Quer comprar carro? Siga este plano
Compreendendo que a situação financeira não está fácil, poderá ter a necessidade de comprar carro ou agarrar uma oportunidade. Eis o que deve fazer para maximizar a hipótese de fazer um bom negócio.
A verdade é que comprar um carro é sempre uma tarefa mais difícil do que pode parecer, especialmente, nesta ocasião. Podemos gostar mais de uns do que outros, apreciar determinado tipo de características, ambicionar algumas mordomias e ter o nosso modelo encantado.
Mas na hora de ‘assinar por baixo’, tudo isso conta, mas não só. O ato de adquirir um novo modelo é sempre uma enorme responsabilidade pelo investimento que um veículo representa e ficarmos totalmente satisfeitos com a nova aquisição é precisamente aquilo que todos queremos. Não há fórmulas mágicas, mas há coisas que devemos ter atenção e nesta altura, mais ainda. Aqui ficam 10 conselhos práticos.
Definir um montante:
Um teto orçamental é de imediato uma grande ajuda para balizar até onde estamos dispostos a ir. Desta maneira, filtramos de imediato um grande rol de veículos. Porém, pode haver dúvidas sobre o montante que queremos gastar. O ideal é ter em conta o custo de aquisição e o custo de manutenção e utilização e que esse valor não ultrapasse 25% do valor do orçamento familiar. Se ultrapassar, tenha cuidado e faça bem as contas. Comprar carro é apenas uma parte da despesa que terá de desembolsar anualmente para a sua mobilidade.
Objetivo de utilização:
Este é um dos pontos essenciais. Queremos um primeiro carro ou um segundo? Espaçoso para os fins de semana em família ou prático para o quotidiano? Tudo pesa na hora da compra. Se for para primeiro carro e o objetivo for um modelo para uma utilização diária, talvez um modelo de segmentos inferiores, A ou B, seja uma boa opção. Mais comedidos em tamanho e previsivelmente em consumos, além de práticos para o dia a dia.
Se quisermos um modelo para o quotidiano e para alguns passeios, talvez subindo para o segmento C ou mesmo D seja um caso a pensar. Se for um segundo carro, mais para dar belos passeios, talvez uma carrinha ou um SUV de maiores dimensões se justifique. Tudo depende do gosto e disponibilidade da carteira, mas vale sempre a pena ter em conta o propósito primordial de utilização.
Novo ou usado:
Pode ser um dilema que deve ser ponderado com o ponto anterior, o objetivo de utilização. Um modelo novo é naturalmente mais dispendioso, mas tem várias vantagens: é a estrear e por isso vem imaculado, toda a sua história de vida começa a ser escrita por nós; tem muitos anos pela frente que, em condições normais, será muito menos suscetível a problemas mecânicos que um veículo em segunda mão; tem garantia de fábrica.
Já um modelo usado, a não ser que procuremos algo raro ou muito específico, à partida haverá um amplo leque de ofertas que nos permite escolher o melhor negócio; é mais acessível que um carro novo (se tivermos em conta o mesmo modelo); porém desconhecemos o seu percurso de vida e o seu historial mecânico, o qual pode esconder problemas fruto da sua utilização/estado que poderão acarretar despesas extras e que pode fazer subir o preço inicialmente ‘em conta’; porém, o custo do veículo, mesmo que necessite de alguma revisão, por vezes pode compensar face ao tipo de utilização que pretendemos.
Pesquisa:
Alinhavados os pontos anteriores, devemos dar início à pesquisa: consultar vários sites de marcas, ver as características, preços, opcionais e equipamento de série; ver se há campanhas; fazer orçamentos nos sites das marcas para perceber o valor final dos veículos; ler ensaios de meios especializados para melhor perceber os prós e contras dos veículos.
Ponderar as opções:
Após a pesquisa e já com uma lista de modelos em mãos, começar a fazer contas mediante alguns critérios, como por exemplo: tipo de utilização, distância diária, quilómetros médios anuais, custo do veículo, consumos, quanto irá ficar a mensalidade. Mediante isto, à partida ir-se-á restringir ainda mais o rol de carros em perspetiva.
A quem recorrer para o financiamento:
Se o objetivo é fazer um empréstimo para a aquisição de um novo modelo (ou usado), o ideal é ponderar o melhor negócio, tendo em conta os juros associados. Deve-se por isso perceber o que os vários bancos têm para oferecer, incluindo as financeiras das próprias marcas e ‘jogar’ com isso.
Preços reais:
Verificar com exatidão o preço dos veículos (falamos aqui de modelos novos). Há marcas que disponibilizam o preço, mas, por exemplo, sem seguro, nem despesas de legalização, outras poderão incluir. O mesmo acontece com as campanhas em curso. É necessária uma atenção cuidada. Mesmo que por vezes haja diferenças de ‘pormenor’, convém olhar a tudo isto na hora da compra.
Fazer um test-drive:
Depois de várias horas e contas de cabeça, provavelmente chegamos a um ponto em que estamos indecisos entre dois ou três veículos. Cientes das opções e preços, é altura de marcar um test-drive. Nada melhor que ver o modelo ao vivo e a cores e testá-lo, para percebermos na realidade aquilo que pretendemos.
A hora da compra:
Apesar de estarmos já cientes do preço do veículo escolhido, ainda é possível negociarmos. Por um lado, convém ter presente os descontos e campanhas existentes. Depois, para quem o pretender, se vale a pena e o quanto abate no preço final se se entregar o carro usado e se tal é de facto vantajoso. Ou se é preferível vendê-lo a um particular ao invés de a um stand. Através de pesquisas online pode-se perceber o valor médio no mercado de usados e se o stand está a oferecer uma quantia justa, ou abaixo daquela que o carro vale na realidade.
Cuidado com os ‘extras’:
Quando estamos prontos a fechar a compra é usual surgirem sugestões de diversa ordem, como um seguro ou extras do veículo. É fácil sermos levados pelo entusiasmo e um simples “sim” traduzir-se em mais alguns números na fatura final para os quais não estávamos preparados. Daí que, por muito que queiramos o veículo, ‘ele não foge’, e podemos ter de estar preparados a dizer não.
Na dúvida, devemos mesmo fazê-lo. Se necessário, voltar a casa, verificar tudo o que foi dito e mais tarde regressar ao stand para finalizar a compra. O ponto aqui é não nos precipitarmos e garantirmos que tudo aquilo que foi falado é o contratualmente definido, para que não haja surpresas.
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