BASTIDORES: ARC Sport coloca competência no mapa
A ARC Sport é o exemplo de uma equipa do interior do país que conquistou o seu espaço nos ralis e no todo-o-terreno através da organização e do profissionalismo. O Renault Clio R3 é o mais recente projecto a pensar no futuro
Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, está a 173 quilómetros do Porto e a uns consideráveis 338 quilómetros de Lisboa. «Longe, muito longe de quase tudo e de quase todos», diz Augusto Ramiro, o director da ARC Sport, equipa envolvida nos campeonatos nacionais de Ralis e Todo-o-Terreno e sedeada naquela vila da Beira Interior. O facto de estar longe dos principais centros urbanos não provoca nos responsáveis da ARC qualquer tipo de complexo de inferioridade, nem lhes retira capacidade para realizarem um trabalho profissional e competente. «Apenas torna tudo mais difícil», refere Augusto Ramiro. «As transportadoras, por exemplo, demoram muito mais tempo a entregar uma peça aqui do que numa grande cidade. No ano passado precisámos reparar o nosso Subaru após o Rali de Portugal e recebemos pela transportadora um painel que estava mais danificado que o do próprio carro. É certo que hoje há uma maior comodidade e rapidez nas deslocações, mas a distância é sempre um factor adverso».
Uma equipa jovem
Ao entrar nas instalações da ARC Sport é perceptível que a limpeza e a organização são ponto de honra. Augusto Ramiro diz que esta é uma herança do seu pai, um antigo piloto de ralis na década de 80 que criou uma empresa de assistência e reparação automóvel que vários anos mais tarde daria origem à ARC. Actualmente, trabalham quatro pessoas a tempo inteiro na equipa, número que aumenta para dez nos fins-de-semana de prova.
Aos 35 anos Augusto Ramiro é um dos mais jovens chefes de equipa da competição nacional, mas ao mesmo tempo lidera uma estrutura onde quase todos os elementos são ainda mais novos. «Isso traz vantagens e desvantagens. À primeira vista, as pessoas podem não nos atribuir tanta credibilidade por pensarem que nos falta experiência. Por outro lado, numa era dominada por computadores, telemetria e electrónica, as pessoas mais novas têm uma maior apetência para lidar com esta realidade. Os preparadores mais velhos sentem maiores dificuldades de adaptação».
A cerca de 15 quilómetros da oficina principal, na localidade de Sernancelhe, ficam as instalações dedicadas à assistência e preparação das viaturas de todo-o-terreno. Foi ali que Pedro Patrocínio, irmão de Ramiro, preparou o carro com que foi Campeão Nacional de Trial em 2003, assim como a Nissan Navara com que no ano passado correu no CNTT, integrado no extinto Troféu Tomaz Mello Breyner.
Colaboração com a Prodrive
Aquando da compra do Impreza de Grupo N à Prodrive, em 2006, a ARC estabeleceu uma parceria técnica com a estrutura que inscreve os Subaru no WRC. Dois elementos da equipa portuguesa estiveram no ano passado em estágio nas instalações da Prodrive, em Inglaterra. Daniel Patrocínio, irmão de Pedro e Augusto, foi um dos técnicos que esteve em Banbury para aperfeiçoar os conhecimentos e os métodos de trabalho: «Foi útil para percebemos como se trabalha ao mais alto nível nos ralis», refere.
«Em Portugal pecámos principalmente pela falta de planificação e organização. Não trabalhamos menos – falta-nos é organização e, por consequência produtividade. Quando na Prodrive nos viram a trabalhar num ritmo frenético avisaram-nos logo que não conseguiríamos fazer um trabalho rigoroso daquela forma. Determinada tarefa tinha de demorar exactamente aquilo que estava programado para demorar. Nunca menos do que isso!».
Um puzzle chamado Clio R3
O Renault Clio R3 estreado no ano passado por Adruzilo Lopes no Rali de Mortágua é actualmente o projecto mais visível da ARC Sport. Depois do sueco Patrik Sandell ter sido o primeiro piloto a estrear o carro francês no Mundial Júnior de Ralis, começaram logo as comparações entre o potencial dos novos carros da categoria R3 e os tradicionais S1600.
Augusto Ramiro fez uma análise abrangente do mercado e concluiu que os R3 seriam durante vários anos a melhor solução em termos de preço/competitividade. Os veículos de Grupo N são um opção muito mais cara, o mesmo se podendo aplicar aos S1600, que atingiram o limite máximo de evolução: «Para além de caríssimos, os S1600 estão claramente em final de vida e são carros algo difíceis de guiar. Nem toda a gente consegue ter um S1600 ou um Subaru de Grupo N.
Já os R3 são carros verdadeiramente derivados de série e não é difícil perceber que serão durante muito tempo a forma mais barata de se ser competitivo em ralis».
O projecto para montar um Clio R3 começou no Rali de Portugal, em Março do ano passado, quando Augusto Ramiro se reuniu com os representantes da Renault Sport e acordou a aquisição do carro. Desde esse momento, foi preciso juntar centenas de peças para montar o complexo puzzle Clio R3 “by ARC”. E cada uma dessas peças vinha dentro de uma caixa…
Muito equilibrado
Um kit com milhares de peças…
O novo carro chegou às oficinas da ARC literalmente dentro de caixas de papelão e sacos de plástico. Desde a caixa de velocidades ao mais ínfimo parafuso, tudo foi recebido dentro de caixas com o remetente “Renault Sport”. Os primeiros componentes a chegar foram a carroçaria (reforçada depois pela ARC) e outras peças de maior dimensão. O processo só terminaria em Setembro quando foi recebido o eixo traseiro que entretanto tinha sofrido algumas evoluções.
Após o excelente quinto lugar na estreia do Clio, Adruzilo Lopes realçou a principal característica do carro francês: o excelente comportamento dinâmico. A facilidade de utilização da caixa sequencial Sadev foi outro dos pontos positivos referidos pelo antigo campeão nacional, que admitiu, no entanto, serem necessários mais 30 ou 40 cavalos para explorar todo o potencial do chassis.
«Sabemos que a Renault está a preparar um “upgrade” do motor que deverá ser homologado em Março ou Abril», adianta Augusto Ramiro. «Com um aumento de potência este carro será praticamente perfeito. A parte mais difícil – afinação do chassis e comportamento dinâmico – já está conseguida».
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