As vitórias mais marcantes de Sébastien Loeb no Mundial
Com a vitória de hoje, Sébastien Loeb dobrou o segundo classificado em número de vitórias, um Sr. Chamado…Marcus Gronholm, que soma 30. Se regressar com a MÍNI, até poderá reduzir este número, mas a verdade é que a tendência é claramente a diferença aumentar. Atrás do ‘gigante’ finlandês estão só nomes como Carlos Sainz, 26 vitórias; Colin McRae, 25; Tommi Makinen, Tommi, 24, Juha Kankkunen, 23; Didier Auriol, 20; Markku Alen, 19; Hannu Mikkola, 18; Massimo Biasion, 17; Bjorn Waldegard, 16; Walter Rohrl, 14. A única coisa em favor destes Srs. E não é coisa pouca é que a maioria correu ao mesmo tempo o que reparte obviamente o número de vitórias. Mas Loeb ainda deu na ‘cabeça’ a nomes como Carlos Sainz, Colin McRae, mas já na fase descendente das respetivas carreiras.
As vitórias mais saborosas
Por isso, não admira que entre tantas garrafas de champanhe abertas, umas tenham sido mais saborosas que outras: vitórias de puro talento, de estratégia ou até de sorte; triunfos com princípio, meio e fim ou só… no fim; vitórias por um piscar de olhos ou tão esclarecedoras como a conhecida superioridade do alsaciano no asfalto. Enfim, um reportório de luxo que Loeb dificilmente apagará da sua memória e da dos aficionados dos ralis.
Após 28 vitórias ao volante do Citroën Xsara WRC e 32 aos comandos do C4 WRC, sempre com Daniel Elena sentado no banco do lado direito, o “Asterix dos ralis” traz ainda consigo triunfos morais onde teve um pé no degrau mais elevado do pódio, mas que, por uma ou outra razão, nunca conseguiu pôr os dois! Com isto tudo, onde está, afinal, o segredo? Esse é a pergunta que todos gostavam de saber responder, sobretudo os seus mais diretos adversários. E se teorias há muitas, a verdadeira resposta guarda-a Sébastien, o último dos sobredotados do Mundial de Ralis.
Martin Holmes*
Vitória nº 1 – Alemanha 2002
Até tinha “ameaçado” no início da época, em Monte Carlo, mas seria na Alemanha que Sébastien Loeb daria início ao impressionante registo de vitórias construído nos seis anos seguintes. Apesar de ter liderado quase todo o rali, a diferença final para Richard Burns foi inferior a 25 segundos. A Citroën começou aqui a sua invencibilidade “oficial” na Alemanha, onde já antes tinha vencido por Philippe Bugalski, quando a prova ainda não fazia parte do Mundial.
Vitória nº 4 – Itália 2003
Pela primeira vez na respectiva carreira em conjunto, Sébastien Loeb e Daniel Helena lideraram uma prova do Campeonato do Mundo do princípio ao fim. Aconteceu na última edição do Rali de Itália disputada nos troços de asfalto do continente, antes da mudança insular para a Sardenha. Apesar da vitória de Loeb, Markko Märtin foi o mais rápido na maioria das classificativas.
Vitória nº 6 – Suécia 2004
Aquele que é, provavelmente, o maior talento do asfalto na história do WRC provou a abrangência das suas capacidades ao tornar-se primeiro e único não-nórdico a vencer o Rali da Suécia, a única prova totalmente “de Inverno” no calendário. Foi a primeira vitória de Loeb fora da sua superfície de eleição, mas não sem uma “ajudinha” da sorte… Markko Märtin bateu numa rocha e danificou a suspensão do seu Ford Focus, transferindo a liderança definitiva para um histórico Loeb.
Vitória nº 7 – Chipre 2004
Esta foi uma vitória estranha porque foi obtida algum tempo após o final da prova, quando os Peugeot 307 WRC foram desclassificados devido a uma irregularidade na bomba de água.
Mesmo não tendo ganho na estrada, o currículo de Loeb assinala a data como a primeira vitória num rali em piso de terra.
Vitória nº 8 – Turquia 2004
Problemas desesperados exigem medidas desesperadas. O Xsara de Loeb tinha um problema numa roda no final da última especial e o francês percebeu tinha de arrancar a jante e o pneu para chegar ao final. A imagem de Loeb a guiar em três rodas e escoltado pela polícia é hoje um clássico. Mas seria demasiado cruel perder daquela forma uma prova que se tinha dominado desde a segunda especial.
Vitória nº 17 – Argentina 2005
Apesar de já ter batido antes, na Acrópole, o recorde de Timo Salonen de quatro vitórias consecutivas, foi na Argentina que Loeb elevou a fasquia até aos seis triunfos. Na ronda seguinte, na Finlândia, o arqui-rival Marcus Grönholm interromperia a histórica marcha do alsaciano.
Vitória nº 19 – Córsega 2005
Loeb ganhou todas as especiais (até uma onde sofreu um furo!) e sagrou-se Campeão do Mundo pela segunda vez, ainda com duas provas para disputar. Foi também a sua primeira vitória em solo pátrio. Uma rara e impressionante demonstração de perfeição ao volante.
Vitória nº 20 – Catalunha 2005
Mais um recorde para Loeb – dez vitórias uma só época. O anterior máximo – seis – tinha sido estabelecido pelo compatriota Didier Auriol em 1992, com o Lancia Delta Integrale. Loeb vinha dilatando sucessivamente o recorde ao longo da época, terminando a marcha num rali que dominou do início ao fim. Foi também a primeira vez que um piloto ganhou ralis do Mundial em fins-de-semana consecutivos.
Vitória nº 27 – Japão 2006
Foi nesta prova que Loeb passou à História como o piloto mais bem sucedido do Campeonato do Mundo de Ralis. Numa época onde guiou um Xsara semi-oficial da Kronos, Loeb passou a deter o recorde de vitórias em ralis do Mundial, numa prova onde aproveitou alguns erros de Grönholm para passar para a frente e vencer por apenas 5,6s.
Vitória nº 29 – Monte Carlo 2007
Um rali especial por duas razões: não só Loeb ganhou na estreia do Citroën C4 WRC, como este foi o primeiro rali após o sério acidente de BTT onde o francês deslocou um ombro. Mais uma exibição demolidora de “Seb”, com o companheiro Dani Sordo em segundo.
Vitória nº 42 – Finlândia 2008
Após 41 vitórias, bem poderia ser mais uma no currículo… mas não para Loeb. A Finlândia era o rali que Loeb ainda desejava ganhar, por achar que este era o maior desafio de todo o Mundial, mesmo se outros pilotos oriundos da Europa Central já ali tivessem triunfado antes. Foi o 17º país diferente onde Loeb venceu um evento do WRC, algo que nenhum outro piloto conseguiu.
Vitória nº 43 – Alemanha 2008
Antes de cada Rali da Alemanha começar, está “escrito” que este é o território da Citroën e de Loeb. Em 2008, ambos venceram a prova germânica pelo sétimo ano consecutivo. Nova exibição irresistível logo a partir do primeiro troço, afastando-se da concorrência sob condições traiçoeiras no primeiro dia e acertando em pleno nas escolhas de pneus.
Vitória nº 54 – Grã-Bretanha 2009
Cinco vitórias nas primeiras cinco provas
Um longo hiato de vitórias com vários despistes e abandonos pelo meio, chegou ao último rali com um ponto de atraso para Mikko Hirvonen, que virou a seu favor depois de uma prova que apelidou com uma das mais difíceis da sua carreira, já que um super-motivado Hirvonen deu-lhe que fazer até quase à última especial, até que Hirvonen viu o capot do seu Focus saltar e com isso saltou o título para Loeb.
Vitória nº 60 – França – 2010
Que melhor para festejar o seu sétimo título Mundial que vencer um rali cuja derradeira especial terminava às portas da cidade onde nasceu: Hagenau? Quem o viu tão apagado no Rali do Japão percebeu logo quais eram as suas intenções. Se bem o pensou, melhor o fez, venceu com autoridade, chegou à 60ª vitória e 7º título seguido no WRC.
As vitórias “morais”:
Monte Carlo 2002
O jovem Loeb liderou o rali até final da segunda etapa e depois veio o desastre. A sua equipa infringe inadvertidamente as regras da assistência e Loeb é penalizado em dois minutos. Isso custa a descida ao segundo lugar, atrás do Subaru de Tommi Mäkinen e, pior de tudo, a primeira vitória do promissor gaulês.
Gales/GB 2005
Após saber da morte de Michael Park, o navegador de Markko Märtin, Loeb penaliza dois minutos de forma voluntária para descer do primeiro ao terceiro lugar e assim evitar ser campeão nessa prova, em respeito pela memória do malogrado britânico. O título ficaria adiado para o evento seguinte, no Japão.
CURIOSIDADES
• A estreia no Mundial foi no Rali de Catalunha de 1999;
• A prova espanhola coincidiu também com a sua primeira desistência;
• No Rali de Sanremo de 2001 pontuou pela primeira vez e conquistou o primeiro pódio (foi 2º);
• No mesmo rali, venceu pela primeira vez um troço à geral (PE 10);
• A primeira vitória surgiu no Rali da Alemanha de 2002;
• À quarta vitória, dominou uma prova do princípio ao fim (Sanremo 2003);
• Em 2004 fez história ao tornar-se no primeiro e único não-nórdico a vencer o Rali da Suécia;
• Primeira vitória em pisos de terra foi no Rali Chipre de 2004… após a desclassificação dos carros da Peugeot;
• No Rali do Japão de 2006 passou a ser o piloto mais bem sucedido na história do WRC, chegando às 27 vitórias. Hoje tem 60;
• O primeiro momento de sucesso ao volante de um C4 WRC aconteceu no Rali de Monte Carlo de 2007;
• A 100ª participação em provas do Mundial foi no Rali da Suécia do ano passado;
• A vitória número 42 aconteceu no Rali da Finlândia e era a mais desejada pelo francês. Foi o 17º país diferente onde triunfou;
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