Fórmula 1 em busca de novos mercados

Bernie Ecclestone continua a procurar novos países para se prevenir face a uma eventual debandada de promotores sem meios para satisfazer as suas enormes exigências financeiras e tem em Daniele Audetto o seu principal colaborador nesta tarefa.  

O italiano tem estado em viagens constantes, sendo um dos pilares da organização do GP da Coreia do Sul – cujos planos para entrar no Mundial em 2010 vão mesmo avante – mas já está em negociações com os russos, para finalmente levar a F1 a um país com que Ecclestone sonha há mais de 20 anos. A cidade de Sochi, que vai receber os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, é agora a candidata principal a receber um Grande Prémio, segundo nos foi dito no Mónaco. Juntamente com as instalações para receber as Olimpíadas, os russos estão a construir um novo aeroporto internacional e existem planos para incluir um novo autódromo neste projecto. O que deverá concluir-se dentro de dois anos, pois Ecclestone quer levar o Grande Prémio para a Rússia em 2011. 

Em contrapartida, as notícias que chegam da Índia não são as mais animadoras, apesar de Vijay Mallya ter voltado a manifestar o seu optimismo quanto à integração da prova do seu país no calendário de 2011. Segundo fontes ligadas à FOM, o financiamento do projecto ainda não foi desbloqueado – as eleições gerais da semana passada atrasaram todo o processo – pelo que os trabalhos demoram a arrancar.

Apesar da crise económica mundial ainda não ter tido um impacto demasiado negativo na Índia, as perspectivas não são as melhores para os próximos anos, o que pode levar a que se repensem diversos investimentos de grande envergadura.

Argentina no horizonte

No Mónaco estiveram presentes alguns dos homens que estiveram ligados à organização do GP da Argentina em meados dos anos noventa e a sua vinda ao Principado não foi inocente. O próprio Bernie Ecclestone reconheceu que, “começamos agora a falar com o governo argentino, pois gostaria de voltar a ter uma corrida em Buenos Aires.” O problema é que o Autódromo Óscar Galvez está longe de satisfazer as exigências de segurança, instalações e comodidade que a FIA e Ecclestone têm agora. Por isso será necessário um investimento importante para melhorar a pista, antes de se poder pensar num regresso a Buenos Aires. Mas as perspectivas são boas, o que é uma boa notícia para todos, pois a prova argentina era das mais populares do ‘paddock’. 

Luis Vasconcelos