FOTOGALERIA: As mulheres da Fórmula 1
Apesar das notícias que referem a vontade de Bernie Ecclestone ter mulheres nas grelhas dos Grandes Prémios, não só nos parece improvável que a espanhola Maria de Vlilota tenha capacidade para ascender à disciplina que congrega os melhores pilotos de Fórmulas do Mundo, como também, depois de Ecclestone ter dito, há uns anos, que a cor que melhor assenta às mulheres é o branco, porque é a cor dos eletrodomésticos, está tudo dito relativamente ao que pensa sobre esse assunto.
Danica Patrick, claramente quem mais capacidade tem para vingar neste super competitivo meio, ponderou essa passagem e chegou a ter previsto um teste com a Honda, mas preferiu manter-se nos EUA, na IndyCar, avaliando neste momento a passagem para a NASCAR. A Fórmula 1 é um sonho que Danica Patrick parece já ter esquecido. Maria de Villota passou pela Superleague nos últimos anos, andando pelo meio dum pelotão, que tendo alguns bons pilotos, está longe de ser um trampolim para a disciplina principal.
Apenas cinco mulheres na F1
Nos 60 anos de história do Mundial de F1 apenas cinco mulheres participaram em Grandes Prémios. Saiba quem foram e porque é que a F1 é um mundo um pouco machista. Lamentavelmente, a Fórmula 1, que goza de um alargado conjunto de encómios, tais como a “expressão maior do desporto automóvel”, também encerra alguns aspetos pouco positivos, entre os quais uma evidente característica machista, já que, e até agora, apenas cinco mulheres participaram em Grandes Prémios e com resultados muito pouco relevantes.
As razões podem radicar nas mais distintas e anacrónicas teorias, de acordo com “a vontade do freguês”, mas não existem razões óbvias para que o sexo feminino não vingue na competição automóvel e a americana Danica Patrick, entre outras, é um bom exemplo, disso mesmo.
De Maria Teresa de Filippis, a Giovanna Amati, o caminho foi longo, 34 anos, mas sem quaisquer resultados, já que estas cinco concorrentes ao Mundial de Fórmula 1 apenas participaram em 29 Grandes Prémios e só conseguiram qualificar-se em 15. Situação a rever para que as mulheres deixem de ser apenas uma curiosidade estatística e passem a ser uma valência importante na tal “expressão maior do desporto automóvel”.
Maria Teresa de Filippis (1958/1959)
Nasceu a 19 de novembro de 1926 em Nápoles (Itália). Disputou cinco Grandes Prémios, mas só conseguiu qualificar-se em três. Tripulou um Maserati 250F em quatro GP’s de 1958 e um Porsche RSK em 1959. O seu melhor resultado foi o 10º lugar obtido no GP da Bélgica em 1958, mas conseguiu um 5º lugar no GP de Siracusa do mesmo ano, uma prova extra-campeonato.
Lella Lombardi (1974/1976)
A piloto com mais participações em Grandes Prémios (17), conseguiu obter a qualificação para 12. Nascida em Alessandria (Itália), Lella Lombardi obteve o seu melhor resultado no GP de Espanha de 1975, ao terminar numa honrosa sexta posição e, ao longo da sua carreira tripulou em 1974 o Brabham BT42 e os March 741, 751 e o Williams FW09 em 1975. Finalmente, o March 761 e o Brabham BT44B em 1976.
Divina Galica (1976 e 1978)
Presente em apenas três Grandes Prémios, Galica nunca conseguiu qualificar-se para as corridas. Nascida em 13 de agosto de 1946 no Reino Unido, teve ao seu dispor um Surtees TS16 em 1976 e um Hesketh 308E em 1978. Galica era uma presença regular no Campeonato Shellsport, onde quase terminou várias vezes no pódio e esteve perto de ganhar uma prova em Brands Hatch, em 1977, ao volante do mesmo Surtees TS16.
Desiré Wilson (1980)
Tentou participar em apenas um Grande Prémio, o que não conseguiu. Natural da África do Sul (Joanesburgo) e agora com 57 anos de idade, tripulou um Williams FW07. Wilson conseguiu onde Galica falhou, ganhando o Evening News Trophy em Brands Hatch, uma jornada da Aurora Formula 1 Series, ao volante de um Wolf WR4.
Giovanna Amati (1992)
Hoje em dia com 51 anos de idade, Giovanna Amati, nascida em Roma, apenas participou em três Grandes Prémios, ao volante de um Brabham BT60B, não conseguindo, nunca, qualificar-se. Antes de chegar à F1, nunca deu mostras de ser minimamente competitiva.
Mulheres e(m) carros
A Indycar é invulgar entre os vários campeonatos de monolugares por todo o mundo por contar na sua lista de inscritos com um número considerável de pilotos do sexo feminino.
Por exemplo, o ano passado na IndyCar, estiveram presentes cinco mulheres. Danica Patrick é já por demais conhecida, tendo sido a primeira mulher a ganhar uma corrida da Indycar. A venezuelana Milka Duno, por seu lado, está longe do talento de Patrick e já foi acusada por esta de bloquear carros mais rápidos, mas continua a andar lá. Outras duas Senhoras vieram da Indylights: a brasileira Bia Figueiredo e a suíça Simona de Silvestro, ambas conhecidas por terem vencido provas naquele campeonato. Falta apenas Sarah Fisher, que por ser dona da sua própria estrutura de cariz familiar, apenas teve orçamento para metade do calendário. Fique com imagens das Senhoras da F1, bem como outras que hoje em dia competem, ou competiram recentemente, em séries de monolugares.
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