Toro Rosso vs McLaren: quem guarda a “chave” (Key)?
As posições têm vindo a extremar-se entre a Toro Rosso e a McLaren. E, claro, “quando se zangam as comadres… sabem-se as verdades.”
Depois das declarações de Franz Tost, eis que a coisa subiu de nível e agora é Helmut Marko quem falou sobre o assunto. Primeiro ficou-se a saber que as negociações entre a McLaren e a RedBull sobre Lando Norris, desenrolaram-se durante meses á porta fechada e que sucumbiram porque Zak Brown decidiu colocar a “boca no trombone” com um comunicado. A partir dai, a RedBull andou sempre de pé atrás com a equipa de Woking, adensando a irritação com a espécie de “encostar à parede” que a Renault fez em termos de fornecimento de motores depois do acordo entre Abitboul e Brown para fornecer a McLaren.
Revelou Helmut Marko que não quer mais negociar o contrato de Lando Norris. Corrosivo, o austríaco disse aos jornalistas presentes no Hungaroring que “é uma situação muito simples: se a McLaren não o colocar dentro de um carro de Fórmula 1 até ao dia 30 de setembro, o Lando Norris fica livre. Por isso, vou negociar para que?!”
Marko confirmou que existiram conversas entre Zak Brown e a RedBull para libertar James Key, à porta fechada, mas voltou a acontecer o que tinha sucedido com as primeiras abordagens ao Lando Norris: a história apareceu na imprensa e a McLaren, desajeitadamente, emitiu um comunicado a dizer que estava tudo… tratado!
Para piorar as coisas, Fernando Alonso decidiu dizer coisas e foi pior a emenda que o soneto! “Devemos utilizar pessoas com talento, experiência e novas ideias para a nossa equipa” atirou o espanhol, dando as boas vindas ao britânico.
Surpreso e irritado, Helmut Marko deixou clara a situação. “Temos um contrato pluri-anual com o James Key (foi renovado em 2017 e dura até final de 2019) e o Zak Brown pediu-nos para o libertar mais cedo do seu contrato. Estávamos ainda na fase de negociar os termos e a McLaren decidiu emitir um comunicado a dizer que tinham contratado o James Key. Bom, decidimos que o senhor Key vai cumprir o contrato connosco até ao fim e por isso vai ter de esperar muito até começar a trabalhar na McLaren. Temos contratos para alguma coisa, certo? Além de tudo isto, vamos olhar com muita atenção para a parte legal da questão e agiremos em conformidade.”
Entretanto, James Key está “julgo que de férias” e claro que “quando regressar não será colocado num posto onde possa ter acesso ás últimas evoluções e desenvolvimentos da equipa.” O desconforto chegou à equipa RedBull, com Christian Horner a dizer aos jornalistas da Sky F1 que “obviamente que esta é uma situação entre o James Key e a Toro Rosso, mas a RedBull Technology faz serviços para a Toro Rosso, pelo que o assunto é sensível. E é apenas a propriedade tecnológica que nos preocupa e que defendemos até ao limite. Por isso, teremos de saber como fica a situação entre o Key e a Toro Rosso no futuro imediato.”
A McLaren continua a parecer uma galinha sem cabeça, correndo para todos os lados e esbarrando de forma violenta nos seus próprios erros. A falta de resultados teve, durante anos, um alvo fácil: Honda! Desaparecido o principal obstáculo ás vitórias da McLaren, entrou o motor Renault e depois de um começo forte, a McLaren tem vindo a fenecer. Perdido e sem desculpas, Zak Brown decidiu promover mexidas profundas e depois da saída de Tim Goss, responsável pelos chassis e Matt Morris, o gestor de operações na equipa de F1, Brown “cortou” a cabeça a Eric Bouiller que saiu com a temporada a decorrer.
Escolheu três pessoas para substituir uma: Gil de Ferran, brasileiro que ocupou o mesmo lugar na equipa BAR-Honda e saiu pela porta pequena, Simon Roberts (vindo da direção da divisão de acessórios para os carros de estrada) e Andrea Stella, o engenheiro que Alonso trouxe para a McLaren.
Agora, desajeitadamente, quis contratar um responsável técnico, da mesma forma como, ainda mais desajeitadamente, tentou ficar com Esteban Ocon e o perdeu para a Renault (a situação será esclarecida dentro de pouco tempo), assestando, agora, baterias, para Carlos Sainz Jr.
O que vai acontecer? Bom, na vida tudo tem uma solução e muitos dos observadores da Fórmula 1 aceditam que James Key irá estar em período de nojo até final de setembro, quando a McLaren assumir que não tem lugar para o Lando Norris e, gentilmente, o oferecerá à RedBull. Até porque não interessa à Toro Rosso pagar um chorudo salário a um engenheiro que cedo ou tarde acabará por sair e que por isso não pode estar perto do projeto principal e menos ainda por um contrato de um piloto que em setembro fica livre. No meio de tudo isto, Zak Brown não deveria ter subestimado Hemut Marko… voltou a correr-lhe mal!
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