Citroën C4 WRC híbrido testou em Portugal

Com uma bateria de Iões de Lítio 990 e um motor eléctrico de 125kw acopladas ao tradicional motor a combustão do C4 WRC, para um peso total de 150 kg, o seu funcionamento é muito semelhante ao sistema híbrido que já existe nas estradas actuais e também ao sistema KERS da Fórmula 1.

Assim, as baterias acumulam energia fruto das travagens, energia essa que depois é utilizada sempre que é necessária uma adição no binário normal. O sistema tem quatro modos de funcionamento possíveis: o primeiro é exclusivo do motor de combustão interna, com o C4 WRC a comportar-se como o carro normal; o segundo alia o motor a combustão com o sistema de recuperação de energia; o terceiro utiliza apenas o modo eléctrico, especificamente pensado para as especiais de ligação, havendo apenas uma pequena influência do motor a combustão; e o último recorre à utilização mútua dos dois tipos de propulsão, oferendo mais 300 Nm de binário.

O engenheiro chefe da marca francesa, Didier Raso, explicou que “esta é a forma da Citroën mostrar a sua capacidade de adaptar esta tecnologia ao automobilismo. Se no futuro, os regulamentos permitirem o uso de tecnologias híbridas, seremos capazes de reagir de imediato”, demonstrando assim que a Citroën está empenhada na investigação de novas tecnologias.

E como se comporta o C4 WRC híbrido? Dani Sordo responde: “Em modo eléctrico pode-se conduzir por vilas sem fazer o mínimo barulho, o que é muito invulgar para um carro de competição. É melhor para o ambiente e também mais confortável para nós, tornando as estradas de ligação mais agradáveis. Nos troços, diria que o comportamento geral é um pouco diferente do C4 WRC, mas com mais peso na traseira [devido ao peso da bateria]. Mas o sentimento no seu todo é igual ao que tenho com o carro normal “, comentou Sordo.

Quanto ao incremento do binário, Sordo revelou a sua admiração com aquela funcionalidade: “Quando entra em acção, o seu efeito é impressionante”.