A vez de Dani Sordo?

A pressão inerente à descoberta do novo Campeão do Mundo de Pilotos e Marcas esgotou-se com a consagração de Sébastien Loeb e da Citroen. Mas não é por isso que a penúltima prova do Mundial de Ralis, o Rali RACC da Catalunha – Costa Daurada, não trará uma nova onda de animação ao Mundial de Ralis. A maior expectativa da prova espanhola é saber até que ponto, aos 27 anos, Daniel Sordo vai finalmente juntar o seu nome à galeria de vencedores de provas do Campeonato do Mundo, após 17 segundos lugares (quatro dos quais, precisamente na Catalunha) e 82 participações em provas do Mundial.

A jogar em casa, o piloto volta a ser estar registado como companheiro de equipa de Loeb, num rali onde nunca desistiu e onde se sagrou Campeão Júnior em 2005. Serão estes estímulos suficientes para o empurrar para a vitória? Talvez, até porque há que contar com mais um uma vez que a equipa Citroen ainda está em dívida para com ele quando o ano passado o obrigou a perder para Loeb por questões de campeonato. Se há uma hora para pagar favores, esta é a hora!

Apesar de tudo isto, Sordo, de forma mais ou menos aberta, terá sempre que contar com a forte oposição do agora sete vezes Campeão, Loeb, sem esquecer Petter Solberg, em nítida subida de forma nos ralis de asfalto, de que a prova da Catalunha deixou, este ano, de ser um exemplo fidedigno, mas o tipo de piso onde ainda se disputa maioritariamente. Para além destes favoritos, Sébastien Ogier parte também interessado em demonstrar que pode ser tão bom no asfalto como na terra (o que ainda não demonstrou), enquanto os dois pupilos da Ford, Jari-Matti Latvala e Mikko Hirvonen tem ‘carta branca’ para andarem tudo o que souberem na tentativa de minimizar as perdas dos dois títulos que na última prova perderam.

Num ano de mudanças e onde a prova do RACC volta às origens tal como foi em 1991 e 1992 ou seja, com troços mistos de asfalto e terra, há enormes desafios à espera das equipas técnicas que trabalham nas principais formações. Para além das escolhas de pneus (três possíveis), também será preciso encontrar o melhor compromisso de suspensão para troços mistos do Dia 1. Tudo isto num rali, onde os batedores voltam a ser autorizados, mas apenas na segunda e terceira etapa, as únicas totalmente percorridas em troços de alcatrão.

Martin Holmes e Filipe Pinto Mesquita

Horário

Sexta-feira, 22 outubro

Dia 1

Partida (PortAventura) 06h30

PE 1, Terra Alta 1 07h53

PE 2, La Ribera d’Ebre 1 08h51

PE 3, Les Garrigues 1 09h34

Assistência (PortAventura) 11h54

PE 4, Terra Alta 2 13h47

PE 5, La Ribera d’Ebre 2 14h45

PE 6, Les Garrigues 2 15h28

Assistência (PortAventura) 17h38

Sábado, 23 outubro

Dia 2

Partida/Assistência (PortAventura) 08h00

PE 7, Santa Marina 1 08h59

PE 8, La Mussara 1 10h17

PE 9, Riudecanyes 1 11h07

Assistência (PortAventura) 11h57

PE 10, Santa Marina 2 13h11

PE 11, La Mussara 2 13h11

PE 12, Riudecanyes 2 15h34

Assistência (PortAventura) 16h14

Domingo, 24 outubro

Dia 3

Partida/Assistência (PortAventura) 06h30

PE 13, El Priorat 1 07h40

PE 14, La Serra d’Almos 1 09h09

Assistência (PortAventura) 10h05

PE 15, El Priorat 2 11h30

PE 16, La Serra d’Almos 2 12h59

Assistência (PortAventura) 13h43

Pódio 14h03