Bernardo Sousa: “Só em 2010 haverá exigência de resultados”

Bernardo Sousa irá iniciar uma nova aventura na sua carreira. No segundo ano em que participará no PWRC, o piloto madeirense trocará o Mitsubishi Lancer de Produção da Red Bull Team por um Abarth Punto S2000 assistido pela equipa portuguesa Sports & You.

É a aposta correcta? Ninguém sabe a resposta, mas na convicção do piloto “os S2000 são mais leves e isso ajuda também a terem um poder de travagem superior, mas, por outro lado, o motor também ligeiramente menos potente. Em todo o caso, teoricamente são mais fortes, embora não tenha havido, em termos de PWRC e até ao momento, uma comparação que se possa considerar fidedigna e que dê para avaliar as prestações dos dois tipos de carros”.

Apesar da tenra idade, Bernardo Sousa acredita que a decisão da troca foi suficiente madura para o conduzir a resultados. A questão é também saber a que resultados pois, no segundo ano em que enfrenta a feroz concorrência do PWRC, poderá ser ainda cedo para falar de vitórias e completamente descabido apontar baterias para o título: “para já nem sequer conheço o carro pelo que não posso aspirar, para a primeira prova, a grandes resultados.

A vitória, na Noruega, está fora de questão e mesmo nos outros ralis será muito difícil. O máximo a que aspiro é talvez a um pódio no Rali de Portugal porque conheço melhor esse rali. Por outro lado, também acho que ralis como a Grécia ou o Chipre, onde é preciso usar a “cabeça”, poder-me-ão ser mais favoráveis. Mas, a verdade é que de um calendário de seis ralis apenas conheço dois (Grécia e Gales) e isso também não facilita as coisas”.

Mas quer se queira, quer não, um segundo ano exige maior responsabilidade que um ano de “rookie” e a pressão será sempre maior. Como irá lidar o piloto com essa situação, sobretudo, se, no final do ano, as expectativas saírem goradas? “Este ano não tem que aparecer forçosamente resultados este ano. Este é apenas o meu terceiro ano de ralis e acho que, até aqui, já fiz mais do que esperava atendendo à experiência que tenho. Este não é o ano da verdade e quando chegar esse ano, que deverá ser em 2010, aí sim eu próprio estarei cá para exigir os resultados a que acho que ficarei obrigado!”.

De qualquer maneira sem vitórias, títulos ou outras marcas de sucesso na linha do horizonte a curto prazo, nem assim o piloto admite partir para o campeonato com falta de motivação: “quero, sobretudo, acumular experiência porque já aprendi no primeiro ano que os ralis do Mundial não se ganham no primeiro troço, mas podem-se perder no último”.