CAR: Futuro preocupa
Por João Freitas Faria
A “comunidade” açoriana dos ralis anda preocupada com a futura vitalidade do campeonato regional da modalidade. Para tal têm contribuído vários fatores e há mesmo quem classifique de sombrio o espetro que neste momento paira sobre aquele desporto no arquipélago.
A temporada de 2024 até arrancou bem, com o TAC a levar o rali com o seu nome à bonita e acolhedora cidade da Praia da Vitória, no nordeste da ilha Terceira. Para além do centro operacional estar naquela localidade, foi criada até uma zona de espetáculo na baixa naquela que foi a classificativa de abertura. O panorama desportivo também se apresentava competitivo, com vários pretendentes aos títulos em disputa e com vários concorrentes a surgirem ao volante de novas e competitivas viaturas.
Essa vitalidade manteve-se até aquele que foi o final antecipado do campeonato, pois os cetros só foram atribuídos após a disputa do último rali. No entanto, nas provas que se seguiram verificaram-se algumas falhas organizativas que, recentemente, o bicampeão Rúben Rodrigues classificou mesmo de amadorismo. Tal resulta muito por falta de quadros técnicos no arquipélago, bem como pela situação instável vivida em vários dos clubes organizadores.
Nesse contexto, aquilo que mais afetou a modalidade naquela região autónoma foi a mudança de direção no Grupo Desportivo Comercial, bem como o incêndio ocorrido no hospital de Ponta Delgada. Tal implicou que em 2024 não se realizasse nenhuma prova na ilha de São Miguel, reduzindo o calendário para cinco ralis, colocando também sérias dúvidas quanto ao regresso de eventos deste tipo àquela que é a maior ilha do arquipélago, bem como aquela que apresenta o mercado de maiores dimensões.
Grande parte dos apoios recebidos por muitos dos concorrentes eram conseguidos com a premissa da exibição das marcas na ilha com maior número de consumidores, bem como com a mediatização inerente ao Azores Rallye, prova que, recorde-se, ainda em 2022 integrava o campeonato europeu bem como deveria ter sido este ano novamente candidata ao CPR. As equipas já se ressentiram nos apoios obtidos e temem que a situação se possa agravar no futuro.
A ausência de ralis em São Miguel levou igualmente a que o campeonato só incluísse uma prova em piso de terra, o Rali Ilha Azul, no Faial. Perante a possibilidade de o GDC voltar a não organizar qualquer rali em 2025, nos bastidores comenta-se que a FPAK deverá incluir mais um evento no calendário do próximo ano, precisamente em terra e, muito possivelmente, na ilha de São Jorge.
O cenário, contudo, volta a complicar-se, a confirmarem-se os rumores de que, tal como a FTM com a sua marca Play, a Fábrica de Tabaco Estrela, através da Além Mar, pode estar de saída de um campeonato em que apenas não era o patrocinador principal em duas provas. Todo este cenário já levou a que Rúben Rodrigues afirmasse não ir disputar o CAR 2025. Muitos outros concorrentes também poderão abandonar…
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