A memória que o tempo não apaga

Por a 4 Dezembro 2007 10:07

César Torres morreu a 30 de Novembro de 1997, fez dez anos na passada sexta-feira. Hoje, uma década depois, são ainda muitos que lamentam a sua morte – quanto mais não seja, porque foi depois desse nefasto acontecimento que Portugal ficou sem os seus mais emblemáticos acontecimentos desportivos mundiais, o Grande Prémio de Portugal de F1 e o Vinho do Porto/Rali de Portugal. O que diz tudo da grande estatura política e desportiva de César Torres, sem dúvida a alma mater por trás da realização (e continuação nos calendários desportivos internacionais) daquelas duas provas.

Praticante de automobilismo desde a década de 60, César Torres cedo deu por terminada esta sua faceta, que mesmo assim o fez ficar conhecido, pelos seus feitos ao volante dos Mini Cooper S, encetando uma ainda mais bem sucedida carreira enquanto dirigente e organizador. Foi graças a ele que nasceu o Rali TAP, a meio dos anos 60 e, desde que foi eleito para a direcção do ACP, em Julho de 1974, César Torres não mais parou. Foi ele que trouxe ao Estoril pela primeira vez uma prova do Campeonato da Europa de F2 e foi ele que elevou ao ponto máximo o Rali de Portugal/Vinho do Porto que, desde a década de 70, sucessivamente, foi sendo eleito o Melhor Rali do Mundo.

Presidente do ACP, depressa César Torres viu o seu valor reconhecido além fronteiras, sendo eleito vice-presidente da FIA e da FISA em 1988, tornando-se a primeira pessoa a ocupar em simultâneo os dois altos cargos. Depois de uma breve passagem pelos corredores da política activa, enquanto secretário de Estado do Turismo, em 1990, César Torres foi eleito Presidente-Delegado do Conselho Mundial da FIA para o Desporto Automóvel, função que desempenhava quando a doença o venceu, estava ele em Londres, fez agora dez anos.

Galardoado e homenageado em vida, após a sua morte, o seu nome foi dado a inúmeras realizações, desde avenidas a complexos desportivos, um pouco por todo o país, além de ser objecto de um Memorial, no Mosteiro dos Jerónimos. Mas, para lá de tudo isto, a memória de César Torres está viva na certeza de que, depois da sua morte, nada no desporto automóvel foi como dantes, em Portugal.

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