GP da Itália F1: Os destaques da corrida
No começo do fim de semana, pensava-se que a Red Bull poderia repetir o que tinha feito em Spa, mas não foi bem isso que aconteceu. Os Bulls venceram, dominaram, mas não envergonharam a concorrência. A Ferrari fez o que pôde, tentou sempre encontrar novas soluções sem sucesso. Mas no final foi uma corrida animada mas com um vencedor anunciado.
Max Verstappen esteve novamente imparável. Um ritmo tremendo, uma gestão de pneus a toda a prova, uma estratégia bem delineada e um carro capaz de responder a qualquer ameaça vinda da Ferrari. Verstappen venceu, dominou e o título é agora apenas uma questão de tempo. Pode acontecer em Singapura, mas o que é certo é que vai acontecer. Sergio Pérez conseguiu uma boa recuperação, tendo largado do fundo da grelha. Foi a corrida possível e com alguns sinais de melhoria no andamento do mexicano.
Do lado da Ferrari, pode-se considerar que foi uma tarde positiva. Fica a dúvida no ar, se a Scuderia fez bem em parar Leclerc para colocar macios no Virtual Safety Car provocado por Sebastian Vettel. Verstappen aproximava-se de Leclerc e parecia estar com melhor gestão de pneus que o piloto da Ferrari. Assim, os italianos arriscaram uma estratégia de duas paragens que em teoria poderia ter sido bem pensada, mas que não deu frutos pois o ritmo da recuperação de Leclerc quando colocou os macios na segunda paragem não foi o ideal. Carlos Sainz conseguiu uma boa recuperação e ficou à porta do pódio. Uma tarde boa do espanhol que ainda pensou no terceiro lugar, mas já era demasiado.
George Russell foi terceiro, com uma corrida sólida, bem gizada e um ritmo interessante. O britânico teve o pódio sempre à vista e conseguiu mais um excelente resultado. Lewis Hamilton operou uma boa recuperação, num sinal positivo da Mercedes. A equipa quer vencer este ano, mas olhando para o que a Red Bull tem feito, não será fácil. Mas o segundo lugar nos construtores pode ser uma realidade.
Lando Norris voltou a ser o melhor do segundo pelotão. Com Fernando Alonso fora de prova com problemas no seu Alpine e Esteban Ocon sem andamento para chegar aos pontos, foi Norris que tratou de se destacar. Daniel Ricciardo também fez uma boa corrida mas o azar voltou a atormentar o australiano. Mas Norris, com lutas boas (e sempre limpas) conseguiu mais um resultado positivo. Ricciardo, desta vez sem culpa, não conseguiu novamente ajudar a equipa na luta com a Alpine.
Pierre Gasly fez uma boa prova, mas esteve sempre preso atrás de Ricciardo, sem argumentos para passar o australiano. Nyck de Vries foi um dos grandes destaques. Chamado à última hora, fez um grande trabalho pela equipa, mostrou talento e terá convencido Jost Capito a trocar Nicholas Latifi (mais uma má exibição) pelo neerlandês. O que poderia ser a tarde da Williams com de Vries e Albon? Muito melhor, provavelmente.
Zhou Guanyu conseguiu terminar nos pontos em mais uma prestação muito positiva, enquanto Bottas não conseguiu aproximar-se do top 10. Foi um ponto importante para a Alfa Romeo, e mais uma prova de que Zhou é um piloto capaz. A Haas já esperava uma tarde complicada, o que se confirmou, mas Mick Schumacher ainda conseguiu uma ou duas manobras interessantes, enquanto Kevin Magnussen foi mais discreto. Yuki Tsunoda não teve uma tarde fácil e não conseguiu sair das últimas posições e a Aston Martin teve um dia para esquecer com uma dupla desistência, quando parecia haver potencial para, pelo menos, ficar perto do top 10.