Carlos Barros: «Quanto mais provas de alto gabarito, melhor!»

Na passada semana, os adeptos dos ralis em Portugal ficaram entusiasmados pelo facto de terem ouvido referida na comunicação social a possibilidade do Rali de Portugal se poder desdobrar em duas provas autónomas e em datas diferentes, uma a contar para o Mundial e outra para o IRC.

A simples possibilidade de ver uma prova internacional nas Catedrais dos ralis nacionais, Arganil e Fafe, deixou entusiasmados, mas a verdade é que as coisas não são tão fáceis como podem parecer à partida. Por exemplo, o responsável máximo da FPAK, Luís Pinto Freitas, já referiu desconhecer essa possibilidade:

«Como essa situação nunca nos foi colocada, só posso dizer que desconheço o assunto pois só soube dele pelos órgãos de comunicação social e não oficialmente. Portanto, para a FPAK essa situação não existe ou não passa de um cenário e como tal não merece qualquer comentário. A única coisa que vale a pena dizer é que essas coisas não se atiram para o ar sem ter uma base de sustentação ou algum pré-acordo. Mas isso nem sequer interessa porque, nesta altura e oficialmente, é um assunto que desconhecemos.»

Esta é a posição oficial, mas a verdade é que, para os principais interessados, equipas, pilotos e público, era outro sobre azul. Atente-se no exemplo de Carlos Barros, Director da equipa Peugeot Total:

«Parece-me positivo que quanto mais provas houver de alto gabarito em Portugal, melhor será. Será sempre uma mais valia, embora a equipa Peugeot possa ser suspeita para falar porque terá sempre interesse no IRC, sobretudo, se nele participar no próximo ano. Resta saber se isso é só positivo para as equipas oficiais nacionais que assim podem medir forças com as do IRC ou se também o é para os privados pois será importante decidir onde se encaixará também a pontuação do rali que contar para o Nacional (no WRC ou no IRC). Antes disso, talvez seja mais importante perceber que, para já, essa divisão em duas provas é um desejo do ACP e que para que seja viável, será primeiro necessário que o Rali de Portugal conte mesmo para o Mundial em 2008.»