César Torres: 20 anos de saudade
Cumprem-se hoje exatamente vinte anos que César Torres nos deixou. Tinha 64 anos. Ficou um legado inigualável, e por isso vamos recordar um pouco da sua história. Em cinco décadas houve muita gente que deixou a sua marca no Rali de Portugal. A mais profunda foi claramente a de Alfredo César Torres…
Foi pela mão de César Torres que nasceu o Rali de Portugal, um evento que foi para si quase como um filho, que ajudou a crescer e a desenvolver-se. Foi sob a sua liderança que a prova atingiu a maioridade, e quando desapareceu, já o evento tinha, há muito, asas para voar sozinho. César Torres foi o grande impulsionador do Rali de Portugal, o responsável pela sua internacionalização e não é por acaso que lhe atribuem a ‘paternidade’, já que o trabalho que fez pela prova, ao longo de trinta anos, mostra uma dedicação que não é comum ver-se. Logicamente, quando o Engº Vaz Pinto, membro do conselho de administração da TAP, desafiou César Torres para fazer crescer e internacionalizar o Rallye TAP, naturalmente, Torres ambicionou desde logo organizar um grande rali, mas acabou por fazer muito mais do que isso, pois tornou-o num dos maiores acontecimentos do país e projetou bem alto o nome de Portugal fora de portas.
Houve, claro está, muitas outras pessoas que ao longo deste caminho tiveram muita importância, pois num evento desta envergadura não é possível ter sucesso sem uma equipa competente e muito coesa, e já nos anos sessenta, colocar de pé um evento destes não era tarefa fácil. Entre as muitas pessoas que não podem aqui deixar de ser referidas, destaque para a sua mulher, Maria Teresa Torres. É quase um lugar comum dizer que ao lado de um grande Homem está quase sempre uma grande Mulher, e neste caso isso é totalmente verdade, pois a mulher de César Torres foi uma Senhora que sempre acompanhou o seu marido na paixão que este evidenciava pelo Rali de Portugal, e com ele partilhou todos os bons e maus momentos. O que escreveu no livro “César Torres, História do Rallye de Portugal”, é sintomático: “Um rali que foi como um filho, que deu trabalho, angústia e até mesmo dor. Mas que nos fez sentir emoções, alegrias e orgulho. Muito orgulho. Foram trinta anos em que lado a lado partilhámos a mesma estrada, partilhando os bons e os maus momentos”. Maria Teresa Torres foi uma autêntica embaixatriz do nosso país, pois ao lado de César Torres os seus conhecimentos e simpatia sempre ajudaram na promoção e crescimento do rali, que curiosamente também considera como o seu primeiro filho.
CARISMÁTICO
César Torres foi um líder muito forte, por vezes duro, mas muito carismático, não havia piloto que mesmo não concordando com ele, não o admirasse. Sempre soube rodear-se de pessoas indispensáveis para levar a cabo uma grande empreitada como era o Rali de Portugal e não havia clube ‘motorizado’ em Portugal que não o ajudasse: “Não seria possível o sucesso sem a ajuda dos clubes portugueses com secção automóvel que nos ajudaram, todos eles dispostos a colaborar nesta organização.
Bem se pode dizer que este rali é uma organização de todos os clubes portugueses”, disse à RTP, após uma prova, mostrando desde logo a sua faceta de grande líder, puxando as ‘tropas’ para o pé de si com uma simples frase. O crescimento do Rali de Portugal foi meteórico e não foi preciso muito tempo desde que o rali passasse de apenas uma concentração amigável de trabalhadores da TAP, transportadora aérea nacional, para um dos melhores eventos à escala europeia e mundial. Por isso, não foi de estranhar que a federação internacional reparasse nele e na sua capacidade, e mesmo antes do Rali de Portugal passar a integrar o Mundial de Ralis, em 1973, já César Torres tinha assumido um cargo na comissão de Ralis da Federação Internacional, passando também ele a influenciar decisões. O Rali de Portugal preparava-se para viver anos de afirmação. Integrada no Campeonato Mundial, a prova tornou-se num importante veículo de promoção turística e a excelência da sua organização, relegou históricos como Monte Carlo, Acrópole ou RAC para segundo plano…
DAR A VOLTA AO TEXTO
A dois meses do início do Rali de Portugal de 1974, não havia ainda a confirmação de que a prova poderia ir para a estrada. A crise petrolífera obrigara já ao cancelamento dos ralis de Monte Carlo e da Suécia e, em Portugal, várias medidas haviam sido tomadas para racionar energia, nomeadamente o cancelamento de todas as competições motorizadas. Quando em 1973 foi despoletada a Guerra do Yom Kippur, com o Egito e a Síria a lançaram um ataque surpresa conjunto sobre Israel, no Sinai e nas Colinas de Golã, ninguém imaginava a importância que César Torres iria ter meses depois na realização do Rali de Portugal. Com a crise do petróleo resultante dessa guerra, as provas de automobilismo foram as primeiras afetadas, importante era haver combustível para o dia-a-dia dos países, mas já depois de não se terem realizado as provas de Monte Carlo e da Suécia, em 1974, César Torres fez finca pé junto do Governo e alegando que o Rali de Portugal era uma enorme fonte de promoção turística para o País. Valeu uma vez mais a perseverança de César Torres que, fazendo uso de um extraordinário sentido político, convenceu o Governo Português a autorizar o rali, depois de a FIA canalizar para a nossa prova parte da gasolina que a Venezuela lhe havia cedido. A escassas semanas da partida, César Torres recebe luz verde e é obrigado a montar uma prova mais compacta, à medida da conjuntura económica do momento, mas o mais importante tinha sido ‘salvo’. Este foi mais um bom exemplo da importância de César Torres na vida do ‘nosso’ rali.
Outro exemplo foi a decisão da TAP deixar de patrocinar o Rallye Internacional TAP, em 1975, pelo que César Torres teve que encontrar outro parceiro. A prova portuguesa não passou ao lado da instabilidade política vivida após o 25 de abril de 74. A TAP decidiu retirar o patrocínio ao rali e a César Torres coube a árdua tarefa de encontrar um novo patrocinador, num contexto em que a prioridade das empresas estava a anos-luz do investimento em eventos para a obtenção de retorno publicitário.
A resposta positiva veio do Instituto do Vinho do Porto. Reconhecendo que a projeção da prova poderia levar a fama dos néctares do Douro aos quatro cantos do mundo, a instituição resolveu suportar o evento, que adotou a designação Rallye de Portugal – Vinho do Porto. A prova passou a ser organizada pelo ACP, e a marcação de eleições para a data prevista do rali, fez com que a edição de 1975 fosse disputada em julho. Em pleno ‘Verão Quente’, e numa altura em que a imprensa estrangeira empolava o clima de insegurança que o país atravessava, o número de 94 inscritos acabou por superar as expetativas. Aqui ficou novamente provada a visão estratégica de César Torres, que apontou para o parceiro ideal, o Instituto do Vinho do Porto. Que melhor exemplo para mostrar ao Mundo, na altura, que o fabuloso Vinho do Porto, passando a promover-se um autêntico ex-libris de Portugal. Foi desta forma que nasceu o Rally de Portugal Vinho do Porto, com a parceria a estender-se até 1993, regressando em 1994 o… TAP Rali de Portugal.
O MELHOR DO MUNDO
Para César Torres não chegava ser bom, era preciso ser o melhor, e foi para isso que trabalhou no ‘seu’ rali. Em 1976, o rali apresentou muitas novidades, desde uma etapa demolidora entre o Porto e o Estoril, uma incursão pelo Douro vinhateiro, passando pela Cabreira, Senhora da Graça, Marão e Arganil, com os sobreviventes a enfrentarem uma última etapa noturna, totalmente disputada na Serra de Sintra, com várias rondas pelos troços de Alcabideche, Lagoa Azul, Peninha e Sintra, percorridos várias vezes e em ambos os sentidos. Foi um autêntico sucesso e no final desse ano, a organização via compensado todo o seu esforço e profissionalismo: a BPICA, associação dos construtores atribuía ao Rallye de Portugal o título de ‘Melhor Rallye do Mundo’, galardão que viria a repetir-se nos quatro anos seguintes e novamente em 1982. Que mais se podia pedir a César Torres e à sua magnífica equipa. Com o passar dos anos, a sua capacidade de liderança permitiu que Portugal não beneficiasse somente do ‘seu’ querido rali. Foi graças a ele, por exemplo, que o campeonato do Mundo de Fórmula 1 regressou ao nosso país, com a reedição do Grande Prémio de Portugal em 1984, no Autódromo do Estoril.
César Torres não era um grande adepto da Fórmula 1, mas sendo um grande estratega, sabia bem da importância que a modalidade tinha, e ganhava cada vez mais. Considerado o melhor do mundo em termos organizativos, o Rali de Portugal gozava de um invejável prestígio junto dos construtores, pilotos e comunicação social. Apenas o comportamento do público impedia que a apreciação fosse perfeita. César Torres tinha consciência disso, mas ao mesmo tempo, sabia que o rali sem o ‘folclore’ dos espectadores, como ele apelidava, perderia parte do seu encanto. No inesquecível Vinho do Porto de 81, que Markku Alen não esquece, pela primeira vez, desde 1976, o rali não foi eleito o melhor do mundo, já que o capítulo da segurança impediu o evento português de ir além do segundo lugar, atrás da prova argentina. Mas César Torres não desistia, e depressa recuperou o ‘título’.
OLHAR EM FRENTE…
Contudo, o Rali de Portugal tornou-se cada vez mais vítima do seu próprio sucesso, o público tornava cada vez mais complicada a tarefa de César Torres e dos seu pares, e os acontecimentos de 1986 foram um rude golpe para o prestígio que o rali alcançara em duas décadas de vida. César Torres sabia que a imagem da prova ficara bastante ferida, mas não baixou os braços. Recolhendo os ensinamentos que as coisas más sempre trazem, rapidamente olhou em frente, procurando o caminho que devolveria a alma ao Rali de Portugal… Até à sua morte, em 1997, o rali passou por várias mudanças, mas até mesmo o rali de 1998, quase um ano depois do seu desaparecimento, teve o seu cunho. Para os portugueses, a morte de César Torres nunca significaria o ocaso do Rali de Portugal, porque a forma como o seu ‘pai’ o fez crescer e desenvolver, tornou-o num ‘adulto’ tão forte, que ainda hoje, quase vinte anos depois da sua morte, o seu nome ainda se ouve aqui e ali, quando se recordam as magníficas histórias de uma prova que cumpriu este ano de 2016 a sua 50ª Edição. Houve outros nomes muito importantes na história do Rali de Portugal, pois tal como César Torres bem dizia, o Rali de Portugal não era obra de um homem só, mas a sua força ficou bem marcada numa prova que vinte anos depois da sua morte, está novamente entre as melhores do Mundial de Ralis. Esta foi uma herança que ‘quem veio a seguir’ soube honrar…
O HOMEM
Nascido a 27 de fevereiro de 1933, contava 64 anos, quando morreu, a 30 de novembro de 1997. O seu nome ficará na história do automobilismo português, não apenas como um dos mais corajosos pilotos nos anos 60, mas essencialmente como um dos seus maiores dirigentes. À data do seu falecimento, César Torres exercia as funções de Presidente-Delegado da Federação Internacional do Automóvel (FIA) para o Desporto e, desde 1980, Presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP). A sua ligação ao automobilismo iniciou-se em 1955, ano em que se estreou como piloto, no Rali a Sintra, atividade que depois exerceu, com sucesso, até ao início da década de 70. Pelo meio, ficou o título nacional de Ralis em 1965 e, em Turismo, em 1967, ano em que venceu a Volta ao Minho, bem como o título no Campeonato Luso-Galaico de Ralis, no único ano em que o mesmo se disputou, sempre ao volante do Mini Cooper S. A sua paixão pelas provas de estrada manteve-se cada vez mais viva, mesmo depois do seu abandono enquanto praticante. E, com o espírito de decisão que unanimemente lhe foi sempre reconhecido, foi o mentor e o organizador, desde a primeira hora, do Rali de Portugal, cabendo-lhe a distinta missão de o conseguir integrar no Campeonato do Mundo desde a sua criação, em 1974. Precisamente uma década mais tarde, foi também César Torres o grande responsável pelo regresso do Mundial de Fórmula 1 ao Estoril, com a realização do primeiro Grande Prémio de Portugal da era moderna.
O PILOTO
César Torres desde muito novo que se interessou pelos ralis, estreando-se num Rali a Sintra, com um VW, tendo como navegador Pereira Gomes. Nessa altura, os patrocínios eram proibidos, com exceção das gasolineiras – e, logo aí, o seu espírito empreendedor e inovador emergiu, ao conseguir que a Shell o ajudasse. Anos mais tarde, assinou um acordo com a Sacor (hoje GALP), acordo esse que sempre o acompanhou ao longo da sua carreira.
Em 1961, correu pela primeira vez no estrangeiro, alinhando com um Hansa no Rali de Monte Carlo e tendo a seu lado Baptista dos Santos. Foi 41º.
Depois de correr com VW, Renault e MG, decidiu comprar um Austin Cooper S, então um carro que começava a sobressair nas provas internacionais. Na JJ Gonçalves, encontrou em Carlos Gonçalves, um dos sócios da firma, um inesperado apoiante, que não hesitou em o contratar com piloto “oficial”, pondo-o a correr com Manuel Gião (pai) no Team JJ Gonçalves. Com esta equipa, César Torres venceu o Campeonato Nacional em 1965 – e, pouco depois, as suas atenções viraram-se em definitivo para outro prazer: o de organizador. Antes disso, duas curiosidades: César Torres foi navegador do seu primeiro… navegador, Pereira Gomes e, mais tarde, da sua esposa, Teresa Torres.
O ORGANIZADOR
César Torres é uma figura indissociável da história do Rally de Portugal. Numa altura em que as provas de estrada eram assaz diferentes do que são hoje, resultando em corridas de regularidade, com rampas, slalom a definirem os vencedores, as primeiras edições daquele que, a partir de 1967, se chamou Rallye TAP, foram apenas concentrações amigáveis de trabalhadores da transportadora aérea nacional. Tudo começou, na verdade, quando um antigo navegador de César Torres se lembrou de fazer a primeira edição dessa prova; pouco depois, a administração da TAP decidiu encarregar de todos os passos organizativos na pessoa de César Torres – perdeu-se aqui um (excelente) piloto; nasceu um (ainda mais) excelente organizador e gestor de homens e emoções.
A primeira edição “a sério” do Rally TAP realizou-se em 1967 e foi ganha por José Eduardo Carpinteiro Albino, com um Renault R8 Gordini. Ao longo de 41 edições, a principal prova de estrada portuguesa foi considerada por cinco vezes como “O Melhor Rali do Mundo” pela FIA.
E por falar em FIA, César Torres depressa assumiu cargos de relevo no organismo máximo do desporto automóvel, defendendo sempre o bom nome de Portugal – e não apenas o “seu” querido Rally. Foi graça a ele, por exemplo, que o campeonato do Mundo de F1 regressou ao nosso país, com a reedição do Grande Prémio de Portugal em 1984. Estranhamente (ou talvez não…), depois da sua morte, a F1 saiu em definitivo de Portugal e, pouco depois, foi a vez do próprio Rally de Portugal deixar o calendário principal. Ao qual regressou anos mais tarde, em moldes diferentes, sem o carisma inicial, mas com uma qualidade igual à ‘marca’ deixada por César Torres.
A CARREIRA
A carreira de dirigente de César Torres teve início quando, em 1972, foi convidado para a Comissão Desportiva Nacional, pelo então Presidente do ACP, Mário Madeira. Dois anos mais tarde, assumiu a liderança da CDN, cargo que manteve até ser eleito para Presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), em 1995, que desempenhou até maio deste ano, quando cedeu o cargo ao professor Vasconcelos Tavares. Mas a faceta de dirigente de César Torres mais conhecida é, sem dúvida, o longo período em que esteve na frente do ‘seu’ Rali de Portugal, funções que entregou depois a Luis Salles Grade e posteriormente a Eduardo Portugal Ribeiro, Diretor de Prova precisamente há 20 anos. Durante esses anos, o Rali tornou-se um verdadeiro ‘ex-libris’ internacional das provas de estrada, sendo mesmo considerada a melhor organização do Mundial por várias vezes. Internacionalmente, a sua carreira de dirigente iniciou-se também em 1972, mas antes de integrar a CCM, quando foi convidado para fazer parte da Comission Sportive International (CSI), organismo precursor da FISA; nesse mesmo ano, foi nomeado para a Comissão Internacional de Ralis. Com a criação da FISA, no Congresso de Melbourne, César Torres esteve sempre na alta hierarquia dos destinos do automobilismo mundial.
Membro do Comité FIA desde 1986, foi eleito vice Presidente da FIA pela primeira vez em 1988, conhecendo a reeleição em 1990. Na altura da sua morte era Presidente Delegado da FIA para o Desporto, desempenhava o mais alto cargo na hierarquia desportiva mundial, com o mesmo fervor e devoção que sempre lhe foram reconhecidos. Mas não será apenas como dirigente desportivo que César Torres ficará na história em Portugal. Embora mais raramente, até porque o tempo disponível para tal era cada vez mais escasso, também esteve envolvido na política, desempenhando o cargo de Presidente da Junta de Turismo da Costa do Estoril, entre 1982 e 1990, ano em que foi convidado a desempenhar as funções de Secretário de Estado do Turismo, onde se manteve durante dois anos. Durante o seu mandato, César Torres foi um dos obreiros da promoção de Portugal além fronteira e, ainda, foi o grande mentor do chamado ‘Turismo Cá Dentro’, através da expansão do uso das pousadas para fins turísticos e, ainda, do turismo de habitação. Profissionalmente, César Torres esteve igualmente ligado à imprensa escrita, desempenhando os cargos de Presidente do Conselho de Gerência da Empresa Noticias Capital, proprietária dos jornais Diário de Noticias, Capital, Jornal de Notícias e Jogos, que então representavam cerca de 60% da imprensa diária portuguesa.
Fundador da agência noticiosa Lusa, foi mais tarde designado Presidente do respetivo Conselho Fiscal, cargo que abandonou quando assumiu funções governamentais. As suas qualidades de organizador e de batalhador incansável, foram amplamente reconhecidas, por diversas vezes. Em 1976, foi galardoado, pelo Presidente da República com a Ordem do Infante D. Henrique, recebendo posteriormente o Colar do Mérito Desportivo, a mais alta condecoração portuguesa no sector desportivo, e a Medalha da Prata de Mérito Turístico. Internacionalmente, foi distinguido com a Medalha de Vermeil do Principado do Mónaco, que lhe foi conferida por Sua Alteza o Príncipe.
O Autosport já não existe em versão papel, apenas na versão online.
E por essa razão, não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Desconto nos combustíveis Repsol
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI
Figura maior dos anos loucos do automobilismo nacional, décadas de 60 a 80 em que o desporto automóvel se massificou com as gerações do pós guerra num período de grande desenvolvimento o económico e social. Pelo meio houve um 25 de Abril e o turbilhão que se seguiu que afectou e desnorteou muitas gente. O Rally de Portugal e o regresso do GP de Portugal são as suas maiores glórias. Depois da sua morte o automobilismo nacional nunca mais foi o mesmo.Os tempos também mudaram. Pessoa muito bem cotada internacionalmente, embora como todas as personagens haja visões positivas e negativas… Ler mais »