Bruno Magalhães: “Era muito fácil ter dado à chapa e continuar”
Avisar os outros concorrentes antes de mais nada. Foi esta a primeira preocupação de Bruno Magalhães depois de se ter despistado na PEC 17, Ponta do Sol II, à conta de uma pedra que se encontrava na estrada.
“A primeira preocupação que eu tive foi ir avisar os concorrentes atrás de mim, porque era muito fácil eu ter dado à chapa e continuar, porque o meu carro estava em condições. Portanto, eu dava à chapa e continuava. E eu saí do carro e fui avisar toda a gente. Agora, como é óbvio, eu quis que estas imagens ficassem bem esclarecedoras para toda a gente perceber o que aconteceu. Portanto não queiram virar agora e dizer que eu é que sou o culpado disto tudo, quando eu é que fui a vítima, como toda a gente pode ver. A minha preocupação, antes da placa, como está a dizer o Marco Cabral [comentador da Antena 3 Madeira], antes disto ou daquilo, foi avisar quem vinha atrás de mim para não lhe acontecer o mesmo ou para se calhar não ir parar ao meu carro. Portanto, essa é que foi a minha preocupação. Agora, dizerem que eu engendrei um esquema para ganhar o rali quando eu é que estava à frente… pronto, deixam-me sem palavras”, disse no programa Super Especial, da RTP Madeira, coordenado pelo jornalista Paulo Almada.
Já Marco Cabral defendeu-se, dizendo que nunca acusou o piloto:
“Bruno, ninguém está a dizer que engendraste seja o que for. Eu fui o primeiro, se ouviste bem, a dizer que até admitia que a pedra tivesse sido lá colocada propositadamente. A questão aqui não é se a pedra foi ou não colocada lá propositadamente. A questão é se o Bruno Magalhães – e foi isso o que o Colégio de Comissários Desportivos decidiu – tem ou não legitimidade para parar o rali”.
“Não tenho legitimidade nenhuma para mandar parar nada, nem sou mais do que ninguém. Mas tenho legitimidade para zelar pela segurança de todos os intervenientes, e eu não bati, ou não estraguei o carro por milagre, subi o lado esquerdo e podia ter capotado, como podia ter batido num tronco de uma árvore que estava lá, e a minha primeira preocupação foi sair do carro para ir avisar quem vinha atrás. Não foi parar ir limpar o terreno. Tive o bom-senso de mandar abrandar quem vinha atrás de mim, porque o Pedro [Calado, co-piloto Alexandre Camacho], com certeza não pensou nisso, mas se eu tivesse continuado e as pedras tivessem lá, pelo menos alguma coisa iria acontecer”, respondeu Bruno, com Pedro Calado a ser peremptório: “Ó Bruno, eu não fico muito preocupado porque senão fez nada no teu carro, nem um arranhão, no nosso também não teria feito, e pronto, teríamos continuado”.
Mas Bruno Magalhães insistiu na sua visão dos acontecimentos:
“Ó Pedro, mas estás enganado, porque por acaso acertou na proteção de cárter a meio, por sorte. Só por isso o carro aguentou. Mas o problema é a consequência que isso me trouxe de eu sair de estrada. Agora, nunca sabes o que te poderia acontecer a ti, ou aos que vinham atrás. Agora, se a minha atitude é que está errada, eu que sou a vítima disto, lamento. Sinceramente, já nem sei o que hei-de dizer. E lamento tudo o que foi dito. Dizerem que eu engendrei… acho que a sede que algumas pessoas têm de vencer este rali pela primeira vez leva-as a terem declarações deste género, mas eu lamento imenso”
“Bruno, também lamento que uma atitude destas possa pôr em causa todo o esforço de uma organização do Rali Vinho Madeira”, concluiu Pedro Calado.
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O mais chato foi mesmo o azar da pedra ter aparecido no troço e veio estragar um rali disputado ao segundo. Quanto ao resto, acho que o Bruno na hora pensou logo que tinha sido alguém a colocar lá a pedra para o fazer perder tempo/rali e tendo em conta que o 2º classificado era um madeirense, deve ter sido logo o que lhe veio à cabeça, naquele instante acho que pensou, vou já mandar parar isto tudo, acaba-se aqui o rali.. etc etc, agora diz que a preocupação dele foi sempre a segurança dos outros pilotos, isso já é… Ler mais »
Alguém me sabe (no onboard mal dá para reparar) que tipo de pedra existe naquela zona? Ou seja, aquele tipo de pedra maciça ou tipo rochosa, algo parecido com o xisto? Se for esta ultima, desfaz-se após qualquer impacto. De qualquer forma, o Bruno é um piloto que tem primado pela internacionalização, não achei normal ter esta atitude, pois não a teria em qualquer outra ronda do TER ou muito menos do ERC. Basta ver que Dumas, ficou boquiaberto e nem quis perceber. A maldade por vezes vem da cabeça do lesado e o facto de o Bruno ter dito… Ler mais »
Veja este video, sempre dà para ter uma ideia da zona onde tudo aconteceu… atè publico là estava…
http://www.record.xl.pt/multimedia/videos/detalhe/o-episodio-insolito-envolvendo-o-piloto-bruno-magalhaes.html
Bruno Magalhães aqui tens a resposta: ” Bruno não precisava disto e normal que conhecedores da região andem cada vez mais. na minha sincera opinião a vitória seria bem entregue a um residente e a um 208 T16 preto”. Já parece o Rally dos Açores de 1993, quando o Horácio Franco tinha o 2º lugar garantido, na última classificativa Tronqueira, 2 grandes pedras colocadas na trajetória, fizeram com que danificasse a suspensão. O beneficiário foi o Roberto Couto. Portanto situações de pedras estrategicamente colocadas vão sempre existir, nos ralis de terra, dá para disfarçar, nos de asfalto é mais complicado… Ler mais »
Caro, isso de tirar citações dos comentários dos outros, tem lógica quando se percebe o comentário de onde copia esse excerto. Mas olhe, para não ter de lhe fazer um desenho, posso-lhe dizer que cheguei a ir com o pai deste piloto e com o Paulo Amaro (grande navegador) a este rali e se apenas mencionei o tal “208 R5 preto” é porque tampouco me lembrei do nome do piloto em questão, mesmo se sabia que é madeirense. Agora pensemos o seguinte, o Bruno tem feito imensas provas de ERC nos últimos anos, um acontecimento destes no ERC chama-se sorte!!… Ler mais »
Caro kankkunenfan, acho bem que defenda com unhas e dentes os seus conterrâneos. Não tolero facciosos, criticar um campeão nacional…você é piloto? De Playstation? Já que venera tanto o 208 R5, que por sinal não é um Herbie, mas sim o piloto Alexandre Camacho, volto a propor que o team vespas participe no CNR. Na sua opinião o melhor piloto português sem carro, será…Bernardo Sousa? Não vou comentar.
Caro a verdade doi para esses lados? Olhe, primeiro aprenda o conceito dos ralies, sua história e em que pisos foram ganhos a maioria dos pontos de cada titulo na sua história em campeonatos do mundo ou mesmo da Europa. E se julga que está a falar com alguém da Madeira que defende o seu piloto, olhe tampouco fui ver o nome do piloto, porque sei que há aqui gente como você a defender x ou y!! No WRC aposto que você gosta da actual regra de saída, contudo, no seu pobre nacional, prefere ver sempre o mesmo piloto que… Ler mais »