ALTOS E BAIXOS DO CPR 2021

Por a 1 Setembro 2021 14:01

Com quatro provas realizadas o Campeonato de Portugal de Ralis teve já muitos altos e baixos. Felizmente, as coisas têm sido bastante mais positivas do que negativas.

ALTOS

Aboboreira com plantel de luxo

O Clube Automóvel de Amarante, António Jorge e a sua equipa, colocaram na estrada uma boa prova com um plantel de luxo. Diversos ‘jovens lobos’ estrangeiros vieram preparar o Rali de Portugal, e deram um grande brilho à prova.

Grande rali de Miguel Correia

O grande destaque do rali em termos nacionais no Rali Terras d’Aboboreira foi para Miguel Correia, que repetiu o pódio de 2020 nesta prova, deixando antever que se está a aproximar cada vez mais dos ‘velhos lobos’.

Grande rali

O Rali Terras d’Aboboreira teve sempre um estrangeiro como líder, Georg Linnamäe e Ole Christian Veiby, mas também sempre teve margens muito curtas a separar os concorrentes. No entanto, o rali sofreu várias interrupções, decorrentes de acidentes ou avarias, e esse foi o ponto menos positivo, sem que haja culpas a atribuir.

Bom arranque de Ricardo Teodósio

Nas contas do CPR no Rali Terras d’Aboboreira, Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda Fabia R5 evo) foram os melhores, batendo Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia R5 evo) no que foi o regresso aos triunfos nacionais da dupla algarvia, o que já não sucedia desde o Rali de Mortágua 2019, no ano em que foram campeões.

Bom regresso de Bernardo Sousa

Bernardo Sousa/Victor Calado (Skoda Fabia R5), foram quintos do CPR no Rali Terras d’Aboboreira, com o piloto madeirense a realizar um bom regresso aos ralis, ele que já não competia há cerca de dois anos. Deixou claro que com mais algum ritmo, pode lutar pelos lugares mais à frente.

Boa estreia do Ford Fiesta Rally3

Daniel Nunes/Nuno Mota Ribeiro tiveram uma boa estreia com o Ford Fiesta Rally3 no Rali Terras d’Aboboreira. Ainda há muito trabalho pela frente mas o começo foi bom.

Grande Bernardo

Face às condições que tinham, Bernardo Sousa/Victor Calado (Škoda Fabia R5) foram uma bela surpresa no Rali de Portugal, lutando pela vitória quase até ao fim com Armindo Araújo e Luís Ramalho (Škoda Fabia Rally2 evo). Um belo rali premiado com um segundo lugar no CPR.

Domínio e controlo

Armindo Araújo e Luís Ramalho (Škoda Fabia Rally2 evo) venceram o Rali de Portugal no CPR, dominando e controlando a prova na perfeição. Mesmo com Bernardo Sousa a sair de Arganil a 4.7s, atacaram em Mortágua e decidiram a prova. Uma grande prova.

Tri no Rali de Castelo Branco

Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia R5 evo) venceram pela terceira vez consecutiva o Rali de Castelo Branco, depois duma prova equilibrada, em que venceram porque não cometeram erros, ao contrário da concorrência mais direta.

Grande rali de Fontes

José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3 Rally2) fizeram um grande Rali de Castelo Branco, mas tiveram um azar que não mereciam pois fizeram um pião quando lideravam, perdendo 19.6s. Tiveram o azar de ser os primeiros a chegar a uma zona húmida, e não evitaram o pião, que lhes roubou a possibilidade de lutar pelo triunfo até ao fim. Mas isso não apagou o grande rali que fizeram até aí.

Bruno Magalhães imbatível na Madeira

Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20 R5) venceram a prova do CPR no Rali Vinho Madeira, depois duma prova em que o piloto fez a diferença, ultrapassando bem a ‘idade’ do carro. Se há uma prova em que isso é possível, é na Madeira e foi isso que Magalhães fez. Sem andamento para os pilotos madeirenses, concentrou-se no CPR e venceu.

O melhor Rali da Madeira de Armindo Araújo

Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia Rally2 evo) pressionavam fortemente Bruno Magalhães até à PE12 do Rali da Madeira, mas um furo tramou-os, e ofuscou a bela prova que estavam a fazer. Tinham reduzido a margem de 10s para 2.8s, Bruno recolocou-a em 4.1s na PE12, mas na PE13, surgiu o furo. Inglório. Mas não apaga o que fizeram antes.

Fontes bem tentou

Boa exibição de José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3 Rally2) no Rali da Madeira. Um furo lento e 8.1s a voar na última especial da manhã do primeiro dia, afastou-os um pouco, mas nunca desistiram de lutar. Chegaram a estar a 5.2s dos líderes na PE11, mas depois já não conseguiram recuperar e perto do fim preferiram resguardar a posição, terminando em segundo do CPR.

Tripas coração

Sabendo que não tinham carro para vencer no Rali da Madeira, Bernardo Sousa/Victor Calado arriscaram nas escolhas de pneus demasiado. Correu mal, mas depois daí recuperaram. Aqui e ali, um erro, como o pião na PE8, mas nunca desistir de tentar e terem ganho uma posição a Teodósio na última PE é a melhor prova.

Aprendizagem importante

Miguel Correia/António Costa (Skoda Fabia R5 Evo) terminaram o rali, e apagaram o sucedido em 2020. Ganharam experiência e para o ano já estarão mais fortes, mas estes resultados mostram o caminho que o piloto ainda tem a percorrer. Especialmente enquanto esta geração de pilotos se mantiver no CPR. Terminou em sexto a 2m15.8s de Bruno Magalhães. Na Aboboreira deixou o piloto da Hyundai a 18.3s.

BAIXOS

Pedro Antunes azarado

O Rali Terras d’ Aboboreira ficou pelo abandono na última especial de Pedro Antunes/Pedro Alves (Citroën C3 Rally2), devido a acidente. Até ali fizeram uma bela prova, de adaptação ao novo carro e à nova realidade, chegando ao último troço no sétimo lugar da geral no CPR.

Susto de Manuel Castro

O acidente que Manuel Castro/Ricardo Cunha (Skoda Fabia R5 evo) tiveram no shakedown deixou-lhes o Skoda longe da perfeição e por isso a prova correu-lhes mal. Ficaram as imagens espetaculares da saída de estrada.

Azar de Miguel Correia

Miguel Correia, que tinha feito uma bela exibição no Rali Terras d’Aboboreira, estragou tudo no Rali de Portugal ao desistir na PE2, devido a acidente, não podendo por isso acumular a experiência que precisava. Só fez o troço da Lousã, despistou-se na parte inicial de Góis.

Hyundai i20 R5 ‘difícil’

Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20 R5) tiveram vários pequenos problemas no Rali de Portugal, que todos juntos lhe permitiram apenas mais um quarto lugar. Partiram os apoios da barra estabilizadora traseira três vezes e sofreram ainda um problema com a pressão da gasolina.

Má opção

Ricardo Teodósio/José Teixeira (Škoda Fabia Rally2 evo) vinham com a confiança nos píncaros depois do triunfo na Aboboreira, mas começaram a ‘perder’ o Rali de Portugal ainda na assistência quando escolheram os pneus duros. Se o dia tivesse aquecido, fazia sentido. Dessa forma, lutaram sempre com falta de tração. Foram terceiros.

Capotanço ‘trama’ Fontes

José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3 Rally2) capotaram o Citroën C3 Rally2 logo na Lousã, o primeiro troço, perdendo 3m34.0s. Depois de um fraco resultado na Aboboreira, o Rali de Portugal foi ainda pior. Terminaram a prova em sexto.

Rali difícil para Escuderia Castelo Branco

Um primeiro dia cheio de incidentes, paragens, atrasos, com múltiplos acontecimentos a ‘desafiarem’ os organizadores que receberam críticas dos pilotos, de montante a jusante. Numa prova marcada por chuva no sábado e calor no domingo, houve demasiados atrasos, e situações que levaram, por exemplo a que os concorrentes do regional Centro, não disputassem qualquer especial no sábado.

Teodósio reagiu tarde

Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda Fabia R5 evo) foram segundos em Castelo Branco, num resultado melhor que a exibição. No primeiro dia, concluiu que estava a travar cedo demais, o que descobriu pela análise da telemetria. Ficou a 14.5s, mas já não foi a tempo de incomodar Armindo Araújo.

Pouco Hyundai

Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20 R5) foram quartos classificados no Rali de Castelo Branco, a 26.7s dos vencedores, numa prova em que ficou claro não terem andamento para a concorrência. Logo na PE1, perderam 9.3s, no fim do dia já estava a 18.7s da frente. Game Over.

Teodósio dá-se mal na Madeira

A perda de uma posição de Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda Fabia Rally2 evo) na derradeira especial foi o espelho do Rali da Madeira que fizeram uma prova em que não encaixam tão bem quanto noutras. Os resultados comprovam-no, a dupla algarvia tem mais dificuldades em obter resultados na Madeira do que noutros ralis face à mesma concorrência. Não é defeito, é feitio…

Pedro Meireles e Mário Castro ausentes na Madeira

Pedro Meireles e Mário Castro voltaram a não ter a sorte pelo seu lado já que depois de terem ficado de fora no Rali de Portugal devido a problemas físicos do piloto, desta feita saíram de estrada nos testes e o carro ficou demasiado danificado para ser recuperado até às verificações técnicas da prova. Felizmente, tanto Pedro Meireles como Mário Castro saíram incólumes do acidente.

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