Autódromo do Estoril alvo de Providência Cautelar devido ao ruído
O barulho emanado por eventos desportivos motorizados que se realizam no Autódromo do Estoril foi alvo de uma Providência Cautelar por parte de um Grupo de Moradores que criou uma Associação para travar na justiça a poluição sonora. Apesar do Circuito do Estoril já existir desde 1972, pela primeira vez uma Juíza do Tribunal Cível de Cascais deu razão a um providência Cautelar interposta pelo grupo de moradores, considerando na sua decisão e citada pela SIC Notícias que “os habitantes das zonas afetadas e todos aqueles que aí trabalham ou estudem, sofrem nas sua vidas (…) níveis crescentes de stress, ansiedade, inquietação, irritação, dificuldades em dormir…”
Contactado pela SIC Notícias, Ricardo Sá Fernandes, advogado da Associação Baixo ruído, explicou em declarações à SIC Notícias que “é uma decisão histórica, as provas oficiais vão continuar a decorrer, e outras provas não oficiais ou acontecimentos privados, poderão continuar a ocorrer desde que respeitem os limites da lei do ruído”, disse, acrescentando ainda: “o tribunal dá até ao fim do ano para o autódromo estabelecer medidas que permitam controlar o excesso de ruído e monitorizar o que diz a lei”.
Fontes da Parpública, dona do Autódromo, disse à SIC Notícias estar ainda a analisar a decisão da Juíza.
Já Leonor Machado, Presidente da Associação Moradores Baixo Ruído assume que o Autódromo do Estoril é um circuito onde sempre houve barulho e o que alega é “há limites e níveis de barulho, e esses devem ser respeitados, e se esses níveis forem ultrapassados, não podem ser ultrapassados constantemente.
E os últimos dias foram escandalosamente barulhentos”, disse à SIC Notícias, acrescentando ainda que “há eventos que não se realizavam cá e começaram a realizar-se, porque são proibidos noutros lados, portanto começámos a ser o lixo da Europa. Tudo o que é barulheira vem para cá fazer barulho, e não é permitido nos outros lados”, disse, erradamente, porque na peça emitida pela SIC Notícias, o som que se ouvia do autódromo do Estoril, era de testes para o Estoril Classics, que se realizaram há algum tempo atrás, sendo que os F1 Clássicos, ou mesmo Sports Cars, GT, Turismos, que possam ter estado a testar fazem bem mais barulho do que é habitual ver por lá, mas parte do que a Srª presidente da Associação disse não é verdade: “há eventos que não se realizavam cá e começaram a realizar-se, porque são proibidos noutros lados”.
Não é verdade, pois como bem sabemos, pois os eventos ou competições sempre foram nómadas, e há anos que se realizam numas pistas, noutras alturas vão para outros lados, como sempre sucedeu no desporto motorizado, portanto o argumento não vinham agora vêm, porque são proibidos noutros lados, cai por terra e quanto à expressão “lixo da Europa”, vem de alguém que não sabe minimamente o que está a dizer neste aspeto.
Seja como for, há uma Lei do Ruído, há exceções, e há limites, e agora resta saber como tudo isto termina. Para já, 1-0 para os moradores…
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Quando as casas dos moradores que agora protestam foram construídas já o autódromo existia. Sendo assim estes senhores sabiam ao que vinham. Não quero com isto dizer que não se faça alguma coisa para minorar o impacto do ruído
Se alguem tem de fazer alguma coisa foi quem construiu casa ao lado do autódromo. Agora o autódromo é que tem de gastar dinheiro? Compraram ali terreno por ser barato devido ao autódromo, a camara licenciou as habitacoes e certamente oor amizades e dinheiros debaixo da mesa e agora o autódromo é que se lixa?
Haja bom senso.
Faz lembrar a petrogal em Matosinhos. Quando foi construída só havia mato à volta. Deixaram construir toda aquela malha de prédios em volta (até um hospital se permitiu construir paredes meias) mas o mal, mais tarde, estava na petrogal. Até fechou.
Mas o aeroporto continua onde está. Faz muito sentido.
Mais uma piada ao estilo Português, a Câmara licenciou a construção nessa zona por isso é o primeiro responsável. Segundo quem lá construiu sabia o que podia acontecer, nessa altura já se disputavam provas de automobilismo, o autódromo foi construído muito antes de tudo que lá está.
Não vou dizer nada que já não tenha sido dito mas quando essas pessoas proprietárias das referidas habitações as compraram o velhinho autódromo já lá estava e muito bem portanto se alguém está mal não me parece que seja o autódromo , uma situação infeliz foi deixarem construir as casas onde estão hoje
Ao preço que está a habitação faz todo o sentido esta decisão que será o principio do fim, aqueles terrenos são uma chucha, licencinhas para a câmara, luvas para os autarcas aprovarem a mudaça do PDM e a urbanizaçãodo e milhoes para os construtores amigos que bancaram as suas eleições.
Agora só falta continuarem querem ideias os estádios de futebol, os concertos e tudo o que possa incomodar.
Esquecem-se dos que trabalham de noite e levam com todo o tipo de barulho durante o dia num qualquer bairro português mas não há problema porque é de dia.
A proxima providência vai ser para o AIA querem apostar?
É o que dá a falta de planeamento urbano…
Acontece com o autódromo e com fábricas, que têm de mudar de lugar dado terem sido abraçadas por habitações.
Só é pena haver falta de coragem jurídica e política em também apontar o dedo aos moradores que ninguém obrigou a morar nas imediações.
Em Portugal a culpa é sempre de alguém e nunca é nossa.
Triste fado…
Um triste país que vendeu a alma aos reformados dos países ricos, tudo se faz para aumentar o valor da propriedade até expulsar os portugueses de Portugal para outros países com ordenados mais altos e rendas mais baixas. Espero que os sem abrigo comecem a assaltar os turistas, o turismo só ajuda os proprietários de hotéis, de restaurantes, o turismo não cria emprego bem renumerado para licenciados.
Em menor grau, aconteceu o mesmo ao Kartódromo do Cabo do Mundo. O resultado da justiça foi muito mau. Quando o Kartódromo foi construído, não havia nada à roda e teve as respectivas licenças. Com o tempo foram construídas urbanizações contíguas. Não tardou porem o Kartódromo em tribunal, pelo ruído, numa luta jurídica que durou anos. Acabaram há 2/3 anos por ser estabelecidas normas de utilização restritivas, mas mesmo assim um niquinho melhores que durante a luta. Isso demonstra que a justiça portuguesa se está marimbando para direitos adquiridos e licenças atribuídas. Qq dia vão querer fechar o Aeroporto da… Ler mais »
Ridiculo! Como já aqui foi dito, quando o Autodromo foi construido não havia qualquer imóvel naquela zona e quem foi para lá decerto não esperava que utilizassem a pista unicamente para provas de ciclismo…
Isto já se está a ver como vai terminar: mais ano menos ano o autodromo fecha, os terrenos vão ser urbanizados e alguns vão ganhar muito (mas muito mesmo!) dinheiro, enfim o habitual!
O autódromo existe á 50 anos e só agora é que se lembraram que há ruído??? Parece mais uma jogada de manipulação imobiliária em que usam a associação para terminar com o autódromo. É público o interesse imobiliário na zona.
Moro perto e sim faz barulho, mas nada do outro mundo.
Já cá moro á 44 anos e recordo-me que na altura era quase um deserto , no entanto foram construídas casas e prédios perto que chegaram muito depois do autódromo. Para mim são jogadas de interesses que se lembram de usar o ruído para atingirem o objetivo.