Alexandre Camacho: Miguel Nunes é a nossa referência, mas vou olhar para os tempos do Kris Meeke”

Por a 1 Agosto 2023 09:00

Alexandre Camacho defende este ano no Rali da Madeira a vitória alcançada em 2022 e a sua meta é, “obviamente, voltar a estar na luta pelo pódio. O ideal era ganhar a prova mais uma vez. Mesmo sabendo que esta edição vai ser muito competitiva. No rali vão estar muitos pilotos rápidos e experientes ao nível regional, nacional e internacional. Para além disso, também o novo Skoda será uma incógnita. Antevê-se um rali muito disputado.

Em 2023 as dificuldades também são acrescidas pois as rondas da primeira etapa incluem uma grande variação geográfica, com traçados diferentes e com condições meteorológicas às vezes diversas. Tudo isso levará a que sejam muito difíceis a escolha de pneus e afinações a utilizar. De qualquer forma, vamos tentar mais uma vez. Peço também ao público que esta atento às recomendações de segurança para que o Rali seja uma festa”.

O piloto do Funchal não assume ser o favorito número um a subir ao lugar mais alto do pódio, embora se inclua no lote de candidatos…

Com cinco vitórias nos últimos seis anos, é justo considerar Alexandre Camacho o atual “senhor” do Rali Vinho da Madeira?

“Se houver alguém que assim me considere, fico-lhe muito grato. É importante referir que essas cinco vitórias são resultado de imenso trabalho e empenho, tanto meu como do navegador, da equipa e dos patrocinadores, até porque foram sempre ralis muito disputados, nos quais tivemos que dar o máximo dos máximos. Mas é gratificante, porque se trata de uma prova ímpar e muito especial para todos nós”.

Qual a principal razão do domínio madeirense nas últimas edições do rali?

“Acho que a principal diferença tem a ver com os meios que hoje existem. Com as novas regras da FIA e o lançamento dos Rally2, passou a existir um equilíbrio que outrora não acontecia e era impossível. As equipas, sejam portuguesas ou estrangeiras, têm acesso ao mesmo material e, paralelamente, à tecnologia e ao conhecimento. Hoje há um nivelamento por cima quer a nível nacional quer internacional”.

Mesmo conhecendo bem as classificativas, quanto valem as “notas” ditadas pelo navegador Pedro Calado?

“Numa escala de 0 a 100, eu direi 100! E passo a explicar: ao nível a que andamos, em termos de velocidade, um ligeiro atraso numa ‘nota’ significa perder tempo. Sou capaz de saber qual a curva que vem a seguir, mas a velocidade a que seguimos é tão elevada que se eu não obtiver a confirmação [‘nota’], uma simples hesitação traduz-se na perda, sei lá, de muitos décimos que podem, até, chegar a um segundo. Há uns anos, lembro de terem avariado os intercomunicadores num troço de sete quilómetros que percorríamos pela segunda vez. Sabe qual foi a diferença de tempos para a primeira passagem? 11 segundos! Creio que isso dará para perceber a importância das ‘notas’”.

Qual vai ser a sua referência desde a primeira classificativa: Miguel Nunes ou Kris Meeke?

“Sinceramente, acho que o Miguel Nunes será sempre a nossa referência, dado estarmos a competir com ele no Campeonato da Madeira. Contudo, terei sempre que olhar para os tempos do Kris Meeke, que será capaz de fazer aqui um bom rali. Tem sido brilhante, até agora, no CPR e é um piloto a ter em conta”.

Sente-se candidato número um à vitória nesta edição do Rali Vinho da Madeira?

“Não me sinto o número um, mas sim um dos pilotos com possibilidades de vencer. Inequivocamente, não posso dizer que sim. Há uns tempos, depois de ganhar dois ralis, diria que era candidato ao pódio. Depois de vencer cinco vezes o ‘Vinho da Madeira’ dizer-lhe que não sou candidato soaria um bocado a esquisito. Para ser honesto, não me vejo na pele de número um, mas apenas na de um dos que estão no lote capaz de lutar pela vitória”.

O que é que mais o aborrece neste rali?

“Acho que nada me aborrece! Este rali é mais em tudo, desde os dias de competição, a mais pilotos competitivos e a maiores dificuldades. E havendo competitividade, para mim é bom. Gosto de sentir essa pressão!…”.

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