Última vitória da Lotus na F1, foi há 10 anos…e foi Kimi Raikkonen

Por a 13 Janeiro 2023 15:44

“Deixem-me em paz, eu sei o que estou a fazer!” Já lá vão mais de 10 anos, isto passou-se a 4 de Novembro de 2012, que Kimi Räikkönen vociferou uma frase para o seu ‘infeliz’ engenheiro, Simon Rennie, frase essa que se tornou num dos ‘memes’ mais celebrados da Fórmula 1. Quatro meses depois, Kimi Raikkonen alcançava a última vitória da Lotus na Fórmula 1. Foi no GP da Austrália de 2013.

Numa corrida em que reinaram a incerteza e as inúmeras trocas de posição, Kimi Raikkonen fez uso da sua proverbial rapidez para, em momentos-chave, se impor a Alonso e Vettel, e conquistar a sua 20ª vitória e a última da história da Lotus, que antes disso, tinha triunfado em Abu Dhabi, também uns meses antes, depois de ter estado sem ganhar, desde 1987, ainda com Ayrton Senna.

Em Melbourne, o finlandês deu à Lotus a vitória da confirmação. De que a equipa de Enstone estava no caminho certo no que toca ao desenvolvimento do E21 e que todas as preocupações em redor da fiabilidade do novo monolugar preto e dourado não tinham razão de ser. A performance da Lotus nos testes de pré-temporada mostraram que era preciso contar com ela na luta pelos lugares de destaque, mas subsistiam muitas dúvidas sobre qual seria o desempenho global da formação liderada por Eric Boullier num fim de semana de Grande Prémio, sobretudo num tão competitivo grupo da frente, onde Red Bull e Sebastian Vettel eram claramente favoritos, com a Ferrari a surgir logo atrás.

Apesar disso, e depois de se qualificar em sétimo a mais de 1,3 segundos da pole de Vettel, Raikkonen manteve-se no grupo da frente, lutando primeiro com Hamilton pelo quarto lugar para depois se instalar na liderança na volta 24, onde se manteria até à sua segunda paragem nas boxes, ficando claro nessa altura que a Lotus planeara uma estratégia de apenas dois pit stops para o finlandês.

O segredo para a vitória esteve no elevado ritmo que Kimi conseguiu impor sem infligir maus-tratos aos seus pneus, já que trocou de Pirelli super macios por médios logo à nona volta, estendendo a vida-útil destes até à 34ª volta, antes da sua segunda paragem – da qual regressou à pista em quinto.

O momento-chave da corrida dá-se quando o grupo líder formado por Alonso, Massa e Vettel procede à sua terceira paragem, deixando Sutil na cabeça da corrida. Quando o regressado alemão, numa demonstração de forma espetacular, fez a sua segunda paragem (montando então os super macios com que ainda não tinha rodado) na volta 46, Raikkonen passou a líder, mas pressionado pelo espanhol da Ferrari que fazia tudo para definhar a desvantagem.

Quando os pneus destes perderam o pico de aderência, o intervalo manteve-se estável e, para que não houvesse dúvidas, o finlandês averbou o seu melhor tempo na volta 56, mostrando que tinha margem para suplantar qualquer surpresa que surgisse. Uma vitória categórica e sem contestação, com 12,4 segundos de diferença sobre Alonso, revelando rapidez e eficiência por parte do binómio Raikkonen/Lotus E21: “Não sabia o que esperar da corrida, como os pneus se iriam comportar pois não fiz séries longas durante a pré época. Sabia que tinha um bom carro, e portanto tinha esperanças de realizar uma boa corrida. A qualificação foi desapontante, mas depois foi só uma questão de acertarmos com os momentos de parar. Tínhamos um plano, seguimo-lo e correu na perfeição para nós”, disse Kimi Räikkönen, que partiu em 7º e venceu.

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