O nosso homem no Golfo Pérsico
O português João Gouveia vive no Dubai mas é consultor de gestão num dos melhores kartódromos do mundo, no Bahrein, que já foi palco do Campeonato do Mundo da categoria. Natural de Baião, tem 36 anos e é manager de operações numa empresa de gestão de kartódromos no Médio Oriente, a GGI Entertainment. Em 2008, o jovem consultor emigrou para o Dubai convidado por uma empresa belga de sistemas de cronometragem, onde tinha estagiado aquando da licenciatura em Informática e Matemáticas Aplicadas na Universidade Portucalense do Porto. Um dos seus parceiros no Golfo Pérsico é o campeão do Mundo de karting de 1993, o francês David Terrien. “O nosso trabalho envolve o estudo, desenho, construção e gestão de kartódromos”, explica João Gouveia. “Fazemos consultoria num projeto de A a Z”.
A sua ‘casa’ diária é o Dubai Autodrome mas João Gouveira viaja semanalmente para circuitos-cliente no Bahrein, Arábia Saudita, Irão e Omã. Foi assim que a sua empresa foi contratada pela Federação do Bahrein para dotar o novo kartódromo local de infraestruturas de acordo com as regras CIK-FIA, além de implementar um modelo de negócio viável para o karting de lazer. A federação local, cujo líder é o presidente da CIK-FIA, gostou do trabalho do português e contratou-o para ajudar na organização da prova do Campeonato do Mundo, numa época em que Braga também integrou o calendário. “Foi o primeiro evento internacional de karting no país e apesar de terem a experiência da F1, as pessoas do Bahrein foram a Portugal e França e saíram surpreendidas com a complexidade de organizar um evento de karting como este.”
João Gouveia considera o novo kartódromo do Bahrein “um dos três melhores do mundo. É o primeiro circuito homologado para receber um Campeonato do Mundo à noite. A pista tem diferentes quotas de altura e o ponto mais alto do circuito difere 15 metros do ponto mais baixo. As infraestruturas são excelentes, tanto para o karting de lazer como para o karting de competição.”
Choque cultural
Radicado há seis anos no Médio Oriente, o português já assimilou o choque cultural e laboral no seu dia-a-dia: “Por tradição árabe, qualquer negócio não assume a linearidade a que estamos habituados na Europa. Há sempre que regatear! Por vezes até surgem alterações profundas que tornam o processo de decisão muito lento. Nada de incontornável mas é algo que requer adaptação. Outro exemplo, mais do âmbito familiar, foi o caso da minha mulher que um dia chegou a casa a dizer que eu tinha de assinar uma carta de autorização para que ela pudesse tirar a carta de condução! É o procedimento normal aqui: os homens têm de dar o consentimento”, revelou. Portugueses pelo mundo… inclusive no karting.
Foto: Paulo Velasco
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