágua colocou-se ‘a jeito’ e no Algarve converteu a sua maior rapidez no asfalto num domínio intenso, não deixando espaço a que Pedro Meireles pudesse sequer esboçar uma reação. Muito bom para quem iniciou o ano simplesmente a querer ser mais competitivo, a imiscuir-se na luta pelas vitórias, terminando a época campeão. Em Mortágua, estreou um carro novo para si, porque, dizia “já não estamos na luta pelo título” mas com o triunfo nessa prova abriu uma nesga de oportunidade e não a desperdiçou.

AS: Mesmo com tudo o que tinhas de fazer, conseguiste…

CV: “Nós estávamos, evidentemente, sob pressão, e aqui a vitória só não chegava. Tínhamos que ganhar as especiais quase todas. Depois uma classificativa foi interrompida o que nos fez ter que levar isto até ao final e tudo isso foi muito difícil, mas estamos muito felizes.

AS: Que balanço fazes?

CV: “O balanço que faço do ano é muito bom, dentro dos altos e baixos que tivemos, a evolução que tive foi notória e agora sei que posso disputar qualquer rali com qualquer piloto nacional e isso para mim dá-me uma satisfação enorme…”

AS: E agora, alguns plano para o futuro?

CV: “Em primeiro lugar, saborear e usufruir do que conquistei e claro, continuar no Nacional de Ralis. Quando estava nas pistas ainda fiz uma ‘perninha’ lá fora, mas a minha carreira é um bocado curta, tem apenas sete anos, eu já tenho 34, nos ralis são apenas dois anos, mas no fundo eu já não tenho idade para grandes voos. Vou-me manter pelo Nacional e não tenho outros grandes objetivos quando a isso, só mesmo as provas europeias que estejam incluídas nos nossos campeonatos…”