Armindo Araújo: «A sorte teima em não nos acompanhar»

A dupla Armindo Araújo/Miguel Ramalho terminou em crescendo a participação no Rali da Nova Zelândia, ao conquistar o 6.º lugar final entre os concorrentes do PWRC.

A terceira e última etapa da prova dos Antípodas acabou por demonstrar que, sem os problemas da véspera, a equipa Mitsubishi poderia ter alcançado resultado mais de acordo com o andamento demonstrado, naquela que foi a estreia sem dúvida positiva, em tão exigente rali. A quebra do diferencial traseiro, ocorrida na 2.ª etapa, acabou por condicionar de modo irreversível o resultado dos tetracampeões nacionais, que entraram da melhor forma na derradeira etapa da prova neozelandesa, com sete especiais num total de 96 km.

Para as três classificativas, cumpridas antes da superespecial de fecho, por duas vezes, na costa do Mar da Tasmânia, de rara beleza, apesar da chuva que caiu durante a noite e no início da manhã, Armindo Araújo e Miguel Ramalho contaram com o Mitsubishi Lancer Evo IX «em excelentes condições, graças ao bom trabalho efectuado pela equipa de assistência, que incluiu a substituição, por mera precaução, do diferencial dianteiro», como referiu o piloto.

Reflexo do bom ritmo imprimido, «apesar de ligeiro toque, logo na 2.ª classificativa, que recuou a roda dianteira esquerda», como explicou, Armindo Araújo conseguiu quebrar a série de quatro triunfos consecutivos em classificativas rubricada por Juho Hänninen, apesar de «o carro ter ficado algo desalinhado. Mas, tentámos sempre dar o máximo», acrescentou o piloto da Mitsubishi, «satisfeito por fazer tempos entre os primeiros».

O finlandês estava colocado na posição imediata à a dupla portuguesa, mas Armindo Araújo soube responder da melhor forma impondo-se em Te Hutewai-2 (11,23 km), proeza que lhe permitiu ultrapassar o neozelandês Sam Murray e o estónio Martim Rauam.

«Segurámos o Hänninen, que estava a atacar forte, tal como esperávamos, subimos na classificação, mas já não deu para bater o Nutahara, pois ficámos a 20 segundos», referiu o piloto da Mitsubishi/TMN/Galp, sem esquecer alguma desilusão pelo resultado final.

«Os três pontos conquistados, positivos, sem dúvida em termos de campeonato, acabam por saber a pouco, pois este não era o resultado mais desejávamos; mas a sorte teima em não nos acompanhar nesta primeira participação no Mundial. Temos andamento para alcançarmos melhores resultados, mas voltámos a não ser felizes», reconheceu Armindo Araújo.

«Na Grécia, estávamos na 3.ª posição, quando o motor cedeu; agora, o diferencial partiu numa altura em que tínhamos conquistado a liderança», recordou Armindo Araújo com natural amargura.

Sem baixar os braços, o piloto da Mitsubishi/TMN/Galp não se dá por vencido e olha já para a presença na próxima prova, no Japão, confessando que «estou motivado para dar a volta a esta fase de evidente infortúnio».

O japonês Toshi Arai (Subaru Impreza WRX STI) acabou por conquistar a 2.ª vitória da temporada no PWRC, aumentando a vantagem na liderança do PWRC

Classificação/PWRC: 1.º Toshihiro Arai/Tony Sircombe (Subaru Impreza WRX STI), 4h 13m 35,8s; 2.º Niall McShea/Gordon Noble (Subaru Impreza XRX STI), a 2,6 s; 3.º Richard Mason/Sara Randall (Subaru Impreza WRX STI), a 1m10,2s; 4.º Gabriel Pozzo/Daniel Stillo (Mitsubishi Lancer Evo.IX), a a 1m13,1s; 5.º Fumio Nutahara/Daniel Barritt (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 1m19,9s; 6.º Armindo Araújo/Miguel Ramalho (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 1m40,2s; 7.º Juho Hanninen/Mikko Markkula (Mitsubishi Lancer Evo.IX), a 2m11,1s; 8.º Martin Rauam/Kristo Kraag (Mitsubishi Lancer Evo.IX), a 2.39,4s; 9.º Fabio Frisiero/Simone Scattolini (Mitsubishi Lancer Evo.IX), a 5m40,5s; 10.º Andrej Jereb/Miran Kacin (Mitsubishi Lancer Evo. IX), a 8m47,4s

Campeonato

1.º Toshi Arai, 39 pontos; 2.º Mark Higgin, 15; 3.ºs Kristian Sohlberg e Gabriel Pozzo, 12; 5.ºs Mirco Baldacci e Niall McShea, 11; 7.ºs Oscar Svedlun, Federico Villagra, Fumio Nutahara e Andreas Aigner, 10

11.ºs Juho Hänninen, ARMINDO ARAÚJO e Anton Alen, 8