Campeonato de Portugal de Ralis: entre os favoritos, todos podem (ainda) ser campeões
Não é novidade para ninguém que a trágica morte de Craig Breen vem mudar muita coisa no Campeonato de Portugal de Ralis, e nem mesmo a forte possibilidade de ser Kris Meeke o seu substituto, afeta esse facto.
Em primeiro lugar, todos percebemos, quando foi confirmada a contratação de Craig Breen, que dificilmente o desfecho do campeonato seria outro que não a vitória do piloto irlandês. Quis o destino, que um trágico acidente lhe roubasse a vida, portanto, o título é algo que já não irá suceder.
Mesmo com o acidente de Breen do Algarve, e a ausência na Madeira, a única coisa que mudava era a maior pressão de não falhar, mas mesmo assim acreditava-se que, se tudo corresse dentro da normalidade, era muito forte a probabilidade de ser Breen o campeão.
Agora, mesmo que o seu substituto seja Kris Meeke, quanto a rapidez e experiência estamos ‘conversados’. Apesar de Meeke não ter o mesmo ritmo que tinha até aqui Craig Breen, acredita-se que (se Meeke for confirmado), será um forte candidato ao título.
Para que isso possa suceder, obviamente, tem que correr já no Rali Terras d’Aboboreira.
Está uma inscrição ‘Sports & You’ feita e no Rali de Portugal em que isso também sucede.
Mas vamos a contas.
Neste momento, com duas provas realizadas, Miguel Correia lidera o campeonato, com 45 pontos, mais um que Ricardo Teodósio. José Pedro Fontes tem 30, mas como se sabe, será no asfalto que pode fazer melhores resultados.
Quanto aos candidatos ao título, temos que incluir Armindo Araújo, que deve regressar no Rali terras d’Aboboreira.
Se a vinda de Breen para o CPR foi uma ótima decisão em termos de espetáculo e visibilidade da competição, em termos de equilíbrio na luta pelo título, seria o oposto.
Mas já não vai ser assim.
Porque o piloto estrangeiro que chegar já tem duas provas de atraso e pouca margem de manobra. Também Armindo Araújo perdeu essa margem, e está agora bem mais pressionado em termos de resultados.
Mas há uma excelente notícia: é que tudo aponta para que o campeonato se decida somente na última ou últimas provas, dependendo, claro, de como tudo se vai processar nestas duas próximas provas.
O Rali Terras d’Aboboreira tem já o condão de tornar a conquista do título muito mais difícil para alguns. Os que estão mais pressionados nesta prova serão, sem dúvida Armindo Araújo e o piloto que substituir Craig Breen. Admitamos que é Kris Meeke…
Se olharmos para as contas, e se fizermos um exercício teórico, Armindo Araújo pode perfeitamente ser campeão, e com alguma margem que lhe permite não ser ‘perfeito’.
Ele, ou os outros que estã na mesma situação…
Senão vejamos: num cenário puramente teórico, porque não é realista, sendo possível, se Armindo Araújo vencer as provas todas, e vencer as PowerStage, é campeão.
Independentemente do que fizessem Miguel Correia, Ricardo Teodósio e José Pedro Fontes. Com Bernardo Sousa passa-se exatamente a mesma coisa e o mesmo sucede com o piloto que virá para o Team Hyundai Portugal. Se vencer as provas todas e as PowerStage é campeão. Mas no caso do madeirense é bem menos realista que o pudesse conseguir, o que já não sucede com o piloto que substituir Craig Breen, se for como se espera um piloto na linha do irlandês.
Passando para cenários mais realistas, e sendo certo que são Miguel Correia e Ricardo Teodósio os principais favoritos ao título, neste momento, até porque têm agora uma boa almofada de resultados, que tem tudo para os levar para a decisão do título, no mínimo.
São eles, claramente, os principais favoritos, agora.
Claro que podemos aqui fazer contas a outros cenários, pois um único piloto ganhar as provas todas e ainda as PowerStage é algo muito pouco provável.
Mas também podemos acrescentar que Armindo Araújo, o novo piloto do Team Hyundai Portugal ou mesmo Bernardo Sousa, nem sequer precisariam de vencer os ralis e as PowerStage todas, dependendo sempre de quem as venceria.
resumindo, é cedo demais para fazer essas contas, porque os cenários são ainda demasiados.
Prova a prova pode-se ir traçando outros cenários, quer seja de exclusão ou de mais equilíbrio. Mas para isso temos que esperar pelos resultados.
Para já o único facto importante e a mensagem que queremos passar é simples: Ninguém está arredado do título, realisticamente (mais para uns do que para outros) entre os principais favoritos, todos podem ser campeões.
Contudo, e como já referimos, Armindo Araújo, Bernardo Sousa e o ‘novo’ piloto, partem com duas provas de atraso, na prática, uma porque só contam sete de oito resultados e Miguel Correia, Ricardo Teodósio e José Pedro Fontes têm que ‘atirar’ um resultado fora…
Vamos ver como corre o Rali Terras d’Aboboreira.
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