51ª vitória de Sébastien Loeb
Podemos ter resistido bem às invasões francesas do século XIX, mas a verdade é que neste século XXI ninguém pode dizer o mesmo no que toca à invasão da armada gaulesa no Campeonato do Mundo de Ralis, já que Sébastien Loeb e a Citroën continuam imparáveis na conquista dos países que recebem o prestigiado mundial da modalidade.
E o Vodafone Rally de Portugal não foi excepção, com o Campeão do Mundo a averbar a 51ª vitória da carreira e a quarta consecutiva da época. Outro grande vencedor do fim-de-semana foi o antigo Campeão Nacional de Ralis Armindo Araújo que levou de vencida o embate no Mundial de Produção.
Mas com cinco líderes à geral, a prova do ACP não foi um passeio pelos troços algarvios para Sébastien Loeb (Citroën C4), principalmente no primeiro dia de competição. Batido por Henning Solberg (Ford Focus RS WRC) na Super Especial, bem como pelo companheiro de equipa Dani Sordo e pelo rival Miko Hirvonen (Ford Focus RS WRC), Loeb perdeu algum tempo na sexta-feira, acusando a desvantagem de abrir os troços.
O gaulês da marca do duplo Chevron continuou um pouco afastado na frente mesmo depois de Henning ter cedido a primeira posição. Jari-Matti Latvala (Ford Focus RS WRC) passou para o comando no início de sexta-feira, mas foi uma liderança curta. Uma aparatosa saída de estrada no quarto troço resultou em muitas cambalhotas do seu Focus RS WRC ao longo de uma ravina de 150 metros, mas sem qualquer tipo de consequências para os ocupantes, a não ser mesmo a desistência.
Sem o finlandês à frente foi então chegada a vez de Dani Sordo (Citroën C4) fazer breve passagem pelo topo da classificação, contudo o espanhol não conseguiu travar Hirvonen, que terminou o dia como o mais rápido. Enquanto isso, Loeb subia um furo na tabela em consequência do abandono de Latvala. Chegado sábado foi a vez de Hirvonen abrir os troços, enquanto Loeb rodava sob pisos mais limpos, assinando tempos mais rápidos. O líder do Mundial foi mesmo o mais rápido em todos os troços do segundo dia de acção, assumindo o primeiro posto após a segunda tirada cronometrada do dia para não mais a perder até ao final da prova.
A partir deste momento, e apesar de ainda ter ganho mais duas Classificativas no derradeiro dia de competição, Hirvonen viu-se forçado a contentar-se com o segundo posto, à frente de Sordo e Peter Solberg (Citroën Xsara WRC). No quinto posto ficou o irmão de Peter, Henning, que terminou o rali do ACP da mesma forma que o começou, ou seja, com o triunfo na Super Especial do Estádio do Algarve. Pelo caminho acabou por ficar o antigo Campeão do Mundo Marcus Gronholm. Aos comandos de um Subaru Impreza WRC finlandês fez regresso pontual ao Mundial de Ralis e chegou mesmo a rodar entre os três primeiros. Contudo, um acidente na 9ª Especial colocou ponto final antecipado à prestação de Gronholm.
Armindo Araújo vence no PWRC
Em muito bom plano esteve Armindo Araújo (Mitsubishi Lancer Evo X) no Mundial de Produção. Começando a prova como o segundo mais rápido, atrás de Bruno Magalhães (Peugeot 207 S2000), Araújo perdeu então posições para chegar a rodar em quinto. Mas não baixou os braços. Impondo ritmo forte e beneficiando primeiro da desistência de Magalhães, por problemas mecânicos, e depois de significativas perdas de tempo por parte de Patrick Flodin (Subaru Impreza N14) e depois de Nasser Al Attiyah (Subaru Impreza N14), o antigo Campeão Nacional assumiu a primeira posição da tabela da Produção ao cabo de seis Especiais. Contudo, o piloto português ainda teve de ver com Flodin, que recuperou a liderança da prova após a primeira passagem por Santa Clara. Mantendo-se sempre por perto do líder, Araújo reclamou de novo o primeiro posto no 12º troço para por aí se manter até final e garantir o primeiro triunfo do ano na categoria e, com isso, a liderança do Campeonato. No que toca ao Mundial Júnior vitória dilatada para Michal Kosciuszko (Suzuki Swift S1600), com Kevin Abring (Renault Clio RS) em segundo e Hans Weijs (Citroën C2 S1600) no mais baixo do pódio.
Duelo luso
Enquanto isto, o Vodafone Rallye de Portugal foi ainda palco de mais um emocionante duelo entre os pilotos do Campeonato de Portugal de Ralis. Um particular onde Vítor Pascoal (Peugeot 207 S2000) levou a melhor. O novo líder do Campeonato começou por ser o terceiro melhor luso, atrás de Magalhães e Araújo, mas teve de se aplicar ao longo de todo o rali para levar de vencida a prova entre os pilotos do Campeonato de Portugal.
A primeira oposição de Pascoal veio de Ricardo Teodósio (Mitsubishi Lancer Evo IX) e também de Adruzilo Lopes (Subaru Impreza). Depois de ter ficado à frente dos dois na Super Especial de abertura do rali, Pascoal viu-se batido por ambos e só ao cabo da quinta Classificativa é que conseguiu impor-se a Lopes. A partir desse momento, e já sem Magalhães em prova, Pascoal foi em busca de Teodósio. Uma tarefa que levou cerca de dia e meio a levar a bom porto, já que só no domingo é que o piloto do Peugeot 207 S2000 logrou passar o algarvio e assumir a liderança do pelotão do Campeonato de Portugal de Ralis.
Com a primeira posição assegurada, e cimentando-a um pouco mais nas últimas três tiradas cronometradas, Pascoal logrou importante resultado para o Campeonato, isto enquanto Teodósio se ficava por um também positivo segundo posto. Enquanto isso, Pedro Rodrigues (Subaru Impreza WRX) levava a cabo uma prova regular e a pensar no melhor resultado. Depois de ter rodado atrás de Lopes até à 6ª Especial, altura em que passou para a frente, e de ter também beneficiado das desistências de Ricardo Moura (Mitsubishi Lancer Evo IX – avaria) e de Pedro Meireles (Subaru Impreza WRX – despiste), Rodrigues logrou assinar o terceiro posto, à frente de Lopes.
Contas feitas, Teodósio foi o que mais pontos somos na Produção Nacional, seguido de Lopes e de Rodrigues, mas fruto dos resultados granjeados na primeira ronda do ano a liderança da tabela continua a cargo de Pedro Rodrigues, com Ricardo Teodósio em segundo e Adruzilo Lopes em terceiro. Já no que toca à geral, Pascoal, como já se referiu, saltou para a primeira posição, agora à frente de Rodrigues e Teodósio, enquanto o bicampeão Nacional Bruno Magalhães ocupa o quarto posto.
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