Motores sob pressão no GP da Malásia de F1

Depois do GP da Austrália ter sido disputado num circuito de ocasião, e caravana da Fórmula 1 ruma agora a Sepang na Malásia, um traçado nos antípodas de Albert Park, com os pilotos a passar de uma pista com um nível de aderência baixo e curvas de média e baixa velocidade, para Sepang, um traçado largo e com um asfalto perfeitamente liso, numa pista que vai permitir ter-se uma ideia bem mais adequada do que vale neste momento cada uma das equipas.

Depois de tudo o que se viu na Austrália é claro para todos que a Mercedes está um passo à frente da restante concorrência, ficando por saber como se vão apresentar as restantes equipas da Mercedes, especialmente a Williams, que tanto prometeu na Austrália e a McLaren, que colocou os seus dois pilotos no pódio e lidera, por isso, o Mundial de Construtores.

Apesar dos problemas com o W05 de Lewis Hamilton, a Mercedes não teve adversários para Nico Rosberg em Albert Park, mas a Fórmula 1 vai deparar-se em Sepang com uma realidade completamente distinta, já que as novas unidades motrizes vão enfrentar uma das mais quentes provas do calendário, e tendo em conta as dores de cabeça que os engenheiros das equipas têm sentido devido ao facto de ainda não conhecerem totalmente o comportamento dos seus propulsores, a fiabilidade pode ter uma papel preponderante nos resultados do Grande Prémio. A primeira declaração pública relativa a este assunto foi do presidente não-executivo da Mercedes, Niki Lauda, e se os ‘donos’ do monolugar mais fiável estão preocupados, que dizer dos restantes. Fiabilidade à parte, a Williams tem condições de ficar mais perto da Mercedes, caso os seus pilotos não tenham azares semelhantes aos de Melbourne, enquanto a McLaren se viu que não tinha andamento para a Mercedes, mas esteve perfeita em termos de estratégia.

Red Bull na luta

A questão do calor deverá estar a preocupar os homens da Renault e da Red Bull, pois se ainda não estiverem totalmente resolvidas questões técnicas decorrente do sobreaquecimento das baterias, é certo que vão ter problemas, mas se isso não suceder há, cada vez mais, que contar com a Red Bull, pois Sebastian Vettel não vai ter sempre azares e Daniel Ricciardo logrou manter atrás de si carros teoricamente mais competitivos, para além que vai correr “de raiva” depois de ter sido desclassificado em ‘casa’.

A Ferrari está com problemas complicados no F14-T, e em condições normais, a sua performance está inclusivamente atrás da Red Bull, dependendo agora o trabalho que foi feito neste hiato entre corridas por parte dos homens de Maranello.

Os Force India mostraram-se fiáveis em Melbourne, e para os lados de Silverstone a máxima momentânea parece ser devagar se vai ao longe. A verdade é que tanto Nico Hulkenberg como Sergio Perez terminaram no top 10. Relativamente às restantes equipas, fica por se saber se a Toro Rosso vai confirmar o bom momento evidenciado em Melbourne. A Sauber esteve muito discreta na Austrália e da Lotus já se sabe que não há muito que esperar. Segundo os seus responsáveis, até ao GP de Espanha. Marussia e Caterham vão tentar aproveitar a previsível onda de abandonos, e com isso conseguir alcançar posições nada habituais.

Horário

Sexta-Feira, 28 de março

Treinos Livres 1 02h00

Treinos Livres 2 06h00

Sábado, 29 de março

Treinos Livres 3 05h00

Qualificação 08h00

Domingo, 30 de março

Corrida 09h00