Em 1993 Disputei a Fórmula Indy Lights, ano em que também o Nigel Mansell trocou a F1 pela Fórmula Indy. Por coincidência, encontrámos-nos num teste em Phoenix e foi aà que, na paragem para o almoço, ouvi o telefone de uma cabina a tocar com insistência. Apesar da surpresa por alguém estar a ligar para uma cabina telefónica (há 20 anos, os telemóveis já eram vulgares), atendi e, do outro lado da linha, alguém pedia para falar com alguém da Newman-Haas Racing Ainda pensei desligar, mas face à educação e eloquência de quem estava do outro lado, resolvi perguntar com quem queria falar, em concreto: “Pode ser com o Nigel Mansell”. Fiquei ainda mais incrédulo. Quem é que tão absurdo ligava para uma cabina telefónica para falar com o Campeão do Mundo de F1 em tÃtulo? Ainda assim resolvi aceder ao pedido. “Há aqui uma pessoa que quer falar contigo”, gritei para o Mansell. Mas ele, conhecendo-me há vários anos e sabendo da minha apetência por brincadeiras, respondeu com um gesto tipo “fuck you Pedro!» Mas perante a minha persistência… “Olha, pergunta quem é…”
Relutante, fiz a pergunta e do outro da linha… “Paul Newman!” Eu estava a falar com o Paul Newman? O que eu sei é que quando, timidamente, disse ao Mansell quem era (até eu duvidava), de imediato deu um salto e correu para a cabina. Depois lá me explicaram que era uma prática comum do Paul Newman
Que apesar de célebre e sempre muito ocupado, fazia sempre questão de arranjar tempo para saber como as coisas corriam com a sua equipa…