Mark Webber: “O que não nos mata torna-nos mais fortes!”

Por a 24 Novembro 2010 16:09

Foi com este sentimento que Mark Webber, depois de nove épocas, seis vitórias e 159 Grandes Prémios, encarou o momento. Afinal, chegou a um patamar que poucos acreditaram ser possível há uns anos. Quem o viu no final da corrida de Abu Dhabi percebeu que ali estava um homem ferido, mas nas recentes visitas ao quartel general da Red Bull na Áustria, e à fábrica de Milton Keynes, já se viu uma Webber mais positivo. 

É verdade que na maioria das vezes teve o carro mais rápido do plantel. Sim, mas também Vettel o teve. E foi Webber que contra muitos prognósticos esteve em excelentes condições de chegar ao título, sete pontos na frente de Vettel, perto do fim. Entre os seus principais adversários, Lewis Hamilton, Jenson Button e Fernando Alonso ‘só’ estavam Campeões do Mundo, e Webber quase lá chegou.

Demasiados altos e baixos 

A época teve altos e baixos, e começou mal no Bahrein com um modesto oitavo posto e não melhorou nada na corrida caseira da Austrália, onde foi nono, depois de uma colisão com Hamilton. As coisas melhoraram na Malásia, com o segundo posto, atrás de Vettel. A chuva embrulhou tudo na China e um oitavo posto foi mais um mau resultado tendo em conta o carro que tinha. Mas tudo melhorou a partir daí. De volta à Europa, vence em Espanha e no Mónaco e chega ao comando do Mundial ao lado de Vettel. Depois veio a Turquia e o que podia ter sido uma dobradinha, terminou apenas num pódio, com a Red Bull a oferecer de bandeja a vitória à McLaren devido a uma colisão entre os dois pilotos da equipa de Milton Keynes.

Os altos e baixos de Webber continuaram, mas depois dos triunfos de Silverstone e Hungaroring, acabaram-se as vitórias, num período em que Fernando Alonso pareceu ganhar embalo para o título, mas afinal foi Vettel que ganhou no ‘sprint’ final. Webber não aguentou a maratona, e no último quarto da época fraquejou imenso, ainda que se tenha mantido à ‘superfície’, por exemplo com prestações como a de Spa-Francorchamps onde foi segundo, depois de partir de sétimo. A corrida de Monza foi má para a Red Bull e em Singapura, uma excelente tática de equipa permitiu-lhe passar a ter 11 pontos de avanço na liderança do campeonato, que cresceu para 14 no Japão, onde o RB6 esteve intocável. Mas nesta altura já Vettel tinha começado o seu ‘sprint’, e mesmo com Alonso e Webber algo longe, o alemão teve mais pulmão…e sorte.

Na Coreia, foi o que todos se lembram quando a Red Bull se preparava para uma dobradinha e viu Webber despistar-se e o motor Renault do RB6 de Vettel ceder já perto do final da prova. Quem beneficiou foi Alonso, que ganhou fôlego. No Brasil, e quando a Red Bull poderia ter deixado o campeonato nas mãos de Webber, Horner insistiu, e bem, em não dar ordens de equipa, e quem se ficou a rir foi Alonso, que pensava poder ter em Abu Dhabi uma corrida de controlo, mas as coisas saíram-lhe furadas. E ainda mais a Webber, que na qualificação começou logo a baquear, numa prova que precisava de vencer, e esperar que Vettel batesse Alonso. Nada de muito complicado de suceder, caso a qualificação de Abu Dhabi não tivesse sido quase um desastre para Webber. Depois, foi o que todos se lembram…

“Quando se fica tão perto de um título, e perde, é uma pena. Mas a verdade é que dei o máximo. O que não nos mata torna-nos mais fortes, e por isso para o ano vou dar ainda mais luta, já que saio desta época como um piloto melhor. Há muitos pontos positivos, já que fiz cinco poles, venci quatro corridas, e estou inclusivamente orgulhoso de alguns segundos lugares porque surgiram no final de fins de semana bons. Um dia olharei para trás e acharei que esta época dei o máximo, foi um bom esforço”, referiu Webber.

Tudo isto é verdade, mas muitos continuam a achar que o australiano perdeu este ano a sua grande hipótese de ser campeão do Mundo de F1, já que Vettel surgirá naturalmente mais maduro, e quererá repetir o feito, enquanto Fernando Alonso, Lewis Hamilton e Jenson Button, ou mesmo Felipe Massa e ainda, caso tenham bons carros, Robert Kubica, Nico Rosberg e Michael Schumacher, podem, mais uma vez contribuir para que a época de 2011 volte a ser memorável. Depois de anos como o de 2007, 2008 e 2010 será ainda possível ser melhor?

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