Transferências-choque na história de Fórmula 1

Por a 1 Fevereiro 2024 19:16

A transferência de Lewis Hamilton para a Ferrari seria uma das mais sensacionais da história da Fórmula 1, pois o inglês é o piloto mais bem-sucedido da história da categoria, com sete títulos mundiais, a par de Michael Schumacher, e a Ferrari é uma das equipas mais tradicionais e bem-sucedidas da F1.

As transferências-choque na Fórmula 1 não foram muitas ao longo da história, mas existiram algumas mais surpreendentes, embora as mais habituais tivessem sido trocas entre grandes equipas que acabaram por não resultar em termos de resultados para os pilotos. Mas também houve trocas que culminaram com o título…

A ida de Ayrton Senna para a McLaren em 1988 foi marcante pois o brasileiro era um dos pilotos mais talentosos da época, e sua transferência para a McLaren, que já tinha Alain Prost como piloto, foi um choque para o mundo da Fórmula 1, e o que sucedeu entre ambos ainda hoje é alvo de conversa.

Senna e Prost protagonizaram uma das maiores rivalidades da história da categoria, e a dupla conquistou quatro títulos mundiais consecutivos para a McLaren.

Já a sua ida para a Williams em 1994, foi estrondosa, mas infelizmente durou pouco…

A ida de Michael Schumacher para a Ferrari em 1996 foi um passo natural depois de dois títulos na Benetton. Schumacher era um dos pilotos mais dominantes da época, e sua transferência para a Ferrari, que não ganhava um título mundial desde 1979, foi um sinal de que a equipa estava determinada a voltar a ser campeã. E assim foi! Schumacher conquistou cinco títulos mundiais consecutivos para a Ferrari, e ajudou a Ferrari a tornar-se uma das mais dominantes da história da categoria.

Já a troca de Fernando Alonso para a McLaren em 2007 correu mal: Alonso era um dos melhores pilotos, vinha de dois títulos de campeão, e sua transferência para Woking, onde já estava Lewis Hamilton como piloto, foi uma das mais interessantes da história da categoria. Nesse ano, Alonso e Hamilton protagonizaram uma das rivalidades mais intensas da história da F1, mas a dupla deixou fugir o título mundial de pilotos para a Ferrari. Por um ponto! Devido à guerra interna na McLaren.

O espanhol regressou à Renault logo a seguir em 2008. Em 2010 foi para a Ferrari onde se manteve cinco anos, sem conseguir novo título, voltou a McLaren em 2015 naquele que foi o seu pior período na F1, da equipa e do piloto. Rumou à Alpine em 2021 e daí para a Aston Martin em 2023.

Já a ida de Kimi Räikkönen para a Ferrari em 2007 foi coroada com um título, o último de pilotos da Ferrari. Até hoje! Räikkönen era um dos pilotos mais carismáticos da época, e sua transferência para a Ferrari, que passava por um período de seca de títulos, foi uma das mais esperadas da história da categoria. Räikkönen conquistou o título mundial de pilotos para a Ferrari em 2007, e ajudou a equipa a voltar a ser campeã.

Não sendo uma transferência choque, a esta distância percebemos que é algo muito importante na história da F1, a ida de Max Verstappen para a Red Bull em 2016: Verstappen era um dos pilotos mais promissores da época, e sua transferência para a Red Bull, que já tinha Daniel Ricciardo como piloto, foi surpreendente. Verstappen só chegou ao título mundial de pilotos para a Red Bull em 2021, mas até aí depressa ficou a certeza que não era se, mas sim quando e agora é quantos…

A ida de Lewis Hamilton da McLaren para a Mercedes em 2013 foi surpreendente, mas passados estes anos todos sabemos que foi o melhor passo que o inglês e a própria Mercedes poderiam ter dado.

A passagem de Alain Prost da Renault para a McLaren em 1984, foi importante, redundou nos títulos de 1985, 1986 e 1989, já a troca para a Ferrari em 1990 não deu em nada, mas a ida da Scuderia para a Williams em 1993, foi excelente pois o francês foi campeão.

Depois de quatro títulos com a Red Bull, Sebastian Vettel foi para a Ferrari em 2015 e depois para a Aston Martin em 2021, conseguiu vitórias na Scuderia, mas nada de títulos.

Niki Lauda foi da Ferrari para a Brabham em 1978 e daí para a Mclaren em 1982 e foi aí que brilhou forte.

Nelson Piquet transferiu-se da Brabham para a Williams em 1986, depois para a Lotus em 1988 e para a Benetton em 1990, mas foi nas duas primeiras que conseguiu os três títulos.

Nigel Mansell foi outro bom exemplo de trocas inesperadas, pois se quando saiu da Lotus para a Williams em 1985, foi um passo natural, já a ida para a Ferrari em 1989, um passo atrás. Regressou à Williams em 1991, para conquistar o seu único título em 1992.

A carreira de Jacques Villeneuve começou bem na F1 sendo campeão no 2º ano, mas depois disso foi sempre a descer. Depois de cinco anos na BAR-Honda sem triunfos, foi para a Renault em 2004, depois para a Sauber no ano seguinte, veio a BMW Sauber e as coisas não melhoraram nada.

Nico Rosberg foi da Williams para a Mercedes em 2010, trabalhou até ser Campeão em 2016 e foi à sua vida…fora da F1.

Houve mais, por exemplo, a saída de Daniel Ricciardo, quando trocou a Red Bull, líder do campeonato, pela Renault, que estava a está (Alpine) bem mais atrás no pelotão.

Há muito boas histórias para contar quanto às transferências mais significativas na F1, muitas delas com histórias totalmente opostas para contar, mas a possível ida de Hamilton para a Ferrari, seria no mínimo engraçado que a ‘Last Dance’ fosse coroada com o oitavo título, mas essa não só é um cenário que não se afigura fácil, embora fosse extraordinário para a F1.

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Cágado1
11 meses atrás

A ‘transferência’ do Nico Rosberg da Mercedes para o Sofá foi dos maiores choques.

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