Jean-Charles Rédelé: O pai do Alpine Renault
Desapareceu precisamente há 16 anos (24 de agosto de 2017), Jean Rédelé. O nome pode nada dizer aos mais distraídos. Porém, se adiantarmos que foi graças a ele que nasceu o Alpine Renault, então tudo se explica.
Rédelé nasceu em Dieppe, filho do dono de um concessionário Renault. A oficina paterna foi destruída durante um bombardeamento aliado, mas mal terminou a guerra, o jovem Rédelé não se deixou abater e ergueu literalmente das ruínas a concessão.
Ambicioso e com sangue na guelra, decidiu que a melhor forma de promoção era a competição. Então, preparou um pequeno Renault 4CV e entrou em algumas provas de automóveis em França, antes de, em 1952, transformar o pequeno negócio em algo a que chamou Automobiles Alpine. Nesse ano, conquistou o seu primeiro sucesso internacional, nas Mille Miglia – e, com o 4CV modificado, participou em provas como as 24 Horas de Le Mans e as 12 Horas de Sebring, durante a década de 50.
O primeiro protótipo Alpine surgiu em 1955 e tinha por base um chassis do 4CV, começando de imediato a construir um nome de sucesso nos ralis. Foi este sucesso dos Alpine que encorajou a Renault a regressar à competição, após décadas em que nem queria ouvir falar disso.
Mas Rédelé não se ficou pelos A110 e derivados: em 1964, construiu o seu primeiro monolugar, um carro de F3 com motor Renault, que ganhou o primeiro campeonato francês de F3, através de Henri Grandsire. Os Alpine correram também em F2